quinta-feira, 6 de novembro de 2008

Lição 6 - O Deus Que Comanda o Futuro

INTRODUÇÃO
Em pleno século XXI, temos a oportunidade de aprender sobre o futuro da humanidade, através de uma esperança viva de que haverá uma intervenção divina no final dos tempos, quando Deus, o Soberano, conhecedor do passado, controlador do presente e anunciador do futuro, mudará a situação do mundo e estabelecerá para sempre o Seu Reino.

O TEMPO
A primeira ocorrência bíblica referente ao tempo está em Gn 1.14. É interessante notar que no “quarto dia” da criação, Deus determinou que os luminares na expansão dos céus (sol e lua), seriam para sinais e para “tempos” determinados e para dias e anos. A Bíblia NVI, usa a expressão “...Sirvam eles de sinais para marcar estações, dias e anos”.
No Dic. Aurélio, o tempo é: “A sucessão dos anos, dos dias, das horas, etc., que envolve, para o homem, a noção de presente, passado e futuro; momento ou ocasião apropriada (ou disponível) para que uma coisa se realize”.

O QUE É O TEMPO? Seria essa uma pergunta sem resposta?
Veja o que dizem esses dois pensadores:
“Se não me perguntarem, eu sei o que é. Se tiver de explicar para alguém, não sei. O problema é que o passado não está mais aqui, o futuro ainda não chegou e o presente voa tão rápido que parece não ter extensão alguma...” (Santo Agostinho)
“É o jeito que a natureza deu para não deixar que tudo acontecesse de uma vez só.” (John Wheeler)

DEUS E O TEMPO
Recorremos ao sábio Salomão, ele escreveu que “tudo tem o seu tempo determinado... Tudo fez formoso em seu tempo; também pôs o mundo no coração deles, sem que o homem possa descobrir a obra que Deus fez desde o princípio até ao fim... O que é, já foi; e o que há de ser, também já foi; e Deus pede conta do que passou.” (Ec 3.1,11,15);
Recorremos também a Jesus, que ao ser interrogado a cerca da restauração do reino a Israel, Ele respondeu: “Não vos pertence saber os tempos ou as estações que o Pai estabeleceu pelo seu próprio poder”. (At 1.6-7)
Observe que Deus não está subordinado ou limitado ao tempo, muito menos à vontade humana. Ele é soberano, não tem começo nem terá fim e, acima de tudo, Ele mesmo foi quem criou o tempo para a dimensão humana. Deus conhece o passado, o presente e futuro, para ele não existe limitação, “...um dia para o Senhor é como mil anos, e mil anos como um dia” (2 Pe 3.8).

FUTURO
O futuro é o intervalo de tempo que se inicia após o presente e não tem um fim definido. Refere-se a algo que irá acontecer. A idéia de “futuro” leva-nos à noção de tempo. O tempo humano que pode ser compreendido pela história, ou seja, a humanidade em busca de sua realização. O “tempo humano” recebe luz do “tempo divino”: é por isso que é possível uma leitura profética da história.
Veja o que Tiago falou: “Conhecidas são a Deus, desde o princípio do mundo, todas as suas obras.” (At 15.18), ou seja, Deus governa e determina o futuro, de forma que nada acontece sem ele saber. Jesus Cristo diz que nEle o tempo atingiu o fim (Mc. 1,15). O tempo, como medida da duração, proporciona-nos uma visão simples de futuro: é o que ainda não aconteceu, o que está por vir. Esta idéia de futuro não se pode aplicar a Deus, pois ela é própria dos seres humanos. Portanto, o futuro humano está ligado à esperança de redenção em Cristo, que é o propósito de Deus e seus desígnios.

DEUS É O FUTURO DO HOMEM
Deus, ao criar o homem, à sua imagem e semelhança, desejou partilhar de sua vida divina, numa comunhão que foi quebrada com a queda no Éden. O Criador sujeitou toda a criação ao homem, e aceitou existir um “futuro”, o futuro do homem que tem sua plenitude em Cristo (1Co 15.28). Só em Deus o homem tem futuro, pois nEle reside a fonte da vida (Ap 2.7). É nesse ponto que se justifica a encarnação do verbo eterno de Deus (Jo 1.14).
Toda a história bíblica narra o único e verdadeiro futuro do homem: a salvação através de Jesus Cristo, é o propósito de Deus desde a criação até a consumação dos séculos, pois toda a plenitude está nEle, em Jesus (Cl 1.15-20). E é durante esta longa história que Deus manifesta o desejo de reconciliação com a humanidade, onde Cristo torna-se o futuro de Deus manifesto no futuro do homem.

CRISTO É O FUTURO DE DEUS
Desde que o homem pecou, usando da liberdade que tinha para afastar-se de sua vocação principal, o amor de Deus tornou-se um amor redentor. Deus nunca desistiu do seu objetivo de redimir o homem, preparou-lhe um futuro em sua ação redentora e esse futuro é Jesus Cristo, seu Filho, que foi feito homem para realizar o amoroso propósito de Deus para a humanidade (Jo 3.16). Cristo é o futuro de Deus, pois só Ele levará o homem à sua vocação primeira, e à comunhão de intimidade com Deus. Jesus é a garantia de que o futuro da humanidade será positivo, apesar das aflições e do pecado, a criação acabará por ser a manifestação da glória de Deus (Rm 8.18-21).

O FUTURO GLORIOSO DA IGREJA
O destino da Igreja chegará a sua conclusão exatamente como Deus o havia planejado e do modo que está revelado nas Escrituras.
O planejamento: todos os crentes falecidos, em Cristo, serão ressuscitados dentre os mor­tos, e na mesma ocasião os crentes que estiverem vivos, serão trasladados ou raptados para se encontrarem com Cristo nos ares, ao soar da trombeta. I Ts 4.13-17; I Co 15.51,52. Em Sua palestra com Marta, na ocasião da res­surreição de Lázaro, Jesus indicou que haveria essas duas classes, ao dizer, "Eu sou a ressurreição e a vida". Para aqueles que já faleceram, possuídos da fé em Cristo, Ele é a RESSURREIÇÃO, i.e, o poder suficiente para liber­tá-los do reino da morte e, para aqueles que estiverem vivos e crentes no Evangelho, Cristo será a VIDA, a energia que transformará, num abrir e fechar de olhos, seus corpos materiais em corpos glorificados.
A Segunda Vinda de Cristo con­siste de um só evento, contudo, o mesmo se manifestará em duas fases. Primeiramente, ocorrerá o rapto da Igreja que será a trasladação dos crentes, tanto vivos como fa­lecidos, para estarem na presença de Cristo, nos ares, como Paulo explica em I Ts 4.13-18. Após o rapto haverá um período de tempo que durará pelo menos três anos e meio ou mais provavelmente sete anos, durante o qual terá lugar o juízo da Igreja, no chamado "Tribunal de Cristo" (II Co 5.10; I Co 3,10-17), onde ela receberá os galardões do Senhor. Também estará presente às bodas do Cordeiro, no céu, na qualidade de "Noiva". Ap 19.6-10.
Durante este período o Anticristo reinará sobre a terra e a Grande Tributação se desencadeará sobre Israel e as nações. Depois disso dar-se-á a "Revelação" de Cristo, em forma visível, sobre as nuvens do céu, quando Ele descerá à terra no Monte das Oliveiras, de onde ascendeu. At 1.11,12; Mt 24.30; Zc 14.4,5; Cl 3.4; I Ts 3.13; Jd 14; Mt 24.27-30. Essa será a Sua manifestação em poder e grande glória a Israel e às nações do mundo.

O FUTURO TENEBROSO DOS ÍMPIOS
Enquanto a igreja está na terra, Deus se utiliza dela para a pregação do Evangelho da Graça (Mc 16.15; I Co 1.21; Rm 1.16), cujo propósito não é a conversão total do mundo, mas sim "chamar para fora" do mundo (no grego "ek-klesia" - o vocábulo do qual deriva a palavra "igreja"), um povo para o nome de Jesus. At 15.14-17; Mc 16.15,16; I Co 1.21. Muitos não crerão e nem buscarão a Deus, mesmo durante o tempo das pragas que assolarão a terra durante a Grande Tribulação. Ap 9.20,21.

O QUE ACONTECERÁ DURANTE A GRANDE TRIBUTAÇÃO?
Este período de sete anos? Vamos considerar Dn 12.1 e as profecias que a antecedem. No fim do capítulo 11, vers. 36 a 45, está prevista a chegada ao poder, nos últimos dias, de um imponente governante que é "o rei" (vers. 36). Esse personagem é o Anticristo (II Ts 2.3-10), que pro­ferirá blasfêmias e se exaltará muito num regime o mais autocrático possível.- Não respeitará as leis estabelecidas e nem as religiões, vers.37. Por meio de suas conquistas militares e sua riqueza (vers. 38,39), ele terá o domínio do Oriente Médio (Síria, Egito e Palestina) e se colocará como rei em Jerusalém, vers. 40-45. Certos judeus após­tatas (Dn 12.10) aliar-se-ão a ele, mas um remanescente permanecerá fiel a Deus. Em favor desse grupo Deus agi­rá por meio do anjo Miguel. Dn 12.1. Isso ocorrerá du­rante a segunda metade desse período de sete anos (Dn 12.7), que o profeta denominou "tempo, tempos e metade dum tempo", significando três anos e meio.

No princípio deste período de sete anos o Anticristo fará uma aliança com o povo de Israel que na maioria será um povo apóstata. Dn 9.27. No meio da semana, ou seja de­pois de três anos e meio, ele quebrará a aliança cujas cláusulas certamente permitiriam o restabelecimento da antiga religião judaica e a reconstrução do Templo no mes­mo lugar onde Salomão o construiu. Por enquanto o local é ocupado pela Mesquita de Ornar, um dos mais sagrados lugares da religião muçulmana. O Anticristo então er­guerá no Santo dos Santos desse Templo reconstruído o que Daniel e Jesus chamaram "a abominação da desola­ção". Dn 9.27; Mt 24.15. Isso bem pode ser uma imagem de si próprio, como os antigos imperadores romanos cos­tumavam fazer, a qual seria obrigatoriamente adorada por todos. Veja Ap 13.15. Assim, a segunda metade da septuagésima "semana" de Daniel será a GRANDE TRIBULAÇÃO propriamente dita. Mt 24.15,21.

Na segunda parte da Grande Tribulação Deus derrama­rá seus juízos, cada vez mais severos (V. Ap 16) e a terra sofrerá grandes pragas como o Egito sofreu as pragas nos dias de Moisés. Esses juízos virão porque os homens serão mais depravados ainda do que os homens nos dias de Noé e Ló. Gn 6; Mt 24.37-39; Lc 17.22-37; II Tm 3.1-12. Os homens rejeitarão a verdade ao ponto de acreditar no "engano de injustiça" propagado pelo Anticristo, que resul­tará em sua condenação. II Ts 2.8-12; II Pe 3.1-9. Mesmo depois que se iniciaram esses juízos terríveis sobre os homens, esses desafiarão ao próprio Deus. Ap 9.20,21, 6.2-11; 17.1-18; 18.1-24. Não há palavras para descrever a rebelião e a iniqüidade praticadas pelos homens durante este período da derradeira luta entre Deus e Satanás pela posse da Terra. Ap 11.15; 12.7-12; 19.11-21; 20.1-3. No fim deste período, quando Jerusalém estiver cer­cada pelos exércitos nas nações aliadas sob o Anticristo (Zc 14.1-4; Jl 3.9-17), e quando Israel não dispuser de mais nenhum meio de resistência, e quando parecer que Israel desaparecerá como nação e sendo totalmente des­truído, nesse momento esse povo se arrependerá, invo­cando o nome do Senhor, pedindo-lhe socorro. Is 64; Zc 12.8-10. O Senhor se manifestará do céu, vindo como seu Libertador e vingando-se dos seus inimigos. Ele jul­gará as nações e implantará seu glorioso governo de 1.000 anos de paz sobre a terra. A capital desse governo será a própria cidade de Jerusalém. Mt 24.27-31; 25.31-46.

Os ímpios serão julgados segundo as suas obras e perante o tribunal terão que comparecer todos os ímpios desde o princípio do tempo até ao fim do Milênio. O registro de suas obras será aberto e lido para determinar o grau de castigo. De qualquer maneira será uma coisa horrível ter que comparecer perante o Juiz de toda a terra e por Ele ser condenado.

O Lago de Fogo será para todos os ímpios o lugar final de separação de Deus. Para este lugar serão removidos para sempre a morte e o Hades. O universo será purificado da presença de todo o mal e a justiça prevalecerá na terra e no céu, que serão renovados.

CONCLUSÃO
Sendo sabedor que Deus anuncia o fim desde o princípio, está ao critério do homem tomar a decisão de servir ou não a Ele e acreditar que Jesus Cristo pode livrá-lo de um futuro tenebroso.
Se neste momento você sente a necessidade da salvação, encontra-se arrependido de seus pecados, faça agora mesmo uma oração e entregue a sua vida ao Senhor Jesus, pois Ele é o único que pode lhe salvar.

O Plano divino através dos séculos - N. Lawrence Olson

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