INTRODUÇÃO
Considerando que o “mundo jaz no maligno”, não devemos amar o mundo nem as coisas que nele há. Esse sistema do “mundo”, objeto de estudo nesta lição, refere-se ao modo de vida de nossa época, influenciado por Satanás, contrário a Deus, à sua Palavra e à sua Igreja. De acordo com João, temos duas orientações nesta epístola: não amar o mundo e amar a Deus. Esses sentimentos são incompatíveis, são opostos. João cita três coisas que existem nesse mundo: a concupiscência da carne, a concupiscência dos olhos e a soberba da vida. Aprenderemos que devemos nos afastar desses “valores”, para não sermos contaminados pelo mundo, pois o mundo passa, mas aqueles que fazem a vontade de Deus permanecem para sempre.
LEITURA BÍBLICA EM CLASSE (1 Jo 2.15-19 e Jo 15.18-19)
1 João 2
“Não ameis o mundo, nem o que no mundo há...” (v.15). O apóstolo João introduz aqui o cuidado fundamental que é sermos crucificados para o mundo, sermos mortificados para as coisas, negócios e tentações do mesmo. É o mesmo que dizer: seu amor deve ser reservado para Deus, não o desperdicem com o mundo.
Vemos aqui quatro razões desse cuidado e precaução:
“Se alguém ama o mundo, o amor do Pai não está nele”. Essa é a primeira razão, a falta de firmeza desse amor com o amor de Deus. O coração do homem não pode conter os dois tipos de amor. O mundo afasta o coração de Deus; e, assim, quanto mais o amor do mundo prevalecer, mais o amor de Deus diminuirá e se deteriorará.
“...Não é do Pai, mas do mundo” (v.16). O amor mundano e a concupiscência não são determinados por Deus. Esse amor (ou concupiscência) não é ordenado por Deus, mas provém a partir do mundo.
As coisas do mundo, portanto, são distinguidas em três partes:
a) A concupiscência da carne, aqui distinguidas dos olhos e da vida, refere-se ao corpo. É o capricho e apetite dos prazeres carnais e, todas as coisas que excitam e inflamam os prazeres da carne. Essa concupiscência é comumente chamada de luxúria;
b) A concupiscência dos olhos. Os olhos se deleitam com tesouros; riquezas e posses valiosas são almejadas por um olhar cobiçoso;
c) A soberba da vida. Uma mente vaidosa almeja toda grandeza de uma vida vangloriosa. É uma ambição desenfreada e um desejo intenso por honras e aplausos.
Os objetos desses apetites precisam ser abandonados e renunciados; já que eles dominam a afeição e desejo, eles não são “do Pai, mas do mundo” (v.16). A concupiscência e apetite para essas coisas deve ser mortificado ou subjugado, pois a tolerância para isso vem do mundo sedutor e não de Deus.
“E o mundo passa, e a sua concupiscência...” (v.17). As coisas do mundo estão desfalecendo e morrendo rapidamente. A própria concupiscência e o prazer dela perdem as forças e decaem; o próprio desejo em breve perecerá e cessará (Ec 12.5). E o que aconteceu com todo o esplendor e prazer de todos os que agora jazem na cova decompondo-se?
“Mas aquele que faz a vontade de Deus...”. Essa é a característica daquele que ama a Deus, ele “permanece para sempre”. O mundo passa, a concupiscência passa, mas aquele que é objeto do amor de Deus, que demonstra amor pelas coisa sagradas, esse é um herdeiro da imortalidade e da vida eterna, pois o amor permanece para sempre (1Co 11.12-13).
“Filhinhos, é já a última hora...” (v.18). João agora fala sobre algo que vai acontecer: o fim está chegando. Usando a expressão “filhinhos”, ele refere-se aos que são novos na religião, para tomarem cuidado de si mesmos, para não serem corrompidos. Entretanto, isto serve para todos, de maneira universal, como um alerta a todos os cristãos. É como se João estivesse se referindo às semanas de Daniel que estão terminando; à destruição do santuário e da cidade hebraica que estavam se aproximando; “...e o povo do príncipe, que há de vir, destruirá a cidade e o santuário, e o seu fim será com uma inundação; e até o fim haverá guerra; estão determinadas assolações” (Dn 9.26). Era oportuno que os discípulos fossem alertados a respeito do final dos tempos, e informados o máximo possível a respeito dos períodos proféticos do tempo.
“...Também agora muitos se têm feito anticristos...”. O sinal dessa última hora é que muitos se opõem à pessoa, doutrina e reino de Cristo. Um grande anticristo havia sido profetizado: “...como ouvistes que vem o anticristo...” (v.18), e a maior parte da igreja foi informada por revelação divina que haveria um adversário por um tempo longo para Cristo e sua Igreja (2Ts 2.7-10). Naquele tempo, muitos se faziam anticristos pois o mistério da iniqüidade já operava. Eles também foram profetizados como sinal dessa última hora: “porque surgirão falsos cristos e falsos profetas e farão tão grandes sinais e prodígios, que, se possível fora, enganariam até os escolhidos” (Mt 24.24). “...por onde conhecemos que é já a última hora”.
“Saíram de nós...” (v. 19). Esses anticristos, um dia foram adeptos da doutrina dos apóstolos, possivelmente da igreja de Jerusalém ou algumas das igrejas da Judéia, como em At 15.1: “Então, alguns que tinham descido da Judéia ensinavam assim os irmãos...”. As igrejas mais puras podem conter apóstatas e rebeldes; a doutrina apostólica não converteu a todos, “...mas não eram de nós; porque, se fossem de nós, ficariam conosco”. O que João quer dizer é: “se a verdade sagrada tivesse se enraizado em seus corações, eles teriam ficado conosco; se eles tivessem se tornado cristãos de verdade, não teriam se tornado anticristos”. Mas isso foi “para que se manifestasse que não são todos de nós”. A igreja não sabe ao certo quem são seus membros vitais ou não, por isso é considerada como igreja invisível.
João 15
“Se o mundo vos aborrece...”(v.18). Aqui Cristo fala sobre o ódio, que é característico do reino do diabo, assim como o amor é característica marcante do reino de Cristo. Ele fala sobre isso como algo que eles deveriam esperar e levar em conta, v. 18, como em 1Jo 3.13. Aqueles a quem Cristo abençoa, o mundo amaldiçoa. Os herdeiros dos céu nunca foram preferidos deste mundo, uma vez que foi instalada uma velha inimizade entre a semente da mulher e a da serpente. Como exemplo, podemos perguntar: porque Caim odiou Abel? Porque as obras de Abel eram justas. Porque os irmãos de José o odiaram? Porque seu pai o amava...
Os frutos desta inimizade são visíveis hoje, e podemos notá-los em Jo 15.20: (1) Perseguição. “Se a mim me perseguiram, também vos perseguirão a vós”. É o destino comum daqueles que desejam viver devotamente em Cristo Jesus (2Tm 3.12). Os discípulos foram avisados do tratamento cruel que iriam encontrar no mundo, pois Jesus disse: “Eis que vos envio como ovelhas ao meio dos lobos” (Mt 10.16). (2) Rejeição. O outro fruto desta inimizade consiste no fato de que eles iriam rejeitar sua doutrina. A expressão “se guardarem a minha palavra, também guardarão a vossa”, é o mesmo que: “Eles não guardarão a vossa, e não a considerarão, não mais do que consideraram e guardaram a minha”.
“Se vós fôsseis do mundo...”. Ou seja, se vós fósseis carnais e mundanos “o mundo amaria o que era seu, mas, porque não sois do mundo, antes eu vos escolhi do mundo, por isso é que o mundo vos aborrece” (v.19). Nós não devemos nos espantar se aqueles que são dedicados ao mundo, são apreciados por ele como seus amigos. O salmista diz que a maioria dos homens bendiz ao avarento (Sl 10.3). Também não devemos nos espantar quando aqueles que são libertos do mundo são difamados por ele, como seus inimigos. Jesus nos escolheu do mundo e nos designou acima deste mundo, pois os justos julgarão o mundo (1Co 6.2) e por isto são odiados.
O QUE É O MUNDO?
A Palavra “mundo” (gr. kosmos), refere-se ao vasto sistema de vida desta era, estimulado por satanás e apartado de Deus. Consiste não somente nos prazeres obviamente malignos, imorais e pecaminosos do mundo, mas também se refere ao espírito de rebelião que nele age contra Deus, e de resistência ou indiferença a Ele e à sua revelação. Isso ocorre em todos os empreendimentos humanos que não estão sob o senhorio de Cristo. Satanás emprega as idéias mundanas de moralidade, das filosofias, psicologia, desejos, governos, cultura, educação, ciência, arte, medicina, música, sistemas econômicos, diversões, comunicação de massa, esporte, agricultura, etc, para opor-se a Deus, ao seu povo, à sua Palavra e aos seus padrões de retidão (Mt 16.26; 1Co 2.12; 3.19; Tt 2.12; 1Jo 2.15,16; Tg 4.4; Jo 7.7; 15.18,19; 17.14 ). Por exemplo, Satanás usa a profissão médica, para defender e promover a matança de seres humanos ainda no ventre; a agricultura para produzir drogas destruidoras da vida, tais como o álcool e os narcóticos; a educação, para promover a filosofia ímpia humanista; e os meios de comunicação em massa, para destruir os padrões divinos de conduta. Os crentes devem estar conscientes de que, por trás de todos os empreendimentos meramente humanos, há um espírito, força ou poder maligno que atua contra Deus e a sua Palavra. Nalguns casos, essa ação maligna é menos intensa; noutros casos, é mais. Finalmente, o “mundo” também inclui todos os sistemas religiosos originados pelo homem, bem como todas as organizações e igrejas mundanas, ou mornas.
O MUNDO E A IGREJA
O mundo está sob o domínio de Satanás (ver Jo 12.31 nota); a igreja pertence exclusivamente a Deus (Ef 5.23,24; Ap 21.2). No mundo, os crentes são forasteiros e peregrinos (Hb 11.13; 1Pe 2.11). (a) Não devem pertencer ao mundo (Jo 15.19), não se conformar com o mundo (ver Rm 12.2 nota), não amar o mundo (2.15), vencer o mundo (5.4), odiar a iniqüidade do mundo (ver Hb 1.9 nota), morrer para o mundo (Gl 6.14) e ser libertos do mundo (Cl 1.13; Gl 1.4). (b) Amar o mundo (cf. 2.15) corrompe nossa comunhão com Deus e leva à destruição espiritual. É impossível amar o mundo e ao Pai ao mesmo tempo (Mt 6.24; Lc 16.13; ver Tg 4.4 nota).
OS TRÊS ASPECTOS DO MUNDO (1Jo 2.16)
(a) “A concupiscência da carne”, que inclui os desejos impuros e a busca de prazeres pecaminosos e a gratificação sensual (1Co 6.18; Fp 3.19; Tg 1.14);
(b) “A concupiscência dos olhos”, que se refere à cobiça ou desejo descontrolado por coisas atraentes aos olhos, mas proibidas por Deus, inclusive o desejo de olhar para o que dá prazer pecaminoso (Êx 20.17; Rm 7.7). Nesta era moderna, isso inclui o desejo de divertir-se contemplando pornografia, violência, impiedade e imoralidade no teatro, na televisão, no cinema, ou em periódicos (Gn 3.6; Js 7.21; 2 Sm 11.2; Mt 5.28);
(c) “A soberba da vida”, que significa o espírito de arrogância, orgulho e independência auto-suficiente, que não reconhece Deus como Senhor, nem a sua Palavra como autoridade suprema. Tal pessoa procura exaltar, glorificar e promover a si mesma, julgando não depender de ninguém (Tg 4.16).
CONCLUSÃO
O crente não deve ter comunhão espiritual com aqueles que vivem o sistema iníquo do mundo (ver Mt 9.11 nota; 2Co 6.14 nota) deve reprovar abertamente o pecado deles (Jo 7.7; Ef 5.11 nota), deve ser sal e luz do mundo para eles (Mt 5.13,14), deve amá-los (Jo 3.16), e deve procurar ganhá-los para Cristo (Mc 16.15; Jd 22,23).
Considerando que o “mundo jaz no maligno”, não devemos amar o mundo nem as coisas que nele há. Esse sistema do “mundo”, objeto de estudo nesta lição, refere-se ao modo de vida de nossa época, influenciado por Satanás, contrário a Deus, à sua Palavra e à sua Igreja. De acordo com João, temos duas orientações nesta epístola: não amar o mundo e amar a Deus. Esses sentimentos são incompatíveis, são opostos. João cita três coisas que existem nesse mundo: a concupiscência da carne, a concupiscência dos olhos e a soberba da vida. Aprenderemos que devemos nos afastar desses “valores”, para não sermos contaminados pelo mundo, pois o mundo passa, mas aqueles que fazem a vontade de Deus permanecem para sempre.
LEITURA BÍBLICA EM CLASSE (1 Jo 2.15-19 e Jo 15.18-19)
1 João 2
“Não ameis o mundo, nem o que no mundo há...” (v.15). O apóstolo João introduz aqui o cuidado fundamental que é sermos crucificados para o mundo, sermos mortificados para as coisas, negócios e tentações do mesmo. É o mesmo que dizer: seu amor deve ser reservado para Deus, não o desperdicem com o mundo.
Vemos aqui quatro razões desse cuidado e precaução:
“Se alguém ama o mundo, o amor do Pai não está nele”. Essa é a primeira razão, a falta de firmeza desse amor com o amor de Deus. O coração do homem não pode conter os dois tipos de amor. O mundo afasta o coração de Deus; e, assim, quanto mais o amor do mundo prevalecer, mais o amor de Deus diminuirá e se deteriorará.
“...Não é do Pai, mas do mundo” (v.16). O amor mundano e a concupiscência não são determinados por Deus. Esse amor (ou concupiscência) não é ordenado por Deus, mas provém a partir do mundo.
As coisas do mundo, portanto, são distinguidas em três partes:
a) A concupiscência da carne, aqui distinguidas dos olhos e da vida, refere-se ao corpo. É o capricho e apetite dos prazeres carnais e, todas as coisas que excitam e inflamam os prazeres da carne. Essa concupiscência é comumente chamada de luxúria;
b) A concupiscência dos olhos. Os olhos se deleitam com tesouros; riquezas e posses valiosas são almejadas por um olhar cobiçoso;
c) A soberba da vida. Uma mente vaidosa almeja toda grandeza de uma vida vangloriosa. É uma ambição desenfreada e um desejo intenso por honras e aplausos.
Os objetos desses apetites precisam ser abandonados e renunciados; já que eles dominam a afeição e desejo, eles não são “do Pai, mas do mundo” (v.16). A concupiscência e apetite para essas coisas deve ser mortificado ou subjugado, pois a tolerância para isso vem do mundo sedutor e não de Deus.
“E o mundo passa, e a sua concupiscência...” (v.17). As coisas do mundo estão desfalecendo e morrendo rapidamente. A própria concupiscência e o prazer dela perdem as forças e decaem; o próprio desejo em breve perecerá e cessará (Ec 12.5). E o que aconteceu com todo o esplendor e prazer de todos os que agora jazem na cova decompondo-se?
“Mas aquele que faz a vontade de Deus...”. Essa é a característica daquele que ama a Deus, ele “permanece para sempre”. O mundo passa, a concupiscência passa, mas aquele que é objeto do amor de Deus, que demonstra amor pelas coisa sagradas, esse é um herdeiro da imortalidade e da vida eterna, pois o amor permanece para sempre (1Co 11.12-13).
“Filhinhos, é já a última hora...” (v.18). João agora fala sobre algo que vai acontecer: o fim está chegando. Usando a expressão “filhinhos”, ele refere-se aos que são novos na religião, para tomarem cuidado de si mesmos, para não serem corrompidos. Entretanto, isto serve para todos, de maneira universal, como um alerta a todos os cristãos. É como se João estivesse se referindo às semanas de Daniel que estão terminando; à destruição do santuário e da cidade hebraica que estavam se aproximando; “...e o povo do príncipe, que há de vir, destruirá a cidade e o santuário, e o seu fim será com uma inundação; e até o fim haverá guerra; estão determinadas assolações” (Dn 9.26). Era oportuno que os discípulos fossem alertados a respeito do final dos tempos, e informados o máximo possível a respeito dos períodos proféticos do tempo.
“...Também agora muitos se têm feito anticristos...”. O sinal dessa última hora é que muitos se opõem à pessoa, doutrina e reino de Cristo. Um grande anticristo havia sido profetizado: “...como ouvistes que vem o anticristo...” (v.18), e a maior parte da igreja foi informada por revelação divina que haveria um adversário por um tempo longo para Cristo e sua Igreja (2Ts 2.7-10). Naquele tempo, muitos se faziam anticristos pois o mistério da iniqüidade já operava. Eles também foram profetizados como sinal dessa última hora: “porque surgirão falsos cristos e falsos profetas e farão tão grandes sinais e prodígios, que, se possível fora, enganariam até os escolhidos” (Mt 24.24). “...por onde conhecemos que é já a última hora”.
“Saíram de nós...” (v. 19). Esses anticristos, um dia foram adeptos da doutrina dos apóstolos, possivelmente da igreja de Jerusalém ou algumas das igrejas da Judéia, como em At 15.1: “Então, alguns que tinham descido da Judéia ensinavam assim os irmãos...”. As igrejas mais puras podem conter apóstatas e rebeldes; a doutrina apostólica não converteu a todos, “...mas não eram de nós; porque, se fossem de nós, ficariam conosco”. O que João quer dizer é: “se a verdade sagrada tivesse se enraizado em seus corações, eles teriam ficado conosco; se eles tivessem se tornado cristãos de verdade, não teriam se tornado anticristos”. Mas isso foi “para que se manifestasse que não são todos de nós”. A igreja não sabe ao certo quem são seus membros vitais ou não, por isso é considerada como igreja invisível.
João 15
“Se o mundo vos aborrece...”(v.18). Aqui Cristo fala sobre o ódio, que é característico do reino do diabo, assim como o amor é característica marcante do reino de Cristo. Ele fala sobre isso como algo que eles deveriam esperar e levar em conta, v. 18, como em 1Jo 3.13. Aqueles a quem Cristo abençoa, o mundo amaldiçoa. Os herdeiros dos céu nunca foram preferidos deste mundo, uma vez que foi instalada uma velha inimizade entre a semente da mulher e a da serpente. Como exemplo, podemos perguntar: porque Caim odiou Abel? Porque as obras de Abel eram justas. Porque os irmãos de José o odiaram? Porque seu pai o amava...
Os frutos desta inimizade são visíveis hoje, e podemos notá-los em Jo 15.20: (1) Perseguição. “Se a mim me perseguiram, também vos perseguirão a vós”. É o destino comum daqueles que desejam viver devotamente em Cristo Jesus (2Tm 3.12). Os discípulos foram avisados do tratamento cruel que iriam encontrar no mundo, pois Jesus disse: “Eis que vos envio como ovelhas ao meio dos lobos” (Mt 10.16). (2) Rejeição. O outro fruto desta inimizade consiste no fato de que eles iriam rejeitar sua doutrina. A expressão “se guardarem a minha palavra, também guardarão a vossa”, é o mesmo que: “Eles não guardarão a vossa, e não a considerarão, não mais do que consideraram e guardaram a minha”.
“Se vós fôsseis do mundo...”. Ou seja, se vós fósseis carnais e mundanos “o mundo amaria o que era seu, mas, porque não sois do mundo, antes eu vos escolhi do mundo, por isso é que o mundo vos aborrece” (v.19). Nós não devemos nos espantar se aqueles que são dedicados ao mundo, são apreciados por ele como seus amigos. O salmista diz que a maioria dos homens bendiz ao avarento (Sl 10.3). Também não devemos nos espantar quando aqueles que são libertos do mundo são difamados por ele, como seus inimigos. Jesus nos escolheu do mundo e nos designou acima deste mundo, pois os justos julgarão o mundo (1Co 6.2) e por isto são odiados.
O QUE É O MUNDO?
A Palavra “mundo” (gr. kosmos), refere-se ao vasto sistema de vida desta era, estimulado por satanás e apartado de Deus. Consiste não somente nos prazeres obviamente malignos, imorais e pecaminosos do mundo, mas também se refere ao espírito de rebelião que nele age contra Deus, e de resistência ou indiferença a Ele e à sua revelação. Isso ocorre em todos os empreendimentos humanos que não estão sob o senhorio de Cristo. Satanás emprega as idéias mundanas de moralidade, das filosofias, psicologia, desejos, governos, cultura, educação, ciência, arte, medicina, música, sistemas econômicos, diversões, comunicação de massa, esporte, agricultura, etc, para opor-se a Deus, ao seu povo, à sua Palavra e aos seus padrões de retidão (Mt 16.26; 1Co 2.12; 3.19; Tt 2.12; 1Jo 2.15,16; Tg 4.4; Jo 7.7; 15.18,19; 17.14 ). Por exemplo, Satanás usa a profissão médica, para defender e promover a matança de seres humanos ainda no ventre; a agricultura para produzir drogas destruidoras da vida, tais como o álcool e os narcóticos; a educação, para promover a filosofia ímpia humanista; e os meios de comunicação em massa, para destruir os padrões divinos de conduta. Os crentes devem estar conscientes de que, por trás de todos os empreendimentos meramente humanos, há um espírito, força ou poder maligno que atua contra Deus e a sua Palavra. Nalguns casos, essa ação maligna é menos intensa; noutros casos, é mais. Finalmente, o “mundo” também inclui todos os sistemas religiosos originados pelo homem, bem como todas as organizações e igrejas mundanas, ou mornas.
O MUNDO E A IGREJA
O mundo está sob o domínio de Satanás (ver Jo 12.31 nota); a igreja pertence exclusivamente a Deus (Ef 5.23,24; Ap 21.2). No mundo, os crentes são forasteiros e peregrinos (Hb 11.13; 1Pe 2.11). (a) Não devem pertencer ao mundo (Jo 15.19), não se conformar com o mundo (ver Rm 12.2 nota), não amar o mundo (2.15), vencer o mundo (5.4), odiar a iniqüidade do mundo (ver Hb 1.9 nota), morrer para o mundo (Gl 6.14) e ser libertos do mundo (Cl 1.13; Gl 1.4). (b) Amar o mundo (cf. 2.15) corrompe nossa comunhão com Deus e leva à destruição espiritual. É impossível amar o mundo e ao Pai ao mesmo tempo (Mt 6.24; Lc 16.13; ver Tg 4.4 nota).
OS TRÊS ASPECTOS DO MUNDO (1Jo 2.16)
(a) “A concupiscência da carne”, que inclui os desejos impuros e a busca de prazeres pecaminosos e a gratificação sensual (1Co 6.18; Fp 3.19; Tg 1.14);
(b) “A concupiscência dos olhos”, que se refere à cobiça ou desejo descontrolado por coisas atraentes aos olhos, mas proibidas por Deus, inclusive o desejo de olhar para o que dá prazer pecaminoso (Êx 20.17; Rm 7.7). Nesta era moderna, isso inclui o desejo de divertir-se contemplando pornografia, violência, impiedade e imoralidade no teatro, na televisão, no cinema, ou em periódicos (Gn 3.6; Js 7.21; 2 Sm 11.2; Mt 5.28);
(c) “A soberba da vida”, que significa o espírito de arrogância, orgulho e independência auto-suficiente, que não reconhece Deus como Senhor, nem a sua Palavra como autoridade suprema. Tal pessoa procura exaltar, glorificar e promover a si mesma, julgando não depender de ninguém (Tg 4.16).
CONCLUSÃO
O crente não deve ter comunhão espiritual com aqueles que vivem o sistema iníquo do mundo (ver Mt 9.11 nota; 2Co 6.14 nota) deve reprovar abertamente o pecado deles (Jo 7.7; Ef 5.11 nota), deve ser sal e luz do mundo para eles (Mt 5.13,14), deve amá-los (Jo 3.16), e deve procurar ganhá-los para Cristo (Mc 16.15; Jd 22,23).
HENRY, Matthew. Comentário Novo Testamento, CPAD.
Bíblia de Estudo Pentecostal, CPAD.
Um comentário:
O que aprendemos aqui e que o mundo passa e a sua concupciencias, porém aquele que faz a vontade de Deus permanece para sempre. não nos deixamos enganar são muitas as ofertas, quem tem o espirito santo na vida saberá fugir dessas ofertas, infeslimente vemos a bancada evagelica no congresso alguns deles se corronpendo e envergonhando aqueles que procura fazer as coisas certas.
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