quinta-feira, 5 de fevereiro de 2009

LIÇÃO 5 - A CONQUISTA DE JERICÓ

A PREPARAÇÃO PARA CONQUISTAR JERICÓ

Josué estava defronte a Jericó, cidade fortificada, quando lhe apareceu um homem, com uma espada desembainhada na mão, e apresentou-se como “príncipe do exército do Senhor” (Js 5.14). Ao entender que aquele era o seu comandante celestial, Josué se prostra com o rosto em terra e diz: “Que diz meu Senhor ao seu servo?”. A resposta segue: “Descalça os sapatos dos teus pés, porque o lugar em que estás é santo”, e fez Josué assim. No capítulo 6, note que o próprio Senhor fala com Josué, “disse o SENHOR a Josué...” (v. 2), numa demonstração de que o varão que lhe apareceu era o próprio Senhor, que estava presente com Josué e os israelitas.

OS PASSOS PARA A VITÓRIA

1. Submissão


Josué dá o primeiro passo que um líder autêntico deve dar: a submissão. Mesmo sendo líder ele diz: “Que diz meu Senhor ao seu servo?” (Js 5.14). Submissão é o mesmo que sujeição. Ser submisso é ter um dos princípios que agrada a Deus, é renunciar a opinião própria e aceitar a orientação daquele que está exercendo autoridade sobre nós.

Aplicação:
"Tende em vós o mesmo sentimento que houve também em Cristo Jesus", "antes a si mesmo se esvaziou"... "a si mesmo se humilhou", "tornando-se obediente até a morte, e morte de cruz" (Fp 2 5-8). Só existe um caminho para a submissão, andar como Cristo andou (1Jo 2.6). Ele é o nosso modelo. E, "embora sendo Filho (Jesus homem), aprendeu a obediência pelas coisas que sofreu" (Hb 5.8).

2. Obediência

O segundo passo é outro princípio que agrada a Deus: a obediência. Não existe um registro sequer de que Josué tenha sido, alguma vez, desobediente ao Senhor. Muito pelo contrário, a Bíblia diz que todos os israelitas pereceram no deserto por causa da desobediência, mas Josué e Calebe entraram na terra prometida (Nm 32.12).

Aos olhos humanos, a estratégia de Deus para a tomada de Jericó era sem condição, não tinha lógica. Rodear a cidade uma vez, durante sete dias, e no sétimo dia, sete vezes, e na sétima vez tocar trombeta e depois gritar bem alto? Embora pareça absurdo, foi exatamente o que Josué fez. Ele obedeceu, confiou integralmente no Senhor dos Exércitos, e a muralha da cidade caiu por terra.

Imaginando o cenário: Primeiro os que estavam armados (v.7), em seguida, sete sacerdotes com sete buzinas (v.8), depois a arca do conserto (v.8), por fim outros armados na retaguarda (v. 9). A ordem era para o povo ficar em silêncio e apenas os sacerdotes tocarem as buzinas (v. 10,13). Isso aconteceu por seis dias, uma vez por dia (v. 14). No sétimo dia, rodearam a cidade por sete vezes (v. 15); e, na sétima vez que os sacerdotes tocaram as buzinas, Josué diz ao povo “Gritai, porque o SENHOR vos tem dado a cidade!” (v. 16). “...e sucedeu que, ouvindo o povo o sonido da buzina, gritou o povo com grande grita; e o muro caiu abaixo, e o povo subiu à cidade, cada qual em frente de si, e tomaram a cidade” (v. 20).

Aprendemos com o escritor aos Hebreus, que “a conquista de Jericó” se tornou “o triunfo da fé”, pois através da obediência o povo foi vitorioso: “Pela fé, caíram os muros de Jericó, sendo rodeados durante sete dias” Hb 11.30.

Aplicação: Deus sempre quer obediência do seu povo, leia Dt 10.12-13. A obediência a Deus é o caminho para uma vida sadia e eterna. Paulo fala que recebemos a graça para obediência da fé (Rm 1.5); Pedro diz que devemos purificar a nossa alma na obediência à verdade (1Pe 1.22).

A CIDADE DE JERICÓ

A primeira referência bíblica está em Nm 22.1. Jericó desperta a atenção de arqueólogos e estudiosos por ser uma das cidades mais antigas do mundo. Tinha uma área de aproximadamente 32 km2. Era uma cidade-fortaleza. Segundo o Prof. Ernst Sellin e o Prof. Carl Watzinger, chefes da expedição austro-alemã (1907-1909), foram descobertas duas muralhas concêntricas. Trata-se de uma obra-prima de fortificação estratégica, feita de tijolos secos ao sol e constituída de dois muros paralelos três a quatro metros distantes um do outro. A muralha interna, que é particularmente maciça, mede três metros e meio de espessu­ra. O cinturão externo passa pelo fundo da colina e consiste num muro de dois metros de largura e de oito a dez metros de altura, com sólidos alicer­ces. Tais são as célebres muralhas de Jericó!

As antigas muralhas cananéias de Jericó (reconstrução)
Outro pesquizador, o dr. John Garstang, diretor da Escola Britânica de Arqueologia de Jerusalém e do Departamento de Antiguidades do governo da Palestina (1930-36), descobriu em suas escavações que o muro realmente "foi abaixo"; caiu, e que era duplo... O muro externo tinha dois metros de espessura e o interno, quatro metros. Os dois tinham cerca de dez metros de altura. Eram construídos não muito solidamente, sobre alicerces defeituosos e desnivelados, com tijolos de dez centímetros de espessura, por trinta a sessenta centímetros de comprimento, assentados em argamassa de lama. Eram ligados entre si por casas construídas de través na parte superior, como a de Raabe, por exemplo, erguida "sobre o muro".

Os deuses cananeus

Além dos fortes muros, os cananeus também confiavam em seus deuses. Entre as suas muitas divindades, Baal era o deus principal, o "Senhor da Terra", que também era o deus do tempo atmosférico. Astarote, mulher de Baal era a personificação do princípio reprodutivo da natureza. O culto a eles consistia em orgias, e a prática comum era o sacrifício de crianças.
Em escavações feitas por Macalister em Gezer, 1904-1909, foram encontradas ruínas de um "Lugar Alto", que tinha sido um templo, no qual ocorria a adoração de Baal e Astarote. Sob os detritos, neste local, foram encontrados uma grande quantidade de jarros contendo despojos de crianças recém-nascidas, que haviam sido sacrificadas a Baal. A área inteira se revelou como sendo cemitério de crianças. Em Meggido, Jericó e Gezer as escavações revelaram que era comum o "sacrifício dos alicerces"; quando se ia construir uma casa, sacrificava-se uma criança, cujo corpo era metido num alicerce, a fim de trazer felicidade para o resto da família.


DEUS ENTREGA JERICÓ NAS MÃOS DE JOSUÉ

Quando Josué enviou dois espias à Jericó, a resposta que obteve foi: “Certamente o SENHOR tem dado toda esta terra nas nossas mãos, pois até todos os moradores estão
desmaiados diante de nós.” (Js 2.24). Para confirmar, aparece-lhe o Senhor e fala: “...Olha, tenho dado na tua mão a Jericó...” (Js 6.2). Essas palavras encorajaram Josué a obedecer em tudo o que o Senhor lhe ordenou.

Aplicando: O mesmo Deus que encorajou a Josué, fala hoje aos líderes do seu povo, que se submetam à sua vontade e verão os milagres acontecerem!

A ARCA DA ALIANÇA - A PRESENÇA DE DEUS

A Arca simbolizava a presença de Deus no meio do seu povo. Na passagem do Jordão a Arca ficou no meio do rio; agora ela foi carregada sete vezes em torno de Jericó. Guardava as tábuas com os 10 mandamentos, um vaso com o maná e a vara de Arão. (Hb 9.4). Enquanto uns sacerdotes levavam a arca, outros sete tocavam as buzinas, mostrando que dependiam de Deus para alcançar a vitória.

A QUEDA DO MURO

Durante seis dias “Josué tinha dado ordem, dizendo: Não gritareis, nem fareis ouvir a vossa voz, nem sairá palavra alguma da vossa boca” (v. 10); o povo estava em total silêncio, aguardando a ordem para gritar. No sétimo dia, ao completarem a sétima volta, os sacerdotes tocaram as buzinas pela sétima vez e “disse Josué ao povo: Gritai, porque o SENHOR vos tem dado a cidade!” (v. 16.), e aconteceu que “ouvindo o povo o sonido da buzina, gritou o povo com grande grita; e o muro caiu abaixo” (v. 20).
Você já ouviu alguém dizer que “a união faz a força”? Observe que todos obedeceram; todos ficaram em silêncio; todos esperaram o momento certo; todos gritaram; todos confiaram; todo o povo participou, e Deus operou outro milagre, pois caíram os muros de Jericó, exatamente como Deus havia previsto (v. 5).

A CIDADE É INVADIDA E CONQUISTADA

“...e o povo subiu à cidade, cada qual em frente de si, e tomaram a cidade.” (v. 20b) Temos que lembrar aqui a ordem divina: “Quando o SENHOR, teu Deus, te tiver introduzido na terra, a qual passas a possuir, e tiver lançado fora muitas nações de diante de ti [...] e o SENHOR, teu Deus, as tiver dado diante de ti, para as ferir, totalmente as destruirás...” (Dt 7.1-2, ver 31.3). Assim que Josué dá ordem para o povo gritar, lembra-se da ordem divina e instrui o povo dizendo: “a cidade será anátema ao SENHOR, ela e tudo quanto houver nela” (v. 17). Josué também lembra de Raabe, a prostituta que escondeu os espias (Js 2.4), dizendo que somente ela e os que estiverem em sua casa viveriam.
Aconteceu que “...tudo quanto na cidade havia destruíram totalmente a fio de espada, desde o homem até à mulher, desde o menino até ao velho, até ao boi e gado miúdo e ao jumento.” (v. 21), apenas a prata, o ouro, os vasos de metal e de ferro foram para o tesouro do Senhor. “Porém, a cidade e tudo quanto havia nela queimaram-no a fogo.”

RAABE ERA O TIPO DO CRENTE

Devemos fazer menção de Raabe, pois quando Josué enviou dois espias a Jericó, estando eles em perigo, foram salvos pela fidelidade de Raabe, que os escondera dos soldados. Quando a cidade de Jericó foi invadida (Js 6.17-25), Raabe e toda sua família foram salvos, de acordo com a promessa dos espias, e foram incorporados no povo judeu.
Raabe casou-se com Salmon, príncipe da tribo de Judá (Rt 4.21; 1Co 2.11; Mt 1.5). Entrando ela de forma especial na geneologia de Jesus Cristo.


E a Bíblia Tinha Razão - Werner
Kellerhttp://www.geocities.com/pjchronos/Jerico/jer_cana.htm

Nenhum comentário: