HEBREUS 6:4-6 (cf. 10:26-31) - Essa passagem ensina que os crentes podem perder a salvação?
Hebreus 6:4-6 parece ter sido escrito para os crentes porque contém certas características que somente são verdadeiras em relação a eles, tais como "participantes do Espírito Santo"(v. 4). Mas esse texto declara que, se eles caírem, "é impossível outra vez renová-los para arrependimento, visto que, de novo, estão crucificando para si mesmos o Filho de Deus e expondo-o à ignomínia" (v. 6). Isso quer dizer então que os crentes podem perder a salvação?
RESPOSTA: Há basicamente duas interpretações dessa passagem. Há os que a tomam como referindo-se aos crentes, e há os que a consideram como referindo-se aos que não são crentes.
Aqueles que dizem que essa passagem se refere aos que não são crentes argumentam que todas essas características poderiam ser daqueles que professam meramente o cristianismo, mas que de fato não possuem o Espírito Santo. Observam que as pessoas referidas no texto não são descritas da maneira usual como um crente é caracterizado, como, por exemplo: quem nasceu "de novo" (Jo 3:3); ou quem está "em Cristo" (Ef 1:3); ou quem foi selado no Espírito Santo (Ef 4:30). Apontam para Judas Iscariotes como o exemplo clássico dessa situação. Ele andou com o Senhor, foi enviado e comissionado por Jesus em missões, tendo recebido "autoridade sobre espíritos imundos para os expelir e para curar toda sorte de doenças e enfermidades" (Mt 10:1). Entretanto, em sua oração no Evangelho de João, Jesus falou de Judas como o "filho da perdição" (Jo 17:12).
Vários problemas surgem quando se toma essa passagem como relativa a não-crentes, mesmo para aqueles que sustentam a posição de que o crente pode perder a salvação (i.e., os arminianos). Primeiro, a passagem declara enfaticamente que "é impossível outra vez renová-los para arrependimento" (Hb 6:4,6). Mas poucos arminianos crêem que, uma vez tendo alguém apostatado, lhe seja possível ser salvo de novo.
Apesar de a descrição de tais pessoas no texto ser um pouco diferente das formas empregadas em outras partes do NT, algumas das expressões utilizadas muito dificilmente poderiam aplicar-se a pessoas não salvas. Por exemplo, (1) tais pessoas tinham experimentado o "arrependimento" (Hb 6:6), que é a condição para a salvação (At 17:30); (2) o texto refere-se àqueles "que uma vez foram iluminados, e provaram o dom celestial" (Hb 6:4); (3) eles "se tornaram participantes do Espírito Santo" (v. 4); (4) "provaram a boa palavra de Deus" (v. 5); e (5) também "os poderes do mundo vindouro ' (v. 5).
É claro que, se eles são crentes, então a questão que surge é a respeito da sua situação depois que "caíram" (v. 6). Aqui a interpretação varia conforme a linha teológica adotada. Os arminianos argumentam freqüentemente que tais pessoas perderam de fato a salvação. Entretanto o texto parece indicar que elas não podem ser salvas de novo, o que a maioria dos arminianos rejeita.
Por outro lado, aqueles que sustentam um ponto de vista calvinista (como os autores deste livro) apontam para alguns fatos. Primeiro, a palavra correspondente ao verbo "cair" que aparece no texto (para-peiontas) não indica uma ação sem retorno. É, sim, uma palavra para "desviar-se do rumo", indicando que a situação daquelas pessoas não é desesperadora.
Segundo, o fato de que é "impossível" que eles de novo se arrependa n indica a natureza do arrependimento, ou seja, que é uma vez para sempre. Em outras palavras, eles não necessitam arrepender-se novamente, já que isso foi feito uma vez e é suficiente para a "eterna redenção" (Hb 9:12).
Terceiro, o texto parece indicar que não há necessidade de que os que se "desviaram"(apóstatas) se arrependam de novo para serem salvos, assim como não é mais necessário que Cristo morra de novo na cn z (Hb 6:6).
Finalmente, o autor de Hebreus chama de "amados" aqueles a quem ele está levando essa advertência, termo este que dificilmente poderia ser considerado apropriado para descrentes.De qualquer forma, não há problema algum nessa passagem, a respeito da inspiração da Escritura. É simplesmente uma questão de interpretação da Bíblia por cristãos que têm em comum a crença de que ela é a inspirada Palavra de Deus em tudo o que afirma.
Aqueles que dizem que essa passagem se refere aos que não são crentes argumentam que todas essas características poderiam ser daqueles que professam meramente o cristianismo, mas que de fato não possuem o Espírito Santo. Observam que as pessoas referidas no texto não são descritas da maneira usual como um crente é caracterizado, como, por exemplo: quem nasceu "de novo" (Jo 3:3); ou quem está "em Cristo" (Ef 1:3); ou quem foi selado no Espírito Santo (Ef 4:30). Apontam para Judas Iscariotes como o exemplo clássico dessa situação. Ele andou com o Senhor, foi enviado e comissionado por Jesus em missões, tendo recebido "autoridade sobre espíritos imundos para os expelir e para curar toda sorte de doenças e enfermidades" (Mt 10:1). Entretanto, em sua oração no Evangelho de João, Jesus falou de Judas como o "filho da perdição" (Jo 17:12).
Vários problemas surgem quando se toma essa passagem como relativa a não-crentes, mesmo para aqueles que sustentam a posição de que o crente pode perder a salvação (i.e., os arminianos). Primeiro, a passagem declara enfaticamente que "é impossível outra vez renová-los para arrependimento" (Hb 6:4,6). Mas poucos arminianos crêem que, uma vez tendo alguém apostatado, lhe seja possível ser salvo de novo.
Apesar de a descrição de tais pessoas no texto ser um pouco diferente das formas empregadas em outras partes do NT, algumas das expressões utilizadas muito dificilmente poderiam aplicar-se a pessoas não salvas. Por exemplo, (1) tais pessoas tinham experimentado o "arrependimento" (Hb 6:6), que é a condição para a salvação (At 17:30); (2) o texto refere-se àqueles "que uma vez foram iluminados, e provaram o dom celestial" (Hb 6:4); (3) eles "se tornaram participantes do Espírito Santo" (v. 4); (4) "provaram a boa palavra de Deus" (v. 5); e (5) também "os poderes do mundo vindouro ' (v. 5).
É claro que, se eles são crentes, então a questão que surge é a respeito da sua situação depois que "caíram" (v. 6). Aqui a interpretação varia conforme a linha teológica adotada. Os arminianos argumentam freqüentemente que tais pessoas perderam de fato a salvação. Entretanto o texto parece indicar que elas não podem ser salvas de novo, o que a maioria dos arminianos rejeita.
Por outro lado, aqueles que sustentam um ponto de vista calvinista (como os autores deste livro) apontam para alguns fatos. Primeiro, a palavra correspondente ao verbo "cair" que aparece no texto (para-peiontas) não indica uma ação sem retorno. É, sim, uma palavra para "desviar-se do rumo", indicando que a situação daquelas pessoas não é desesperadora.
Segundo, o fato de que é "impossível" que eles de novo se arrependa n indica a natureza do arrependimento, ou seja, que é uma vez para sempre. Em outras palavras, eles não necessitam arrepender-se novamente, já que isso foi feito uma vez e é suficiente para a "eterna redenção" (Hb 9:12).
Terceiro, o texto parece indicar que não há necessidade de que os que se "desviaram"(apóstatas) se arrependam de novo para serem salvos, assim como não é mais necessário que Cristo morra de novo na cn z (Hb 6:6).
Finalmente, o autor de Hebreus chama de "amados" aqueles a quem ele está levando essa advertência, termo este que dificilmente poderia ser considerado apropriado para descrentes.De qualquer forma, não há problema algum nessa passagem, a respeito da inspiração da Escritura. É simplesmente uma questão de interpretação da Bíblia por cristãos que têm em comum a crença de que ela é a inspirada Palavra de Deus em tudo o que afirma.
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