sexta-feira, 30 de janeiro de 2009

UMA LIÇÃO SOBRE O PERDÃO


Li essa mensagem e não resisti, estou postando-a e peço que guarde-a em seu coração...



PERDÃO

Era uma vez um rapaz que ia muito mal na escola. Suas notas e o comportamento eram uma decepção para seus pais que, sonhavam em vê-lo formado e bem sucedido...

Um belo dia o bom pai lhe propôs um acordo: Se você, meu filho, conseguir ser aprovado no vestibular para a faculdade de medicina, lhe darei um carro de presente.

Por causa do carro, o rapaz mudou da água para o vinho. Passou a estudar como nunca e a ter um comportamento exemplar. O pai estava feliz, mas tinha uma preocupação. Ele sabia que a mudança do rapaz não era fruto de uma conversão sincera, mas apenas do interesse em obter o automóvel. Isso não era bom.

O rapaz estudava e aguardava o resultado de seus esforços. E assim, o grande dia chegou! Fora aprovado. Como prometido, o pai convidou a família para uma festa de comemoração. O rapaz tinha por certo que o pai lhe daria, na festa, o automóvel. Quando pediu a palavra, o pai elogiou o resultado obtido pelo filho e lhe passou nas mãos uma caixa de presente. Crendo que ali estavam as chaves do carro, o rapaz abriu o pacote. Para a sua surpresa, o presente era uma Bíblia. O rapaz ficou visivelmente decepcionado e nada disse.

Desde aquele dia, o silêncio e a distância separavam pai e filho. O jovem se sentia traído e agora, lutava por ser independente. Deixou a casa dos pais e foi morar no Campus da Universidade. Era raro mandar notícias à família.

O tempo passou e ele se formou, conseguiu um emprego em um bom hospital e se esqueceu completamente do pai. Todas as tentativas do pai de reatar com o filho foram em vão. Até que um dia, o velho, muito triste, adoeceu e não resistiu. Faleceu.

No enterro a mãe entregou ao filho, indiferente, a Bíblia que tinha sido o último presente do pai e que havia sido deixada pra trás. Em casa, o rapaz, que nunca perdoara o pai, ao colocar o livro numa estante, notou que havia dentro dele um envelope. Ao abri-lo, encontrou uma carta e um cheque. A carta dizia: "Querido filho, sei o quanto você deseja ter um carro. Eu prometi e aqui está o cheque para que você escolha o que mais lhe agradar. No entanto, fiz questão de lhe dar um presente ainda melhor: A Bíblia Sagrada. Nela aprenderá o Amor de Deus e a fazer o bem, não pelo prazer da recompensa, mas pela gratidão e pelo dever da consciência".

Corroído de remorso, o filho caiu em profundo pranto.Como é triste a vida de quem não sabe perdoar. Isto leva a erros terríveis. Antes que seja tarde, perdoe aquele a quem você pensa lhe ter feito mal. Talvez se olhar com cuidado, verá que há sempre um "cheque" escondido em todas as adversidades da vida.

D.A.

"E o Deus da esperança vos encha de todo o gozo e paz no vosso crer, para que sejais ricos de esperança no poder do Espírito Santo." - Romanos 15:13

quinta-feira, 22 de janeiro de 2009

LIÇÃO 4 – As Lições Espirituais do Pós-Jordão

INTRODUÇÃO

Tendo Josué e o povo de Israel superado os desafios pré-Jordão, chegou a hora de iniciar a batalha pela conquista da Terra Prometida. Nada melhor do que aprender as lições extraídas de experiências com Deus, que serviriam para alcançar os objetivos previstos.
Estudaremos sobre a lição dos memoriais de pedras, as lições em Gilgal, onde aconteceram a renovação do pacto abraâmico, a circuncisão, a celebração da Páscoa, a provisão e a aparição de um anjo a Josué. Aproveitaremos a oportunidade para entrar em assunto sobre a Santa Ceia, a Terra que mana Leite e Mel e a invocação de anjos nos cultos.

LIÇÕES PARA TODA VIDA

O Dic. Aurélio define a palavra LIÇÃO, como “aquilo que é aprendido ou assimilado pelo aluno através dos ensinamentos do professor [...] significa conselho ou exemplo que serve de orientação à conduta, ao procedimento [...] é a experiência que serve de exemplo ou de aviso, especialmente em caso de falta ou erro”. Era exatamente o que Deus queria para o povo de Israel, após o milagre da travessia do Rio Jordão, ensinar as gerações futuras, os valores morais e espirituais, bem como a submissão ao Deus de Israel, incondicionalmente. Deus queria que Josué criasse uma espécie memorial para os israelitas, que além de preservar o registro histórico do acontecimento, serviria de experiência para as futuras gerações.

LIÇÃO DOS MEMORIAIS DE PEDRAS

São registrados dois memoriais de doze pedras, de acordo com o número das tribos: um deles foi erguido no lugar onde estavam os pés dos sacerdotes que levavam a arca do concerto, no meio do Rio Jordão (4.9), e o outro em Gilgal, lugar onde os filhos de Israel acamparam, entre o Rio Jordão e a cidade de Jericó (4.3,20).

O significado dos memoriais

Os monumentos levantados por Josué, serviriam como uma marca da manifestação do poder de Deus entre eles, de forma que, quando algum israelita olhasse, lembrar-se-ia do milagre da passagem do Rio Jordão. Veja o que diz o próprio Josué: “...Quando no futuro vossos filhos perguntarem a seus pais, dizendo: Que significam estas pedras? Fareis saber a vossos filhos, dizendo: Israel passou em seco este Jordão.” (v. 21-22).

A prática dos memoriais em nossa vida

Hoje, temos a oportunidade de por em prática essa lição em nossa vida. Nossas experiências com Deus devem ser transferidas aos nossos filhos: “Instrui o menino no caminho em que deve andar, e, até quando envelhecer, não se desviará dele” (Pv 22.6). Isso abrange a vida material e espiritual de nossas gerações, principalmente no que se refere à salvação, veja: “Tu, porém, permanece naquilo que aprendeste e de que foste inteirado, sabendo de quem o tens aprendido. E que, desde a tua meninice, sabes as sagradas letras, que podem fazer-te sábio para a salvação, pela fé que há em Cristo Jesus”. (2Tm 3.14-15). Devemos ensinar esse princípio cristão em toda parte, pois somos testemunhas de Cristo: “...e ser-me-eis testemunhas tanto em Jerusalém como em toda a Judéia e Samaria e até aos confins da terra” (At 1.8b).

AS LIÇÕES EM GILGAL

Gilgal aparece pela vez primeira em (Dt 11.30), era um povoado, tinha um rei, pois o registro bíblico mostra que Josué o feriu (Js 12.23), mas na história secular “não existe mais”. No sítio de Gilgal, acha-se atualmente a povoação de Tell Jiljul (ou Jiljulieh), distante sete quilômetros do rio Jordão e a 2.400 metros de Jericó (atual Er-Riha).

A renovação do pacto divino com Abraão

Foi em Gilgal que Josué restaurou o pacto que Deus fez com Abraão. Deus falou a Abraão, dizendo: “te darei a ti e à tua semente depois de ti a terra de tuas peregrinações, toda a terra de Canaã em perpétua possessão, e ser-lhes-ei o seu Deus” (Gn 17.8), e nos versículos 9-14, completa: “...Que todo macho será circuncidado. E circuncidareis a carne do vosso prepúcio...”. Deus faz um concerto que deveria ser guardado pelas futuras gerações de Abraão, o pacto da circuncisão.

O que é circuncisão?

É uma operação cirúrgica que consiste na remoção da carne do prepúcio (prega cutânea que recobre a cabeça do órgão genital masculino). Essa remoção é praticada há mais de 5 mil anos. Cerca de 30% dos homens no mundo são circuncidados, por motivos religiosos e também por razões de higiene. (Wikipedia)
No caso do povo de Israel, a cirurgia era feita com facas de pedra. Servia para cumprir o pacto abraâmico, bem como para distinguir os israelitas das demais nações.

“... torna a circuncidar os filhos de Israel” (Js 5.2)

Todos os varões que saíram do Egito foram circuncidados, mas morreram durante os quarenta anos de peregrinação. Porém os seus filhos que lhes nasceram estavam incircuncisos (vv. 3-7).
Josué circuncidou ali, em Gilgal, a nação de Israel, momento que representa a renovação do pacto, pelo que disse-lhe o Senhor: “Hoje, revolvi de sobre vós o opróbrio do Egito” (v. 9)

A lição da circuncisão para a Igreja

Deus prometeu a Abraão: “em ti serão benditas todas as famílias da terra” (Gn 12.3b). Embora diga “todas as famílias”, alguns judeus convertidos a Cristo nos tempos da igreja primitiva, negligenciavam esse preceito. Achavam que todos os homens teriam que ser circuncidados para participarem das bênçãos em Cristo. Paulo e outros resistiram a essas idéias, e pregaram a salvação pela fé para todos, judeus e gentios. Confira: “Se Deus é um só, que justifica, pela fé, a circuncisão e, por meio da fé, a incircuncisão...” (Romanos 3:28-30); “...em Jesus Cristo, nem a circuncisão nem a incircuncisão têm virtude alguma, mas, sim, a fé...” (Gálatas 5:2,6,11); “onde não há grego nem judeu, circuncisão nem incircuncisão [...] mas Cristo é tudo em todos” (Colossenses 3:11).

Embora a circuncisão não tenha valor religioso hoje, ainda aprendemos lições importantes das instruções dadas aos judeus. No ato da circuncisão, eles se tornaram distintos, e Deus removeu o “opróbrio” do pecado (Js 5:9). Hoje, ele remove o pecado na circuncisão espiritual quando somos sepultados com Cristo no batismo (Cl 2.11-13, ver Fl 3.3; Gl 6.15).

CELEBRAÇÃO DA PÁSCOA EM GILGAL

Desde o êxodo do Egito, passaram-se quarenta anos e, durante esse período, seria a terceira vez que o povo celebraria a Festa da Páscoa. (1) A primeira vez foi no Egito, pouco antes da libertação povo (Ex 12.1-28), veja um detalhe importante nos versículos 26-27, onde Deus se preocupa com as gerações futuras: “quando vossos filhos vos disserem: Que culto é este vosso?”, e a resposta é obvia: “Este é o sacrifício da Páscoa ao SENHOR... quando feriu aos egípcios e livrou as nossas casas.”. (2) A segunda realizou-se no deserto do Sinai (Nm 9.1-5). (3) Na terceira, os filhos de Israel tiveram a oportunidade de celebrar a Páscoa do Senhor, após a travessia do Rio Jordão, em Gilgal, quando chegou ao décimo quarto dia do primeiro mês (Js 5.10), era a data da celebração da Páscoa. Josué e os filhos de Israel celebraram ali.

SIGNIFICADO DA PÁSCOA

O termo Páscoa, do hb. pesah, significa “pular além da marca”, “passar por cima”, ou “poupar”. Relembra o livramento dos hebreus no Egito, quando a praga da morte dos primogênitos passaria, mas a casa que tivesse o sangue do cordeiro nos umbrais das portas e janelas, receberia livramento. Assim, pelo sangue do cordeiro morto, os israelitas foram protegidos da condenação à morte executada contra todos os primogênitos egípcios. Esse sinal do sangue mostra a importância da obediência e da redenção pelo sangue.

Atualmente, o sistema comercial através da mídia, distorce o real sentido da Páscoa, e se aproveita da tradição pagã, onde são inseridos coelhos, ovos de chocolates, etc., objetivando apenas lucro. Enquanto que a Bíblia dá uma profunda significação à Páscoa: o cordeiro de Deus, foi morto, derramou seu sangue para benefício de toda a humanidade, ressuscitou ao terceiro dia e está vivo!

Jesus é a nossa Páscoa!

A Páscoa era um tipo do advento futuro, o “Cordeiro de Deus”, que séculos mais tarde tiraria o pecado do mundo (Jo 1.29). Para nós cristãos, a Páscoa contém rico simbolismo profético a falar de Jesus Cristo. Paulo diz que as festas judaicas eram “sombras das coisas futuras” (Cl 2.16-17; Hb 10.1).
- Deus tirou os israelitas do Egito, não porque eles eram um povo merecedor, mas porque Ele os amou e porque Ele era fiel ao seu concerto (Dt 7.7-10). Semelhantemente, a salvação que recebemos de Cristo nos vem através da maravilhosa graça de Deus (Ef 2.8-10; Tt 3.4,5).
- O cordeiro pascoal era um “sacrifício” (12.27) a servir de substituto do primogênito; isto prenuncia a morte de Cristo em substituição à morte do crente (ver Rm 3.25 nota). Paulo expressamente chama Cristo “nosso Cordeiro da Páscoa, que foi sacrificado por nós” (1Co 5.7).
- Alimentar-se do cordeiro representava a identificação da comunidade israelita com a morte do cordeiro, morte esta que os salvou da morte física (1Co 10.16,17; 11.24-26). Assim como no caso da Páscoa, somente o sacrifício inicial, a morte dEle na cruz, foi um sacrifício eficaz. Realizamos em continuação a Ceia do Senhor como um memorial, “em memória” dEle (1Co 11.24) e esse é o nosso próximo tópico.

A CEIA DO SENHOR

Na primeira carta aos Coríntios, o apóstolo Paulo fala sobre a sagrada instituição da Ceia do Senhor, que deve servir de regra para todos nós.
1Co 11.23-24. - Depois de corrigir as dissensões nas ceias, ele diz: “Porque eu recebi do Senhor o que também vos ensinei...”, embora não esteve entre os apóstolos na primeira instituição (Mt 26.26), ele conhecia o assunto por revelação de Cristo. O apóstolo Paulo nos dá um relato mais detalhado do que encontramos em outras passagens. Paulo diz que nosso Senhor tomou o pão, e quando Ele deu graças (ou abençoou), “o partiu e disse: Tomai, comei; isto é o meu corpo que é partido por vós; fazei isto em memória de mim. Semelhantemente também, depois de cear, tomou o cálice, dizendo: Este cálice é o Novo Testamento no meu sangue; fazei isto, todas as vezes que beberdes, em memória de mim.” (1Co 11.24-25).
- Temos aqui as ações sacramentais, a maneira em que os elementos do sacramento devem ser usados: tomar o pão e o cálice, dar graças, partir o pão, e distribuir um e outro.
- As ações dos que vão receber a ceia, consistem em tomar o pão e comê-lo, tomar o cálice e beber dele, e ambas em memória de Cristo. Mas esses atos não são a parte principal a ser feita nessa santa ordenança; cada uma dessas ações tem um significado:
- Nosso Salvador, havendo se encarregado de realizar uma oferta de si mesmo a Deus e de obter, através de sua morte, a remissão de pecados, com todos os outros benefícios do evangelho, para os verdadeiros crentes, entregou, na instituição, seu corpo e sangue, com todos os benefícios conseguidos através de sua morte, a seus discípulos, e continua a fazer o mesmo em todo o momento em que a ordenança é administrada aos verdadeiros crentes.
- O que é apresentado na ceia, se constitui alimento para nossas almas, mas para produzir tal benefício, devemos tomar e comer, ou seja, receber a Cristo e alimentar-se dele, de sua graça e benefícios, e pela fé transformá-los em nutrição para nossas almas. Devemos recebê-lo como nosso Senhor e nossa vida, entregarmo-nos a si mesmo para Ele, e vivemos por ele, “Cristo, que é a nossa vida” (Cl 3.4)
- Para finalizar esse tópico, devemos ter em mente a finalidade da ceia. Ela é realizada “em memória de Cristo”, para manter como memorial em nossas mentes um favor antigo, SUA MORTE POR NÓS. Não apenas isso, mas comemoramos e celebramos sua gloriosa e espontânea graça em nossa REDENÇÃO. Tenhamos isso em mente na próxima celebração da ceia.

O FRUTO DA TERRA – PROVISÃO DE DEUS

“E cessou o maná no dia seguinte... e os filhos de Israel não tiveram mais maná” (Js 5.12a)

Em Êx 16.35, está registrado antecipadamente que “comeram os filhos de Israel maná quarenta anos, [...] até que chegaram aos termos da terra de Canaã”. O maná era o alimento produzido milagrosamente, sendo fornecido por Deus ao povo hebreu, liderado por Moisés, durante sua estada no deserto rumo à terra prometida. Segundo o livro de Números (11.7-9), após a evaporação do orvalho formado durante a madrugada, aparecia uma coisa miúda, flocosa, como a geada, branco, descrito como uma semente de coentro, e como o bdélio (pequenas pérolas). Geralmente era moído, cozido, e assado, sendo transformado em bolos. O maná era enviado diariamente e não podia ser armazenado para outro dia. Também não era fornecido aos sábados; por isto Deus enviava uma quantidade maior às sextas-feiras, e neste caso o maná podia ser guardado para o sábado sem se deteriorar (Ex 16.23-27).

“...porém no mesmo ano, comeram das novidades da terra de Canaã” (Js 5.12b)

Quando Deus chama Moisés para livrar o povo de Israel da escravidão do Egito, lhe descreve como era a terra que eles iriam habitar, “uma terra boa e larga, a uma terra que mana leite e mel” (Ex 3.8). Exatamente a que foi prometida a Abraão e a sua descendência: a terra de suas peregrinações (Gn 17.8; Dt 1.8). Quando Moisés enviou os doze espias para colher informações sobre a terra de Canaã, eles tomaram do fruto da terra, e disseram: “Boa é a terra que nos dá o SENHOR, nosso Deus.” (Dt 1.25). Para se ter noção de como era o fruto daquela terra, os espias contam que “vieram até ao vale de Escol e dali cortaram um ramo de vide com um cacho de uvas, o qual trouxeram dois homens sobre uma verga, como também romãs e figos” (Nm 13.23).
Esta é a descrição do suprimento pós-maná, que o povo de Israel passou a se alimentar naquele ano, da terra que mana leite e mel.

O que significa “TERRA QUE MANA LEITE E MEL”?

São produtos naturais da terra de Canaã, obtidos sem muito trabalho. Leite e mel simbolizam as bênçãos divinas da Terra Prometida. A abundância de leite é sinal de prosperidade e riqueza e imagem da felicidade dos tempos messiânicos (Jl 4.18; Is 55.1; 60.16).
A frase tornou-se uma expressão proverbial, significando fartura da terra. De um modo geral, refere-se a suprimentos para todas as suas necessidades. Há quem diga de um local abundante, rico em bênçãos, farto, tanto em alimento quanto em alegrias. Leite é figura de alimento vital, saudável, que dá o crescimento. Mel é figura de coisas gostosas, doces ao paladar.

AS LIÇÕES DA VISÃO DE JOSUÉ

Josué estava próximo a Jericó, quando lhe aparece um homem com uma espada desembainhada na mão, e Josué lhe pergunta: “És tu dos nossos ou dos nossos inimigos?” (Js 5.13). A resposta foi “Não” (v. 14). Imediatamente o homem diz que era o príncipe (ou capitão) do exército do Senhor. Temos aqui uma confirmação da presença de Deus e de seu exército celestial para batalhar lado a lado com o seu povo. Não há detalhes sobre aquele homem, mas subtende-se que era um anjo que veio para fortalecer Josué e Israel ao se prepararem para a batalha.
Dois fatos, todavia, sugerem que Josué viu o que chamamos de “teofania”, “o Anjo do Senhor”, “o Cristo pré-mortal”:
1- Quando Josué caiu com o rosto em terra para adorá-lo, nada foi feito para impedi-lo! No entanto, sabemos que se fosse um servo mortal de Deus ou um anjo, rapidamente procuraria impedir que fosse adorado (At 10.25-26; Ap 19.10; 22.8-9).
2- O personagem ordenou a Josué que tirasse os sapatos dos pés, pois o lugar que ele estava era santo (v. 15) – foi a mesma instrução que Jeová deu a Moisés no monte Sinai (Ex 3.5).
Temos poucos detalhes no texto, mas concluímos que foi o próprio Senhor que visitou Josué, pois no contexto posterior, temos: “...disse o SENHOR a Josué: Olha, tenho dado na tua mão a Jericó...” (Js 6.2), numa demonstração que era o próprio Senhor na forma humana (teofania), falando as devidas instruções a Josué.

A pergunta que não quer calar:
DEUS AINDA SE UTILIZA DE ANJOS PARA FALAR AO SEU POVO?


Não vamos aqui detalhar a doutrina dos anjos, pois não é o objetivo, mas vamos tentar criar uma linha de pensamento biblicamente.
Eu estive lendo alguns testemunhos de pessoas que dizem ter visto um anjo, ou esteve com um anjo. Vou relatar dois deles:

- Um homem chamado Arturo Espinoza, em faze terminal, aproximadamente 45 kg, com apenas um pedaço de pulmão, tuberculoso, ao saber que tinha apenas cinco dias de vida, foi para uma reunião ao ar livre e pregou no canto da rua. Depois voltou à igreja e se ajoelhou junto ao altar, e disse ao Senhor que não se conformaria enquanto Deus não o curasse. Alguns irmãos que estavam de vista à igreja nessa noite tiveram uma visão: um anjo com uma bacia na mão e um instrumento cirúrgico na outra, se aproximou de Arturo enquanto este estava de joelhos junto do altar, abriu-lhe as costas, tirou-lhe o pedaço de pulmão e lhe pôs dentro dois novos pulmões. Quando Arturo se levantou, estava completamente curado. O médico ficou atônito, chamou mais dez médicos que o examinou, e foi constatado a cura. (Stanley H. Frodsham, With Signs Following: The Story of the Pentecostal Revival in the Twentieth Century [Com os sinais que acompanham: a história do Avivamento Pentecostal no século vinte], Springfield, Missouri, 1946, pag. 186-187).

- Um outro é de um jovem que trabalhava num hotel, e por volta de uma hora da madrugada, resolveu fazer um lanche na cozinha junto com o segurança. O segurança ligou o gás de um fogão industrial e esqueceu o botão ligado, mas não aceso. Voltaram para a recepção, e ele conta que eram quatro horas da manhã, quando lhe apareceu na entrada que dá acesso à cozinha, um homem todo de branco olhando para ele. Seu coração batia muito forte, ele chamou o segurança que por sua vez não via nada, apenas sentia um arrepio muito estranho no seu corpo. Aquele jovem ficou preocupado, mas sabia que era um anjo de Deus que lhe apareceu, permaneceu por uns dois minutos e desapareceu aos poucos. Às cinco horas, ele sentiu o cheiro do gás, que vazava há quatro horas, e a alguns metros dali, tinha uma caldeira que ficava sempre acesa. Ele foi lá à cozinha, desligou o gás e só então entendeu por que o anjo lhe apareceu: para lhe dar livramento, pois se não fosse Deus, algo de ruim teria acontecido naquele lugar. (Fonte: Internet)

Eu, particularmente, nunca tive experiências com anjos, pois colocaria aqui com certeza. Mas, já tive experiência de cura instantânea. Minha garganta estava muito inflamada, pedi a Deus que abençoasse minhas mãos e as coloquei em meu pescoço. Citei Marcos 16.17-18, e em seguida repreendi aquela enfermidade em nome de Jesus. Com os olhos fechados, senti a presença de Deus que tomou todo meu corpo por alguns segundos, uma sensação de estar flutuando, e quando abri os olhos, estava totalmente curado.

Mas o que a Bíblia diz? Vejamos:

- É fato que Jesus, em sua vida e ministério terreno, serviu-se dos anjos em grande escala, vejamos: (a) o anjo Gabriel informou Maria de que viria a ser a mão do Salvador (Lc 1.26-38); (b) um anjo garantiu a José que o que em Maria foi gerado é do Espírito Santo (Mt 1.20); (c) os anjos anunciaram aos pastores o fato do nascimento de Cristo em Belém (Lc 2.8-15); (d) os anjos vieram e ministraram a Cristo após a tentação no deserto (Mt 4.11); (e) Jesus disse a Natanael que eles veriam os anjos de Deus subindo e descendo sobre Ele (Jo 1.51); (f) um anjo do céu veio e O confortou no jardim (Lc 22.43); (g) Jesus disse que poderia pedir ao Pai doze legiões de anjos para virem em Seu auxílio (Mt 26.53); (h) um anjo rolou a pedra que selava o sepulcro de Jesus e falou às mulheres que vieram até o túmulo (Mt 28.2-7); (i) anjos acompanharam Jesus na ascensão (At1.11); (j) os anjos o acompanharão quando ele vier pela segunda vez (Mt 16.27; 25.31). Isto, certamente, indica um relacionamento muito íntimo entre Cristo e os anjos.

- A palavra “anjo”, significa “mensageiro”. Os anjos são mensageiros ou servidores celestiais de Deus (Hb 1.13,14), criados por Deus antes de existir a terra (Jó 38.4-7; Sl 148.2,5; Cl 1.16).

Entretanto, o escritor aos hebreus (1.1), diz: “Havendo Deus, antigamente, falado, muitas vezes e de muitas maneiras, aos pais, pelos profetas, a nós falou-nos, nestes últimos dias, pelo Filho”. O ministério dos anjos continua ativo na terra (Hb 1.14), mas quando se trata dos propósitos eternos de Deus para nós, não é pelo ministério de anjos que Deus fala, mas pela revelação de Jesus Cristo (Gl 1.12; 1Pe 1.13). Ele é o único caminho para a salvação eterna e o único mediador entre Deus e o homem (1Tm 2.5).

É CERTO INVOCAR A PRESENÇA DE ANJOS NO AMBIENTE DE CULTO?

Alguns super-pregadores têm mania de orar pedindo um anjo na porta da igreja, um arcanjo no púlpito, outros numa esfera de tantos quilômetros do local, etc., tornando o culto anjocentrico. Faço uso das palavras do Pr. Elinaldo Renovato:

“Não existe base bíblica para se afirmar que eles (os anjos) estão por aí, a dirigir culto e revelar “segredos” de Deus. Toda a revelação necessária e suficiente para que o homem e a Igreja saibam como relacionarem-se com Deus já nos foi transmitida através das Sagradas Escrituras.”

“Há igrejas evangélicas, inclusive, com o nome de Assembléia de Deus, em que se pratica um verdadeiro “culto a anjos”. Em tais ambientes, as pessoas estão mais voltadas para os anjos do que para Jesus. Há pregadores que só iniciam a pregação depois de pedir que os anjos se postem a seu lado. Isso á apostasia dos tempos pós-modernos. E há muitos cristãos que estão se afastando dos verdadeiros princípios da ortodoxia bíblica, encantados com esses movimentos.”

Não posso deixar de indicar a leitura do artigo no site do CACP (clique aqui), onde certo pastor brasileiro, por nome de Oriel de Jesus, totalmente pretensioso, que pregando novas revelações diretas do céu, diz que a sua igreja está promovendo o último avivamento da história. O seu livro, fruto de vários contatos nos céus é o Triunfo Eterno da Igreja. Esse livro é um grande divulgador da doutrina de centralidade angélica. São anjos promotores de “avivamentos”. Sua igreja, que foi excluída da CGADB (nossa Convenção Geral das Assembléias de Deus no Brasil), tem até coreografias dirigidas por anjos. Como escreveu o pastor Waldomiro Francisco: “Como seu Consolador, é o Espírito Santo quem a vivifica (a igreja); não existe avivamento por seres angelicais, o que não passa de uma heresia”.
Texto extraído de: http://ntcgoodnews.wordpress.com/2007/12/08/a-mania-angelica-no-meio-evangelico.

CONCLUSÃO

Através das experiências com Deus, aprendemos ricas lições para nossas vidas e para a vida de nossos filhos. Vamos transferir os valores morais e espirituais, contidos na Bíblia, para as futuras gerações, ensinando-as à submissão incondicional ao Deus Todo-poderoso que provê todas as coisas.

OBS.: Não despreze o conteúdo da Lição Bíblia Dominical, pois o comentarista foi usado por Deus para nos trazer essas lições maravilhosas. Use os “subsídios extras” para fins de acréscimo e informações adicionais, se necessário.

sexta-feira, 16 de janeiro de 2009

Lição 3 – Josué Conduz Israel na Travessia do Rio Jordão


INTRODUÇÃO

Nesta lição, Josué enfrenta outros desafios: a tragédia moral e espiritual do povo, bem como a travessia do Rio Jordão em época de cheia, mas como líder subordinado a vontade de Deus, ele encoraja o povo a enfrentar as dificuldades com fé e determinação, sabendo que o Senhor estava no meio deles e o milagre iria acontecer!

O QUE ACONTECEU ANTES DO POVO CHEGAR A SITIM?

a) Moisés ainda estava vivo quando Israel chegou às campinas de Moabe (Nm 22.1).
b) Balaque era o rei dos moabitas (22.4), e enviou mensageiros a Balaão (um profeta, filho de Beor), com o valor dos encantos, para que viesse amaldiçoar o povo de Israel. Pelo que consultou Balaão ao Senhor e foi proibido de acompanhar os mensageiros. Insistindo o rei, novamente enviou mensageiros à Balaão, dessa vez, príncipes com mais honrarias, pelo que disse Balaão: “...Ainda que Balaque me desse a sua casa cheia de prata e de ouro, eu não poderia traspassar o mandado do SENHOR, meu Deus...” (Nm 22.18). Mas, ao consultar o Senhor, Balaão recebeu permissão para ir, na condição de fazer o que o Senhor lhe ordenar. É nesse caminho que acontece o episódio em que a jumenta fala (Nm 22.30).
c) Balaão encontra-se com Balaque (Nm 22.36-41) e em vez de maldição, Balaão abençoa o povo por três vezes:
1ª vez – “Como amaldiçoarei o que Deus não amaldiçoa? E como detestarei, quando o SENHOR não detesta? [...] eis que este povo habitará só e entre as nações não será contado.” (Nm 23.8-9).
2ª vez – “Deus não é homem, para que minta; nem filho de homem, para que se arrependa; porventura, diria ele e não o faria? Ou falaria e não o confirmaria? [...] pois ele tem abençoado, e eu não o posso revogar [...]o SENHOR, seu Deus, é com ele e nele, e entre eles se ouve o alarido de um rei [...] Pois contra Jacó não vale encantamento, nem adivinhação contra Israel” (Nm 23.19-23).
3ª vez – “Que boas são as tuas tendas, ó Jacó! Que boas as tuas moradas, ó Israel! [...] Deus o tirou do Egito; as suas forças são como as do unicórnio; consumirá as nações, seus inimigos, e quebrará seus ossos [...] Benditos os que te abençoarem, e malditos os que te amaldiçoarem.” (Nm 24.5-9).

Vale salientar que Balaque não se agradou de Balaão, pois abençoou o povo de Israel por três vezes em vez de amaldiçoar, e disse-lhe “foge para o teu lugar; eu tinha dito que te honraria grandemente; mas eis que o SENHOR te privou desta honra.” (Nm 24.11). Balaão disse que iria voltar, mas que ainda iria falar o que o Senhor faria ao povo de Moabe nos últimos dias. Em seguida, o texto termina registrando que Balaão voltou para sua terra e Balaque seguiu seu caminho.
A morte de Balaão está registrada em Nm 31.8 e Js 13.22.

OBS.: Embora o texto não deixe claro, a Bíblia contém vários registros em que Balaão deu a fórmula para corromper o povo de Israel e recebeu o prêmio da injustiça. Confira: Nm 31.16; 2 Pe 2.15; Jd 1.11; Ap 2.14.

A TRAGÉDIA ESPIRITUAL E MORAL DE ISRAEL EM SITIM

Diz o texto “E Israel deteve-se em Sitim, e o povo começou a prostituir-se com as filhas dos moabitas (segundo o conselho de Balaão) [...] e o povo comeu e inclinou-se aos seus deuses [...] a ira do SENHOR se acendeu contra Israel” (Nm 25.1-3). Nesse momento Deus ordenou a Moisés que enforcasse os principais do povo, aos que se juntaram a Baal Peor (deus dos moabitas). Um dos filhos de Israel trouxe uma mulher midianita para seus irmãos, mas Finéias, neto de Arão o sacerdote, pegou uma lança e ultrapassou os dois pela barriga e assim a praga cessou do meio do povo. Os que morreram naquela praga foram 24 mil pessoas (Nm 25.4-9).

DE SITIM À MARGEM DO RIO JORDÃO

Como vimos na lição anterior, após a morte de Moisés, Deus fala a Josué e o anima, prometendo que onde pisasse a planta do seu pé, seria dado aos filhos de Israel. Faltavam três dias para acontecer à travessia do Rio Jordão (1.11). Israel estava acampado nas planícies de Moabe (Dt 34.1), diretamente a leste de Jericó e rio Jordão. São enviados dois espias à Jericó, e conseguem informações importantes, a ponto de Josué afirmar “...Certamente o SENHOR tem dado toda esta terra nas nossas mãos, pois até todos os moradores estão desmaiados diante de nós” (2.23-24).

“Levantou-se, pois Josué de madrugada, e partiram de Sitim, e vieram até ao Jordão...” (v. 1)
- Josué reuni o povo e avança para as margens do Rio Jordão.

CURIOSIDADES SOBRE O RIO JORDÃO

O rio Jordão
(hebraico: nehar hayarden) é um importante rio da Terra Santa, formando a fronteira entre Israel e a Jordânia. Jordão significa “aquele que desce” ou também “lugar onde se desce”.
O rio tem profundidade média de 1 a 3 metros e largura de 30 metros.
O povo de Israel atravessou o rio a seco (Js 3.15-17). Também foi atravessado a seco por Elias e Eliseu (2Rs 2.8-9). Por intermédio de Eliseu, diz a Bíblia, houve dois milagres no Jordão: a cura de Naaman por ter mergulhado sete vezes no rio; e fez flutuar um machado (II Reis 5:14, 6:6).
Nos Evangelhos, João Batista desenvolveu a sua pregação nas proximidades do Jordão, onde Jesus foi batizado e não terá sido longe daí que decorreu o período das suas tentações. Atualmente, o Rio Jordão é uma das maiores fontes de água de Israel.
Extraído da Wikipédia (enciclopédia livre).

A ARCA DO CONSERTO

Passaram três dias nas margens do Rio Jordão, e prepararam o povo para a travessia. Foram instruídos a esperar, até que os sacerdotes passagem com a arca do conserto do Senhor, e após eles seguiriam também. (v. 2-3).
A arca representava a presença de Deus, e serviu para que acontecesse o milagre na abertura do Rio Jordão.
Porém o povo ficou a uma distância de 900 metros (2000 côvados), na travessia do Rio Jordão, mas deveria seguir, pois nunca haviam passado por aquele caminho antes (v. 4).

JOSUÉ EXORTA O POVO À SANTIFICAÇÃO (v.5)

Quando Josué diz “santificai-vos”, é o mesmo que dizer: “separai-vos das coisas profanas, consagrai-vos, purificai-vos”. De modo geral, portanto, podemos definir santificação como separação para Deus, ou seja, afastar-se de toda impureza moral e espiritual.
Aproveitando o ensejo, devemos aplicar aqui uma analogia: assim como Josué liderava o povo em direção à terra prometida, Cristo lidera a Igreja para a Canaã Celestial. Da mesma forma que Josué disse “santificai-vos”, Jesus diz: “Santifica-os na verdade; a tua palavra é a verdade” (Jo 17.17). Ou seja, também devemos viver uma vida de santificação pela Palavra de Deus. Temos que ser separados para Deus, e o apóstolo Paulo diz que somos “santificados em Cristo Jesus” (1Co 1.2). A santificação do crente é um processo continuo por toda vida. Após aceitar Cristo, entregar a vida definitivamente a ele, o cristão inicia o processo de santificação. Então o Espírito Santo mortificará os atos do corpo (Rm 8.13); colocará nele obediência à Palavra (1Pe 1.22); produzirá o fruto do Espírito (Gl 5.22-23) e usá-lo-á na obra de Deus. É assim que ele irá crescer na “graça e no conhecimento de nosso Senhor e Salvador Jesus Cristo” (2Pe 3.18). Mas isso não significa perfeição absoluta! Jesus disse: “Sede vós, pois, perfeitos, como é perfeito o vosso Pai, que está nos céus” (Mt 5.48), se isto se refere à absoluta ausência de pecado e semelhança a Deus, ninguém jamais cumprirá esse preceito. Apenas “quando vier o que é perfeito, então, o que o é em parte será aniquilado.” (1Co 13.10), o corpo do crente será então glorificado (Fl 3.20-21) e se tornará o instrumento perfeito de obediência a Deus. Mas João admoesta a qualquer que nele (em Cristo) tem essa esperança, que “purifique-se a si mesmo” (1Jo 3.2-3).

A SANTIFICAÇÃO ANTECEDEU O MILAGRE

Quando o milagre precede a santificação.
O povo de Israel presenciou todos os milagres que Deus fez no Egito, mas não foi suficiente, pois quando chegaram próximo ao Mar Vermelho, havia medo em vez de confiança, e eles diziam: “Não havia sepulcros no Egito, para nos tirares de lá, para que morramos neste deserto? [...] Pois que melhor nos fora servir aos egípcios do que morrermos no deserto.” (Ex 14.11-12). Eles murmuravam, mas Moisés disse ao povo: “Não temais; estai quietos e vede o livramento do SENHOR [...] O SENHOR pelejará por vós, e vos calareis”, em seguida Deus manda Moisés levantar a vara e estender a mão sobre o Mar, de forma que o mar se dividiu e os filhos de Israel passaram pelo meio do Mar em seco. Mas observe, o milagre veio antes, pois o relato diz que após o milagre “temeu o povo ao SENHOR e creu no SENHOR e em Moisés, seu servo” (Ex 14.31).
Entretanto, quando o milagre vem antes não funciona. Pois o povo presenciou essa tão grande maravilha e outras, mas não deixou de ser um povo teimoso (Ex 32.9; Dt 9.13), rebelde (Dt 31.27), infiel e descrente, de forma que Deus destruiu aquela geração (Jd 5), só restaram os de idade de vinte anos para baixo (Nm 32.11), com exceção de Josué e Calebe (Nm 14.30).

Quando a santificação precede o milagre. Agora o povo teria que passar o Rio Jordão, (muito proporcionalmente menor que o Mar Vermelho), mas Deus preparou um dia especial, pois eram os dias da sega, era primavera, e a neve desgelava das montanhas do Líbano, deixando o rio transbordante (Js 3.15), impossível de se atravessar para o outro lado. Todavia, para que Deus mostrasse o seu poder, Josué manda o povo se santificar, pois o milagre iria acontecer no meio deles (Js 3.5). Aqui vemos uma outra situação. O líder do povo pede para que eles se consagrem se afastem da incredulidade, e confiem inteiramente no Deus Todo-poderoso, para verem o milagre acontecer.
Aprendemos então que devemos viver por fé. Primeiro acreditamos e depois vemos o milagre acontecer. Cabe a nós crer e esperar a manifestação do poder de Deus, pois “a fé é o firme fundamento das coisas que se esperam e a prova das coisas que se não vêem.” (Hb 11.1). Em 2Co 5.7 diz que “andamos por fé e não por vista”; lembremo-nos de Tomé! Só acreditou quando viu, mas o Senhor lhe repreendeu: “Porque me viste, Tomé, creste; bem-aventurados os que não viram e creram!” (Jo 20.29). Aleluia!

O POVO ATRAVESSA O RIO JORDÃO

Josué dá ordem aos sacerdotes para irem adiante do povo com a arca do concerto (v. 6), e ouve mais uma vez a voz de Deus: “Este dia começarei a engrandecer-te perante os olhos de todo o Israel, para que saibam que assim como fui com Moisés assim serei contigo” (v. 7).

Deus monta o cenário do milagre (v. 8)
Os sacerdotes colocam a arca do concerto nos ombros e começam a andar em direção ao Jordão. Deus manda Josué ordenar aos sacerdotes que parem na beira do Rio. A novecentos metros dali estava o povo acompanhando e observando o que iria acontecer. As águas do rio transbordavam e do outro lado estava a terra prometida.

Josué age e o milagre acontece (vv. 9-17)
“Chegai-vos para cá e ouvi as palavras do SENHOR [...] Nisto conhecereis que o Deus vivo está no meio de vós [...] assim que as plantas dos pés dos sacerdotes que levam a arca do SENHOR, o Senhor de toda a terra, repousem nas águas do Jordão, se separarão as águas do Jordão [...] e os pés dos sacerdotes que levavam a arca se molharam na borda das águas [...] pararam-se as águas que vinham de cima [...] e separaram-se; então, passou o povo defronte de Jericó [...] e todo o Israel passou em seco, até que todo o povo acabou de passar o Jordão.”

COMPROVAÇÃO DA TRAVESSIA DO JORDÃO

Encontramos no livro “E a Bíblia Tinha Razão”, escrito por Werner Keller, a seguinte pergunta:

“Novamente, os israelitas caminharam em seco pelas "águas que vinham de cima, pararam num só lugar e levantando-se à maneira de um monte..." Pouco importa a forma pela qual se tentou tornar plausível a passagem pelo chamado "mar Vermelho", ou melhor, "mar dos Juncos", a repetição do episódio com a passagem do Jordão é suspeita. Afinal de contas, seriam apenas histórias e não a história aquilo que nos contam os autores da Bíblia, em relação ao êxodo israelita do Egito para a Terra Prometida?”

Mais a frente o escritor dá um breve relato do acontecimento:

“Quando Israel chegou ao Jordão, o rio estava cheio. "Porque o Jordão, sendo o tempo da ceifa, inundava as margens do seu leito" (Josué 3.15). Como acontece todos os anos, havia começado o degelo das neves do Hermon. "As águas, que vinham de cima, pararam num só lugar, e levantando-se à maneira de um monte..." — como que se empilharam — "...perto da cidade de Adom... e todo o povo de Israel ia passando pelo
leito do rio a pé enxuto" (Josué 3.16 e 17).


Em seguida, relata:

“Entretanto, o represamento da água do Jordão, que tem sido testemunhado diversas vezes, é devido sobretudo a terremotos. O último dessa espécie aconteceu em 1927. Devido a um violento abalo desmoronaram-se as margens do rio, e grandes massas de terra das pequenas colinas que se erguem ao longo de todo o curso serpeante rolaram para o rio. A água ficou inteiramente represada durante vinte e uma horas. Em 1924, ocorreu a mesma coisa. Em 1906, o Jordão entulhou-se de tal modo devido a um terremoto, que o leito do rio abaixo de Jericó ficou inteiramente seco durante vinte e quatro horas. Narrativas árabes falam de um acontecimento semelhante em 1267 da nossa era.”

Agora leia o relato de Josué: “pararam-se as águas que vinham de cima; levantaram-se num montão, mui longe da cidade de Ada...” (Js 3.16), relaciona-se esse fato com o ocorrido em 1267, segundo o cronista árabe [de nome Huwairi, conforme Ed. Paulinas, pág. 222] o Jordão cessou de correr durante dez horas, porque desmoronamentos do terreno haviam obstruído o vale, precisamente na região de Adamá-Damieh. (Bíblia de Jerusalém, pág. 317, em relação à Js 3, 16).
Concluímos que em nada diminuiria a ação de Deus se se tivesse servido miraculosamente, nesse momento exato, destes elementos locais.

“E aconteceu que, como os sacerdotes que levavam a arca do concerto do SENHOR subiram do meio do Jordão, e as plantas dos pés dos sacerdotes se puseram em seco, as águas do Jordão se tornaram ao seu lugar e corriam, como antes, sobre todas as suas ribanceiras.” (Js 4.18)

CONCLUSÃO

Deus mostrou o seu poder na travessia do Rio Jordão, isso é fato incontestável, e serve para aumento de nossa fé, pois estamos de caminho para Canaã Celestial e, às vezes, nos deparamos com “rios” que tentam interferir nossa caminha à conquista, mas ao confiarmos no Todo-poderoso, todos os obstáculos caem por terra e o nome do Senhor é glorificado! Ele é o Deus dos milagres meu irmão.

quinta-feira, 15 de janeiro de 2009

Conflito Israel versus Hamas. Israel versus imprensa anti-semita

Quando assistimos os telejornais, acessamos os grandes portais da internet e a mídia impressa somos bombardeados por informações do conflito entre Israel e o grupo Hamas. A visão predominante nestes veículos de comunicação é de uma luta de Davi contra Golias. Surpreendentemente o Hamas é colocado como o pobrezinho, pequenino e Israel a potência gigante cruel.

A imprensa tem omitido que Israel havia vindo sofrendo ataques constantes de mísseis, morteiros e homens-bombas e que estes ataques foram aumentados depois do rompimento unilateral do acordo de paz por parte do Hamas. Quanto as baixas civis que é bem maior no lado palestino, deve-se ao fato de os terroristas do Hamas usarem como escudos humanos os seus próprios irmãos (fratricidas), o preparo do sistema defesa israelense e de sua população civil que tem casa com bunkers para se protegerem dos ataques.

Israel esta cercado de vizinhos hostis que tentam varrê-lo do mapa. Países como Irã e Síria patrocinam o Hamas fornecendo armas e instruções de guerra. Aliás, nestes países supracitados as liberdades e direitos individuais não são respeitados, fomentam uma Jihad contra Israel e o ocidente por considerarem um insulto a existência do Estado de Israel nas terras que ocupam hoje, mas se esquecem do fato que Israel já ocupavam estas terras desde cerca de 1400 a.C. Mesmo com exílio para Babilônia e com a grande diáspora ocorrida em 70 d.C, depois da destruição do templo de Jerusalém sempre houve judeus remanescentes ocupando estas terras.

Mas a grande parte da imprensa tem prestado um desserviço, pois em vez de mostrarem os lados de forma imparcial tem frisado somente a desproporcionalidade da resposta de Israel. Israel tem o direito legitimo de defesa de seu território e de sua população. O que tem ocorrido é um crescimento mundial de uma política de esquerda que tem combatido a democracia e esta ala tem se voltado para atacar os regimes democráticos como Israel.

Devemos estar atentos para não invertemos os papéis neste conflito Israel estava em negociação com Fatah (moderados) para conceder parte das terras Cisjordânia e faixa de Gaza a um governo palestino. Porém, com a derrota política (2006) do Fatah para o Hamas este processo foi interrompido. O Hamas expulsou e matou os lideres do Fatah se aliou com inimigos declarados de Israel. Agora o Hamas rompeu o acordo de paz unilateralmente, lança ataque à população civil israelense, usa seus próprios irmãos como escudo e a imprensa questiona apenas a reação de Israel que é legítima taxando-a como terrorista.

segunda-feira, 12 de janeiro de 2009

Lição 2 - Josué Assume a Liderança de Israel

INTRODUÇÃO

Aprenderemos hoje sobre o momento em que Josué assume a liderança do povo, após a morte de Moisés. Onde veremos a preparação para atravessar o Rio Jordão e os espias que são enviados para observar como era a cidade de Jericó, e o episódio da casa de Raabe a prostituta que temeu a Deus e escondeu os espias dos soldados, recebendo promessa de livramento.

MOSTRE NO MAPA A DIVISÃO DO TERRITÓRIO DE CANAÃ ANTES DA CONQUISTA

DESCRIÇÃO DOS POVOS DA TERRA

Os pagãos habitantes da terra de Canaan eram chamados cananitas. De acordo com Gn 10:6 eram os descendentes de Canaan, um dos filhos de Cam (filho de Noé). Onze dos filhos de Canaan estão listados em Gn 10:15-18. Destes, 6 encontram-se nos nomes de povos sírios, e 4 em nomes de tribos palestinas.
Os seus ritos religiosos idólatras estavam relacionados com uma grande imoralidade, e centrados numa adoração da fertilidade do homem, rebanhos e manadas, e na terra. O sistema sacrificial era semelhante ao dos hebreus, mas além de animais limpos, animais imundos e por vezes seres humanos, especialmente crianças, eram oferecidos em altares cananitas.
Em Js 13.1-8, encontramos que havia ainda muita terra para conquistar, mas Josué já estava avançado em idade, e Deus ordena que ele reparta a terra prometida às tribos de Israel.

LEITURA BÍBLICA EM CLASSE – JOSUÉ 1.1-3,5,7-9

Existe uma divisão no primeiro capítulo de Josué. A primeira parte trata da vocação de Josué (vv. 1-11), e a segunda da preparação para atravessar o Jordão (vv.12-18).
(v.1) "depois da morte de Moisés [...] que o Senhor falou a Josué". Destacam-se aqui os dois personagens principais antes da conquista de Canaã: Moisés, líder do povo, vai desde o livro de Êxodo até Deuteronômio; e Josué, primeiro líder do povo após a morte de Moisés.
Ainda no primeiro versículo, observamos que Moisés é chamado de “servo do Senhor”, ou “escravo do Senhor”, enquanto que Josué é chamado de “servo de Moisés”, ou “servidor de Moisés”. Mas, ao assumir a responsabilidade como líder e profeta, semelhante a Moisés, Josué agora é conhecido como “servo de Deus”, que no original refere-se a “escravo de Deus” usando o termo hebraico “ebed”.
(v.2) Está registrado em Dt 31.14,23, Deus falando com Josué pela primeira vez: “Esforça-te e anima-te... e eu serei contigo”. Novamente Deus fala a Josué: “Levanta-te” (ergue-se, fique em pé), Josué estava prostrado quando o Senhor falava com ele, talvez pensando na morte do seu líder e como assumiria essa tão grande responsabilidade, mas imediatamente ele recebe a ordem divina para avançar “...passa esse Jordão, tu e todo este povo à terra que dou aos filhos de Israel”, seguida da promessa:
(v.3) “Todo lugar que pisar a planta do vosso pé, vo-lo tenho dado”.
(v.5) “Ninguém se susterá diante de ti”, ou seja, “posicionar-se contra”; “ficar oposto a”, por extensão, “oprimir”.
(v. 5) “Não te deixarei nem te desampararei”, Enquanto Josué se erguia, o Eterno lhe falava: “Não te deixarei afundar, desanimar, cair”. “Eu não te deixarei em apuros”. “Nem te desampararei”, “desamparar” é “abandonar”, “deixar desolado”. o Senhor falava e Josué ouvia que Deus jamais o abandonaria; Josué jamais estaria desolado. Apesar da incompreensão do povo, o Senhor estaria com ele em todas as horas e momentos.
(v.7-9) "Esforça-te e tem mui bom ânimo para teres o cuidado de fazer conforme toda a lei...", perceba, ser valoroso não para a contenda, discórdia, guerra contra a "carne e sangue", mas para cumprir os mandamentos divinos! Uma liderança eficaz precisa estar disposta a cumprir os mandamentos divinos. O compromisso do líder Josué, primeiramente, é com Deus e com a Torah (Lei ou instrução). Ele precisa cumprir, como servo obediente, os mandamentos divinos: “para que sejas bem-sucedido”.


PREPARAÇÃO PARA ENTRAR

Em Js 1.11-14, Josué ordena aos líderes das tribos para se prepararem, pois apenas três dias faltava para atravessar o Rio Jordão.

- Espias enviados a Jericó
Jericó seria a primeira cidade a ser conquistada, então Josué envia dois espias para observar a terra (2.1).

- Raabe, a prostituta
Ao chegarem em Jericó, os espias “entraram na casa de uma mulher prostituta, cujo nome era Raabe, e dormiram ali”. Embora prostituta, Raabe teria reconhecido o poder do Deus de Israel, ela sabia da fama do povo, de como saiu do Egito e os milagres que Deus tinha feito no meio do povo (vv. 8-11).

- O cordão de escarlate
O rei de Jericó, ficou sabendo que tinham vindo espiões para observar a terra, e enviou à casa de Raabe soldados para saber onde estavam os espias de Israel. Raabe, por sua vez, disse “É verdade que vieram homens a mim, porém eu não sabia de onde eram... não sei para onde aqueles homens se foram; ide após eles depressa, porque vós os alcançareis.” (Js 2.4-7). Através dessa ação, Raabe pede misericórdia aos espias, para que ao conquistarem a terra, livre sua casa e sua família (Js 2.12-13).
Disseram-lhe os espias: “A nossa vida responderá pela vossa até ao ponto de morrer, se não denunciardes este nosso negócio; e será, pois, que, dando-nos o SENHOR esta terra, usaremos contigo de beneficência e de fidelidade” (v. 14)Raabe os fez descer do muro de Jericó, por um cordão de escarlate (pois sua casa ficava sobre o muro da cidade, v.15). O cordão vermelho cor de sangue deveria ficar na janela da casa de Raabe como o sinal, para que quando o povo chegasse identificasse sua casa, e assim ela recebesse o livramento. (vv. 17-21).

quarta-feira, 7 de janeiro de 2009

Homem vai a Igreja Universal e apanha

Veja o testemunho de um homem que foi a um culto da Igreja Universal do Reino de Deus, do Edir Macedo, que sendo acusado de está endemoniado, é levado para uma sala e apanha dos pastores. Embora alguns pensem que estou perseguindo a IURD, saibam que contra fatos não há argumentos. Depois que o ex-pastor Diego descreveu o que aconteceu com ele lá, fiquei indignado, e qualquer coisa que aparece eu publico aqui, para mostra quem é essa instituição que tem manchado a imagem dos cristãos. acompanhe...
Em breve, estarei postando um assunto sobre o retorno às indugências da igreja Católica, pela IURD. Aguarde!

terça-feira, 6 de janeiro de 2009

Mapa Ilustrativo do Êxodo do Egito até a entrada de Canaã

Imagem para ser usada na 2ª aula, explicando a posição geográfica em que o povo de Israel se encontrava, quando Josué assumiu a liderança.


Baixe a imagem: http://scriptures.lds.org/pt/biblemaps/map2.jpg

O Sucesso de Josué, subsídio para 2ª Lição do 1º Trim/2009

O Pr. Antônio Fonseca, do Instituto Cristão de Pesquisa - ICP, explica sobre o sucesso de Josué:

Mapa de Canaã, subsídio para a lição 2 do 1º Trim/2009

Aula sobre o mapa de Canaã, com o Pr. Antonio Fonseca, do Instituto Cristão de Pesquisa:

Lição 1 - Josué, Um Líder Escolhido Por Deus


Estou disponibilizando o comentário atrasado por problemas na minha net, mas também para termos um acompanhamento de cada lição desse novo trimestre.


INTRODUÇÃO

O assunto deste trimestre trata do Livro de Josué. Narra a continuação do Pentateuco, relatando a travessia do Jordão por Israel, após a morte de Moisés, para a entrada de Canaã. Sob a liderança de Josué, as doze tribos conquistam e povoam a terra prometida. O livro abrange aproximadamente 25 a 30 anos da história de Israel, e conta como “deu... a Israel toda a terra que jurara dar a seus pais” (Js 21.43).
Do começo ao fim, Josué se destaca como líder escolhido por Deus, e deixa importantes lições para nossa vida pessoal, familiar e de liderança cristã.

HISTÓRICO

Para falarmos sobre Josué, temos que voltar um pouco na história. Desde quando Deus chamou a Abrão, e disse que saísse “...da sua terra, da sua parentela, da casa de seu pai, para a terra que lhe mostraria (Gn 12.1); tendo partido, seguiu de Harã para Canaã. Ao chegar o Senhor lhe apareceu e disse: “...À tua semente darei esta terra...” (Gn 12.7). É interessante notar que Abrão, quando se separou de Ló, foi habitar na terra prometida (Gn 13.12); Deus apareceu a Abrão, quando tinha noventa e nove anos, e disse: “Anda na minha presença e ser perfeito... serás pai de uma multidão de nações... Abraão será o teu nome... reis sairão de ti... estabelecerei o meu concerto entre mim e ti e a tua semente depois de ti em suas gerações... e DAREI a ti e a tua semente depois de ti A TERRA DE TUAS PEREGRINAÇÕES, TODA A TERRA DE CANAÃ em perpétua possessão” (Gn 17.1-8); Isaque e Jacó também habitaram na terra prometida (Gn 37.1). Jacó, cujo nome foi mudado para Israel (Gn 32.28), teve doze filhos, porém José (um de seus filhos que foi vendido por seus irmãos) era governador do Egito. E houve grande fome na terra de Canaã, de forma que os filhos de Israel foram comprar alimento no Egito (Gn 42.5), de forma que foram reconhecidos por José, e o Faraó mandou buscar toda a família para morar no Egito.
Foi assim que o povo de Israel chegou ao Egito, deixando a terra de Canaã, prometida por Deus a Abraão.
O tempo em que os filhos de Israel habitaram no Egito foram de quatrocentos e trinta anos (Ex 12.40). Deus escolheu Moisés, o hebreu, para livrar o seu povo que era cativo no Egito.
Moisés matou um egípcio que estava ferindo um hebreu, e teve que fugir ameaçado de morte pelo faraó. Habitou na terra de Midiã, onde conheceu seu sogro Jetro. Moisés apascentava as ovelhas quando foi a Horebe, o monte de Deus, e teve uma visão: um pé de sarça que estava em chamas e não se queimava (Ex 3.3), foi quando Deus lhe bradou e disse: “Moisés! Moisés! [...] Eu sou o Deus de teu pai, o Deus de Abraão, o Deus de Isaque e o Deus de Jacó [...] Tenho visto atentamente a aflição do meu povo, que está no Egito, e tenho ouvido o seu clamor por causa dos seus exatores, porque conheci as suas dores [...] desci para livrá-lo da mão dos egípcios e para fazê-lo subir daquela terra a uma terra boa e larga, a uma terra que mana leite e mel [...] Vem agora, pois, e eu te enviarei a Faraó, para que tires o meu povo, os filhos de Israel, do Egito” (Ex 3.1-10).
Assim, Deus através de Moisés, tirou o povo da escravidão do Egito, e livrou Israel com mãos poderosas, abrindo o Mar Vermelho para o povo passar.
Foram quarenta anos de peregrinação para chegar à terra de Canaã, pois o povo murmurou, e falou contra Deus e contra Moisés, de forma que os de vinte anos para baixo não entrou na terra prometida, mas foram prostrados no deserto (Ex 16.35; ver 1Co 10.1-5).
Moisés, porém, não iria entrar na terra prometida por causa da contenda nas águas de Meribá, onde ele agiu de má fé (prevaricou) contra Deus (Dt 32.48-51; confira Nm 20.9-13). “Ouvi agora, rebeldes: porventura, tiraremos água desta rocha para vós?”.

Moisés precisava ser substituído, e aí entra o personagem de estudo da nossa lição!

QUEM ERA JOSUÉ? (BIOGRAFIA)

A primeira vez que seu nome aparece na Bíblia, foi numa peleja entre os israelitas e os amalequitas, em Refidim. Disse Moisés a Josué: “Escolhe-nos homens, e sai, e peleja contra Amaleque...” (Ex 17.9).

Seu nome era Oséias (sig. salvação) Nm 13.8,16, foi mudado para Josué (sig. o Senhor é salvação) por Moisés. Era filho de Num, da tribo de Efraim; nasceu no Egito e era provavelmente da idade de Calebe, a quem é freqüentemente associado.
Seu nome aparece mais de duzentas vezes em toda a Bíblia,

Pelo contexto, entendemos que ele participou de todos os acontecimentos relacionados com o Êxodo e ocupou a posição de comandante do exército israelita na batalha contra os amalequitas, em Refidim (Ex 17:8-16). Tornou-se o ajudante de Moisés, tendo-o acompanhado parte do caminho, quando ele ascendeu ao Monte Sinai, a fim de receber as duas tábuas da lei (Ex 32:17). Foi também um dos doze que Moisés enviou a espiar a terra de Canaã (Nm 13:16,17) e somente ele e Calebe trouxeram um relatório favorável. Sob a direção de Deus, Moisés, antes da sua morte, investiu Josué de um modo solene e público, com autoridade sobre o povo e como seu sucessor (Dt 31:23).

A VOCAÇÃO DE JOSUÉ

Os israelitas estavam acampados em Moabe, pronto para entrar em Canaã, a Terra prometida. Existiam lá pequenos reinos, cada um com seu exército, para serem subjugados, tomadas suas cidades fortificadas. Era preciso travar batalhas decisivas, com a ajuda de Deus que queria cumprir sua promessa. Tempos difíceis estão à frente, precisa-se de alguém, uma testemunha ocular dos feitos de Deus! Que homem poderia ser melhor para isso do que o próprio Josué, designado sucessor de Moisés? (Nm 27.15-23).

A PREPARAÇÃO DE JOSUÉ

Muitos anos antes de substituir Moisés como líder de Israel, Josué demonstrou ser um homem de fé, visão, coragem, lealdade, obediência inconteste, oração e dedicação a Deus e à sua palavra.
Deus escolheu Josué como líder, mas até ele assumir a liderança enfrentou diversos obstáculos. Durante os 40 anos passados no deserto, ele foi íntimo colaborador de Moisés. Tem sido “ministro de Moisés quando já era um homem, em quem havia o espírito”, o que mostra sua aptidão como líder espiritual e líder militar. (
Nm 11.28; Ex 24.13; 33:11; Jos. 1:1) Quando Israel saiu do Egito, Josué era capitão dos exércitos de Israel, quando este derrotou os amalequitas. (Ex 17.9-14) Na qualidade de companheiro leal de Moisés e valente comandante do exército, era a escolha lógica para representar a tribo de Efraim, quando se escolheu um homem de cada tribo para a perigosa missão de espiar Canaã. A coragem e fidelidade que demonstrou nessa ocasião lhe asseguraram a entrada na Terra Prometida. (Nm 13.8; 4.6-9,30,38) Sim, este Josué, filho de Num, é um “homem em quem há espírito”; um homem que ‘seguiu a Deus integralmente’, um homem “cheio do Espírito de sabedoria”. Não é de admirar que “Israel continuou a servir a Deus todos os dias de Josué”. — Nm 27.18; 32.12; Dt 34.9; Js 24.31.

JOSUÉ ASSUME A LIDERANÇA

Para dar continuidade à obra de redenção de Israel, Josué assume a liderança. Agora à sua frente está o grande desafio: substituir aquele que foi um líder segundo a vontade de Deus, Moisés.
Como líder ele: foi animado pelo Senhor, Js 1.1-9; enviou espias a Jericó, Js 2.1-23; atravessou o Rio Jordão, Js 3; capiturou a Jericó, Js 6; salvou Gibeão, Js 10.6-27; guerreou contra reis, Js 12; sorteou as terras, Js 13-22; apelou para o povo, Js 23.1-24. 13; renovou a aliança, Js 24.14-27.

Deus usou Josué de maneira maravilhosa, mas assim também Ele quer fazer conosco, quer que nos entreguemos com fidelidade e compromisso para fazer a sua obra e assumir a posição de líder espiritual em nossos lares, em nossa família.

QUALIDADES NA VIDA DE UM LÍDER

1. Qualidades Espirituais

Obediência
- É indispensável que o líder caminhe ao lado e com Deus na liderança. É necessário uma obediência plena da parte dele. Josué foi um “servidor obediente” ao seu líder (Ex 17.9,10; 24.13), numa demonstração que era também a Deus.

Irrepreensível
– Josué era íntegro, tinha caráter, seu viver era irrepreensível. O que um líder ensina em relação às verdades espirituais da Palavra de Deus, devem condizer com a verdade. Não deve acontecer de que um membro chegue diante dele e o acusa de não estar praticando o que prega, de não estar cumprindo este ou aquele outro mandamento da Palavra de Deus.

As qualidades espirituais devem ser prioridades absolutas na vida do líder. Se ele assim proceder, as pessoas irão querer imitar o seu exemplo.

2. Qualidade Morais
Os líderes devem possuir uma vida limpa, isso não deve ser por medo dos liderados, mas sim, pelo temor diante de Deus, por querer agradá-lo. Josué sempre se demonstrou equilibrado, mantendo os princípios morais aprendido com Moisés.

3. Qualidades pessoais
Cada líder tem a sua própria personalidade. Ninguém é igual a ninguém. Porém há qualidades pessoais que cada líder deveria ter preocupação. Um líder deve estabelecer alvos pessoais. Ele deve estabelecer alvos para si mesmo, bem como para sua congregação.

JOSUÉ É UMA PREFIGURAÇÃO DE CRISTO


O nome Josué (hb. Yehoshua’ ou Yeshua’) é o equivalente hebraico do nome “Jesus” no NT, em grego (ver 1.1 nota). Josué, no seu encargo de introduzir Israel na terra prometida, é um tipo ou prefiguração no AT, de Jesus, cuja obra foi levar “muitos filhos à glória” (Hb 2.10; 4.1-13; 2 Co 2.14). Além disso, assim como o primeiro Josué usou a espada do terrível juízo divino na conquista, assim também o segundo Josué a usará na conquista das nações no fim da história (Ap 19.11-16).

CONCLUSÃO

Assim como Josué, Deus conta com nossas vidas para executar sua obra aqui na terra e levar o Ide do evangelho de Cristo, com obediência, dedicação, coragem, sujeição, fé, etc, uma vida santificada na presença e vontade de Deus.


FATORES CONTRIBUEM PARA UMA LIDERANÇA ESPIRITUAL DEFEI­TUOSA, TAIS COMO:

Medo.
O desejo de ser amado e admirado é forte. Portanto, em lugar de contrariar a opinião pública, o líder sente-se tentado a manter-se inativo e apenas sorrir amávelmente para as pessoas, "O temor do homem se transforma em arma­dilha", diz o Espírito Santo, e isso fica demonstrado no ministério mais do que em qualquer outro setor.

As dificuldades financeiras. O ministro protestante quase nunca é bem pago e a família do líder geralmente é grande. Com­bine esses dois fatos e você tem uma situação ideal para criar pro­blemas e tentações ao homem de Deus. A tendência da congregação de suspender as ofertas quando o pregador toca em seus pontos fracos é bem conhecida. O pastor vive no geral de ano para ano, quase não conseguindo saldar seus compromissos mensais. Propor­cionar à igreja uma liderança moral vigorosa representa quase um convite aos problemas financeiros e o pastor então a retém. O mal é que a liderança retida transforma-se de fato numa espécie de liderança ao inverso. O homem que não leva suas ovelhas montanha aci­ma, as faz descer sem que o saiba.

Ambição. Quando Cristo não é tudo em todos para o minis­tro, este é tentado a abrir caminho para si mesmo, e agradar a mul­tidão é um meio já provado de subir nos círculos da igreja. Em vez de guiar os fiéis para onde devem ir, ele habilmente os leva aonde sabe que eles querem ir. Ele aparenta então ser um líder ousado, mas evita ofender quem quer que seja, assegurando assim um cargo privilegiado quando a igreja grande ou a posição mais elevada se oferecerem.

Orgulho intelectual. Os círculos religiosos infelizmente ren­dem culto à inteligência. Mas isto, em minha opinião, não passa de puro estilo "rebelde". Do mesmo modo que o "rebelde" apesar de seus fortes protestos de individualismo é um dos conformistas mais servis, o jovem intelectual no púlpito treme em seus sapatos bri­lhantes com medo de dizer algo banal ou comum. Os fiéis esperam que ele os leve às verdes pastagens, mas em vez disso ele os guia em direção ao deserto.

Ausência de verdadeira experiência espiritual. Ninguém pode levar outros para além do ponto em que ele mesmo já chegou. Isto explica a falha na liderança de muitos ministros. Eles simplesmente não sabem para onde ir.

Preparo insuficiente. As igrejas estão cheias de amadores re­ligiosos, culturalmente desclassificados para servirem no altar, e o povo sofre as conseqüências disso, As ovelhas são desviadas sem se aperceberem do que está acontecendo,As recompensas da liderança santa são tão grandes e as respon­sabilidades do líder tão pesadas que ninguém pode deixar de levar a sério esse assunto.

segunda-feira, 5 de janeiro de 2009

Internet com problemas

Estou tendo problemas técnicos com a velox aqui onde moro. Por esse motivo não disponibilizei o comentário da 1ª Lição, sobre o livro de Josué. Espero resolver logo, para continuar postando subsídios para EBD, agradeço a compreensão de todos os leitores.
Esse texto, por exemplo, enviei do trabalho. A partir de amanhã (06/01), esterei publicando o da 1ª lição, mesmo que eu tenha que enviar daqui.

sexta-feira, 2 de janeiro de 2009

Feliz 2009!!!!!!!!!

Mais um ano passou. 2009 chegou. Desejamos paz, amor e felicidades. Nossas esperanças devem ser confirmadas e renovadas.
Vamos agradecer a Deus cada momento de nossos dias. Vamos acreditar que no Ano Novo que se aproxima, teremos nossos sonhos e objetivos alcançados, apesar de tantas negatividades ao nosso redor.
Vamos fazer um balanço de tudo o que se passou, acreditar que vai dar tudo certo. É hora de lembrarmos de todas as lições que pudemos aprender no transcurso do ano que terminou.
Certamente, por ser Ano Novo, 2009 vai ser melhor. Que as dificuldades passadas nos tenham ensinado a caminhar com mais firmeza. Que os problemas que possam aparecer sirvam de incentivo, para com paciência, serem enfrentados com um sorriso nos lábios.
Queremos que o amor prevaleça sobre todas as coisas, que as lágrimas que por ventura aparecerem, sirvam apenas para expressar a alegria de viver, e de poder comemorar os momentos de convívio com as pessoas queridas, e renovar os laços de amizade que tenham sido desatados no passado.
Se você achou que nada pode mudar em sua vida, não se desespere! Existe uma forma de fazer a vida ficar melhor... Embora o mundo esteja em guerra e muito desamor estejam tirando sua paz, JESUS pode te dar a verdadeira paz interior, a paz de espírito de forma que, você vai descansar mesmo em meio a tempestade, pois ele vai cuidar de você... ENTREGUE-SE A ELE E TENHA UMA VIDA NOVA NESSE ANO NOVO.
"Perto está o SENHOR dos que têm o coração quebrantado e salva os contritos de espírito." Salmos 34.18