terça-feira, 28 de abril de 2009

Promoção de Aniversário do blog Amenidades da Cristandade: ganhe um livro do Max Lucado!

Para comemorar um ano de blogagem e também a vinda de Max Lucado ao Brasil, o blog Amenidades da Cristandade em parceria com a editora Thomas Nelson está sorteando um exemplar do livro "Derrubando Golias".

Para participar acesse o post abaixo do blog Amenidades da Cristandade para conferir as regras:É nosso aniversário e você pode ganhar um livro de Max Lucado!

Corra pois a promoção vale apenas durante o mês de abril!

Saiba mais sobre a vinda de Max Lucado ao Brasil clicando aqui.

domingo, 26 de abril de 2009

BLOGAGEM COLETIVA DA UBE: MAX LUCADO NO BRASIL


Max Lucado estará no Rio de Janeiro no dia 25 de julho para compartilhar suas experiências de fé com um público estimado em 15 mil pessoas na Praça da Apoteose. Parte de sua apresentação será feita em português, pois Lucado, que já viveu no Brasil, tem um bom conhecimento da nossa língua. A entrada será gratuita e o evento conta com o apoio da Prefeitura e do Governo do Estado. Serão quatro horas de muita inspiração e motivação com a palavra de Lucado, apresentações de cantores cristãos nacionais e distribuição de vários brindes.
Abaixo os links sobre o evento e o livro:

sexta-feira, 24 de abril de 2009

LIÇÃO 4 - Despenseiros dos Mistérios de Deus

INTRODUÇÃO

No capítulo 4, o apóstolo Paulo orienta os coríntios sobre a forma como devem considerá-lo e aos seus colegas de ministério, e nesse sentido, pelo menos indiretamente, reprova-os por seu comportamento em relação a ele. Nos versículos 14-16, ele lhes chama a atenção para considerá-lo como o pai deles em Cristo.
Aprenderemos sobre a conduta de um verdadeiro e genuíno obreiro, sua chamada, responsabilidade, compromisso, etc., bem como os pilares que sustentam sua missão. Ainda veremos o conceito sobre os mistérios de Deus e a preocupação do apóstolo em manter sua reputação. Não deixe de ler a história que ilustra a verdade notável sobre o Tribunal de Cristo.

DEFINIÇÃO DO ENCARGO DE DESPENSEIROS

Literalmente, “despenseiro” é o mesmo que “ecônomo”, ou seja, “administrador ou governante de uma residência; mordomo”. Ainda tem o sentido de um “eclesiástico que administra os bens de uma abadia”, em outras palavras: indivíduo com cargo superior responsável pela administração de uma igreja (Dic. Houaiss).

- Paulo refere-se aos ministros que eram responsáveis em administrar a Igreja do Senhor, como mordomos dos mistérios de Deus.

1. OS VERDADEIROS MINISTROS DE CRISTO

Nesse tópico da lição, o comentarista cita algumas qualidades que identificam um genuíno obreiro de Cristo:

1.1. São chamados pela vontade de Deus.
- Em toda história bíblica, patriarcas e profetas que falavam ao povo as palavras de Deus, foram considerados ministros da justiça. Embora fossem homens sujeitos a erros e falíveis, foram chamados pela vontade de Deus e entregaram-se ao seu serviço.
- Desde que Cristo foi elevado ao céu, como a cabeça da Igreja, tem escolhido embaixadores para realizar sua obra no mundo. A exemplo disso, na igreja de Antioquia haviam alguns profetas e doutores, que foram chamados para servir ao Senhor. O Espírito Santo falou que Paulo fosse separado para realizar a obra para a qual fora chamado (At 13.1-2); e ele mesmo confirma: “do qual fui feito ministro, pelo dom da graça de Deus, que me foi dado segundo a operação do seu poder” (Ef 3.7; conf. Cl 1.25-26). Paulo foi chamado desde o ventre de sua mãe (Gl 1.15; At 9.15).
- Para exercer o ministério é preciso ter a convocação e vocação do Senhor, caso contrário, vai servir de escândalo e tropeço na obra de Deus.

1.2. Têm senso de responsabilidade ministerial.
Refere-se à prudência, ao entendimento, à percepção, ao caráter e a capacidade de responder pelas ações próprias ou dos outros, no que diz respeito ao seu ministério, dando bom testemunho a todo público. Observe o que Paulo escreveu a Timóteo: “Conjuro-te, pois, diante de Deus e do Senhor Jesus Cristo, que há de julgar os vivos e os mortos, na sua vinda e no seu Reino, que pregues a palavra, instes a tempo e fora de tempo, redarguas, repreendas, exortes, com toda a longanimidade e doutrina” (2 Tm 4.1). Como um obreiro pode cumprir essa determinação se não entender a importância do senso de responsabilidade de um ministro evangélico? Ver também 1Tm 5.21-22.

1.3. São piedosos e íntegros.
Ser piedoso é ter amor pelas coisas religiosas, e ser íntegro é ser irrepreensível na sua conduta. O apóstolo Paulo recomenda aos romanos: “...procurai as coisas honestas perante todos os homens” (12.17). Ele mesmo diz: “...tudo o que é verdadeiro, tudo o que é honesto, tudo o que é justo, tudo o que é puro, tudo o que é amável, tudo o que é de boa fama, se há alguma virtude, e se há algum louvor, nisso pensai” (Fl 4.8). Um bom ministro tem um viver honesto, é observado pelas suas obras (1Pe 2.12) e, acima de tudo, deve ser exemplo para o rebanho (Tt 2.7; 1Pe 5.3).

1.4. São comprometidos com a Palavra de Deus.
É uma pena, vermos tantos “obreiros” sem compromisso com a Palavra de Deus. “Muitos são chamados, todos são provados, porém, poucos são os aprovados” [...] “É importante entender, que apesar de nós sermos os chamados, o chamado é de Deus e não nosso”. Esta frase do pr. Marcos de Souza Borges, é uma suma da realidade.

“...que maneja bem a palavra da verdade” (2Tm 2.15b).
Observe a profundidade dessa pequena frase: manejar bem envolve ter boa oratória, habilidade na exposição bíblica, boa interpretação textual, grandes ilustrações e uma excelente homilética. Cada uma dessas coisas tem o seu grau de importância, mas está longe de definir o que realmente significa manejar bem a palavra da verdade. Não é apenas o manejar bem, mas manejar bem a “palavra da verdade”. Bom seria que todos os obreiros entendessem isso: para poder manejar bem essa palavra, primeiro tem que ser provado e aprovado por ela. Ou seja, quando alguém prega essa palavra, mas vive uma vida de pecado e tenta provar uma coisa que ele não é, pratica a mentira, não há verdade nele.
Não importa quantos cursos e seminár ios você já fez, quantos títulos você coleciona, qual é o tamanho da sua igreja..., apenas pessoas aprovadas estão espiritualmente aptas a "manejar bem a palavra da verdade". (Obreiro Aprovado, Pr. Marcos de Souza Borges).

2. A MISSÃO DOS MINISTROS DE CRISTO

Os três pilares da missão:

2.1. Serviço.
Diferentemente do que pensamos, a palavra “ministro” tem uma conotação bíblica de “servo”, “serviçal”, “prestador de serviço”.

É digno de nota que o apóstolo Paulo, “em suas cartas, nenhum de seus companheiros é chamado de profeta, professor ou pastor, muito menos, ancião ou bispo. As designações mais usadas são, em ordem de freqüência decrescente, sunergos ("cooperador"), adelphos ("irmão"), diakonos ("servo") e apostolos ("apóstolo").”
Paulo usa diakonos em próxima relação à "obreiro" (ergates) e "ministros" (cf. 1Co 3.5, 9; 2Co 6.1, 4; 1Co 16.15-16). Os obreiros e os ministros são aqueles que têm se dedicado ao serviço dos santos. Os dons de apostolado, profecia, evangelista e pastor-mestre em Efésios 4.11 são distribuídos para a promoção e o treinamento de cristãos para o trabalho do ministério (ergon diakonias, v.12). Isso significa que nenhuma função na Igreja, sendo ela exaltada, deve ser exercida sem um "espírito de serventia". Paulo usa o termo hupereta ("servo", etimologicamente, "remador de baixo", em um navio a remo, 1Co 4.1), para enfatizar essa atitude humilde.
Jesus falou de si mesmo: "Pois o próprio Filho do Homem não veio para ser servido, mas para servir (diakonein), e dar a sua vida em resgate por muitos" (Mc 10.45). Servilismo para Jesus não significou renúncia de poder. Seu ministério irradiou poder, curas, exorcismos, ensino e desafios à religiosidade hipócrita. Contudo, Jesus renunciou ao uso de poder para seu próprio conforto, fama ou satisfação. "Ele exercitou poder de forma apropriada e para fins apropriados. Sua vida proporciona o exemplo positivo sobre como o poder pode e deve ser usado". (Russel P. Shedd – O Líder Que Deus Usa)

“Quem não vive para servir, não serve para viver” - Abraham Lincoln.

2.2. Mordomia.
Nesse pilar da missão, levemos em consideração que os ministros não são mestres. Eles eram administradores e não senhores. Eram servos de Cristo, embora tivessem uma alta posição, cuidavam da casa de seu Senhor, alimentando os outros e dirigindo seu trabalho. Não eram donos e sim mordomos, ou seja, deveriam agir como tais e não querendo ser senhor sobre seus conservos. A mordomia do ministro está descrita no versículo 1: “...ministros de Cristo e despenseiros dos mistérios de Deus”.
- Na igreja do Senhor, os obreiros não são os donos da obra, nem podem fazer o que bem entenderem, pois são sujeitos ao Senhor, “a uns pôs Deus na igreja, primeiramente, apóstolos...” (1Co 12.28), fica claro que quem coloca é Deus, Ele é o proprietário da grande obra.

2.3. Fidelidade.
O apóstolo Paulo diz que “...requer-se nos despenseiros que cada um se ache fiel” (v.2). Se achar fiel é o mesmo que digno de confiança. Literalmente, os administradores na família de Cristo, devem obedecer ao que seu Senhor mandar eles fazerem. Não devem fazer nada sem autorização do Mestre; devem ensinar o que Ele tem ordenado e não doutrinas e mandamentos de homens. Devem ser sinceros para com os interesses de seu Senhor e levar a sua honra em consideração. Os ministros devem esforça-se para que seu empenho contínuo mostre que eles próprios são dignos de confiança. Por isso, devem pregar e ensinar o Evangelho, com obediência, sinceridade, honestidade, entre outros, cuidando que é fiel ao Senhor e à sua obra.

“...mas que a vossa palavra seja sim, sim e não, não, para que não caiais em condenação” (Tg 5.12b)

3. MINISTROS DOS MISTÉRIOS DE DEUS

Os mistérios de Deus são verdades que haviam estado ocultas do mundo por eras e gerações do passado. Inclui todas as doutrinas bíblicas da redenção através de Cristo e da glória eterna da igreja, que não foram notórios no Antigo Testamento, mas ficou conhecido por Jesus, pela inspiração divina do Espírito Santo, que capacitou sobrenaturalmente os escritores a registrar no Novo Testamento, por exemplo: “Ora, àquele que é poderoso para vos confirmar segundo o meu evangelho e a pregação de Jesus Cristo, conforme a revelação do mistério que desde tempos eternos esteve oculto” (Rm 16.25; confira: 1Co 2.7; Ef 1.7-9; 3.9; 5.32; Cl 1.26-27).

4. A AVALIAÇÃO DOS MINISTROS DE CRISTO

O apóstolo mostra que tinha preocupação com sua própria reputação, “Todavia”, disse ele “a mim mui pouco se me dá de ser julgado por vós ou por algum juízo humano” (v.3). Mas se ele se esforçar-se para agradar aos homens, dificilmente provaria ser mesmo um servo fiel de Cristo (Gl 1.10). “...nem eu tampouco a mim mesmo me julgo”. Nem a ele mesmo faz juízo próprio, pois ele não seria isento dessa obrigação “...pois quem me julga é o Senhor”(v.4b). Um ministro não deve julgar a si mesmo para não querer se justificar ou mostrar que é seguro. O próprio Paulo diz: “Porque não é aprovado quem a si mesmo se louva, mas, sim, aquele a quem o Senhor louva” (2Co 10.18; compare com 1Co 4.5).

5. O JUÍZO DO TRIBUNAL DE CRISTO

“Portanto, nada julgueis antes de tempo, até que o Senhor venha...” (v. 5). Pessoas com autoridade compreendem que podem julgar mesmo nos limites de sua função, casos notórios ou privados. Mas quando se trata de julgar o estado futuro das pessoas, acerca de fatos duvidosos, aplicando sentenças decisivas, é assumir o lugar de Deus. Apenas Deus julga sem preconceito, emoção ou parcialidade.
Chegará um dia que o Senhor “trará à luz as coisas ocultas das trevas e manifestará os desígnios dos corações”. Atitudes que são feitas secretamente, as inclinações, intenções e propósitos secretos dos homens serão descobertos, todos os segredos dos corações.
Observe o que Jesus diz à igreja de Tiatira: “...e todas as igrejas saberão que eu sou aquele que sonda as mentes e os corações. E darei a cada um de vós segundo as vossas obras.” (Ap 2.23).

5.1. O Tribunal de Cristo

“Porque importa que todos nós compareçamos perante o tribunal de Cristo para que cada um receba segundo o bem ou o mal que tiver feito por meio do corpo” (2Co 5.10).
Esse julgamento não foi estabelecido para determinar se as pessoas que diante dele comparecerem são culpadas ou inocentes, isto é, salvas ou perdidas, uma vez que este julgamento é exclusivamente para os salvos. A questão da salvação individual já foi resolvida, há muito. Agora se trata da questão de recompensas, que será resolvida conforme a fidelidade ou infidelidade do crente, como mor­domo na casa do Mestre. I Co 3.11-15.
Na descrição de Paulo sobre este julgamento as obras do crente feitas por motivos indignos comparam-se a feno, palha, e madeira, substâncias de fácil combustão, enquanto as obras realizadas no amor de Deus e pelo amor às almas são como ouro, prata e pedras preciosas que resistem a prova de fogo. O sábio Salomão afirma em Ec 2.1-11, que as obras do homem são loucura ou vaidade, e isso em razão de tê-las realizado num espírito egoísta, "para si" e para sua própria glória. Faz parte do "feno, palha e madeira".

A Bíblia menciona as coroas reservadas para o povo de Deus.
a) A Coroa da Vida. Tg 1.12; Ap 2.10.
b) A Coroa de Glória, I Pe 5.2-4.
c) A Coroa da Justiça. II Tm 4.8.
d) A Coroa Incorruptível. I Co 9.25-27.

Leia a história: o "Sonho do Obreiro" que ilustra as verdades salientes do Juízo do Tribunal de Cristo.

Esse tal obreiro do Senhor certa noite sentou-se no sofá, extremamente cansado dos seus muitos trabalhos. Muita gente havia se convertido. O obreiro sentia realmente gran­de alegria em trabalhar para Jesus! O trabalho ia bem, e estava coeso debaixo da sua orientação. Seus sermões estavam fazendo grande efeito entre os ouvintes. A igreja estava superlotada. Cansado assim, o obreiro passou a dormir e sonhou que uma pessoa estranha entrou na sala sem se anunciar ou pedir licença. Ela trazia consigo vários instrumentos para medir as coisas, como certos químicos e aparelhos diversos, que lhe dava um aspecto deveras estranho. O estranho aproximou-se do obreiro a dormir, e, estendendo a mão lhe disse: "E como vai com o seu zelo?" O obreiro no momento pensou que o estranho estivesse falando de sua saúde. Mas não, a interrogação tinha a ver com o ZELO, a qualidade chamada "zelo", com o qual qualquer obreiro trabalha. Assim ele logo respondeu que o seu zelo era muito grande e não duvidou, nem por um minuto, que o estranho aprovaria na Integra a sua afirmação. Esperava ver aquele sorriso de aprovação total. No sonho, o obreiro julgou que o zelo fosse uma coisa de qualidade física. Assim, meteu a mão contra o peito e retirou de si esse objeto, o zelo, e o apresentou ao estranho para ele fazer um exame minucioso do mesmo. O estranho procedeu a colocar o "zelo" primeiramente na balança, dizendo, "o zelo do senhor pesa 100 quilos!" O obreiro logo sentiu uma certa satisfação ao saber que pe­sava tanto, mas então notou que o estranho mantinha um aspecto de pessoa um pouco atribulada. Ele não se definiu e se notava que logo em seguida faria outros testes e pes­quisas. Foi então que ele dividiu o montante do zelo em átomos e pôs tudo isso num cadinho (vaso de material resistente), o qual foi posto no fogo. Quando a massa toda se fundiu, então o retirou do fogo e deixou-o esfriar. Quando estava frio, notou-se que se havia separado em camadas ou estratos. Quando o homem da ciência bateu de leve com o martelinho, tudo se separou. Então cada camada foi novamente analisada e posta na balança para verificar o seu peso. O estranho fazia muitas anotações enquanto se processava a pesquisa. Quando terminada a pesquisa, o estranho entregou ao obreiro todas as anotações, estando o seu semblante marcado por certa tristeza e apreensão, e compaixão ao mesmo tempo. Contudo, não lhe disse nenhuma palavra a não ser: "Que Deus tenha misericórdia de você!" Com isso saiu da sala e desapareceu! As anotações diziam o seguinte:

ANÁLISE DO ZELO DO SENHOR JUNIOR

Peso bruto: 100 quilos
Intolerância religiosa: 11 quilos
Ambição pessoal: 22 quilos
Amor aos elogios: 19 quilos
Orgulho denominacional: 15 quilos
Orgulho dos talentos: 14 quilos
Espírito autoritário: 12 quilos
Amor a Deus: 4 quilos
Amor ao próximo: 3 quilos
Total: 100 quilos

Naturalmente, o obreiro levou um susto muito grande. Tentou encontrar algum erro nas anotações, mas conven­ceu-se que estava tudo certo. Serviu para provocar nele uma atitude realmente positiva, pois o estranho havia de­morado um pouco no corredor. O obreiro soltou um grito, dizendo, "Senhor, salva-me" e na mesma hora ajoelhou-se ao lado do sofá, com o papel na mão, os olhos contemplando-o demoradamente. De repente o papel transformou-se em espelho e o obreiro viu no mesmo o seu próprio coração refletido. Estava tudo certo! Ele o reconheceu e o sentiu de perto. Confessou que foi verdade mesmo! Deplorou esse estado de coisas e buscou a graça de Deus, até às lágrimas, que Deus o ajudasse livrar-se do seu egoísmo. No meio daquela angústia profunda, o Sr. Junior acordou! Para livrar-se do inferno, ele já havia pedido ao Senhor, mas para se ver livre de si mesmo, essa foi a primeira vez que pediu tal coisa. Ele continuou em oração até que sentiu aquele fogo refinador ter feito a sua obra, queimando tudo que não é de Deus e transformando o coração para a obediência total a Cristo. Assim, irmãos, todos nós, lá no céu, estaremos aos pés de Jesus, o grande "Químico", para Lhe agradecer ter revelado a nós os nossos defeitos e as nossas falhas. Jesus, o nosso Mestre, espera de nós, seus servos, uma mordomia fiel sobre as coisas a nós confiadas, conforme a revelação de Sua Palavra.
Extraído de: O Plano divino através dos séculos - N. Lawrence Olson.


CONCLUSÃO


Concluo com a citação da aplicação pessoal: Aceitemos humildemente a exortação de Paulo em Romanos 13.12,14: "A noite é passada, e o dia é chegado. Rejeitemos, pois, as obras das trevas e vistamo-nos das armas da luz. Andemos honestamente, como de dia, não em glutonarias, nem em bebedeiras, nem em desonestidades, nem em dissoluções, nem em contendas e inveja. Mas revesti-vos do Senhor Jesus Cristo e não tenhais cuidado da carne em suas concupiscências”.

Fonte: Matthew Henry – Comentário Bíblico Novo Testamento

quinta-feira, 16 de abril de 2009

Lição 3 – Partidarismo na Igreja

INTRODUÇÃO

A frase: “não existe igreja local perfeita”, deve ser lembrada durante todo esse trimestre. Na presente lição, o comentarista destaca uma imperfeição na igreja de Corinto, chamava-se: partidarismo. Veremos que o apóstolo censurou e reprovou categoricamente o espírito partidário na igreja de Corinto. Ele considerou um comportamento imaturo as invejas, contendas, dissensões, e o entendimento distorcido sobre os ministros, corrigindo o que estava errado e exortando-os a não se gloriar nos homens, mas unicamente em Deus.

DEFINIÇÃO DE PARTIDARISMO

Segundo o Dic. Houaiss, partidarismo significa fanatismo partidário.
Na igreja de Corinto, o partidarismo estava vinculado ao proselitismo, ou seja, um indivíduo segue uma idéia (ou doutrina) e forma grupos de pessoas para defendê-la, por interesses pessoais, rebeldia, parcialidade, insubmissão, etc., causando divisões na igreja. Cada grupo formado tinha um obreiro preferido, portanto a igreja coríntia estava dividida em quatro partes facciosas.


O ESPÍRITO PARTIDÁRIO É REPROVADO

O apóstolo Paulo exorta aos coríntios à unidade e ao amor fraternal, e os reprova por suas divisões. Depois de receber informações acerca da situação da igreja coríntia, ele lhes escreve de maneira prudente, amável e atrativa: “Rogo-vos, porém, irmãos, pelo nome de nosso Senhor Jesus Cristo, que digais todos uma mesma coisa e que não haja entre vós dissensões; antes, sejais unidos, em um mesmo sentido e em um mesmo parecer.” (1.10). O apóstolo usa o nome do Senhor Jesus, que é digno de consideração, e pede que eles evitem apartar-se do amor fraternal. Todos deveriam ter uma mesma mente no que diz respeito aos grandes temas da religião, pois, se assim agissem, todas as rixas e divisões desapareceriam.

A origem das contendas entre os coríntios estava na base, e isso os tornou partidários (ou seja, grupo de indivíduos de uma mesma causa em oposição à de outros grupos). Eles discutiam sobre seus ministros. Alguns elogiavam Paulo, talvez como o mestre mais sublime e espiritual; outros elogiavam Apolo, talvez como o pregador mais eloqüente; alguns elogiavam a Cefas (ou Pedro), talvez pela autoridade de sua idade, ou porque ele era o apóstolo da circuncisão; e alguns não eram a favor de nenhum deles, somente de Cristo. Devido à eloqüência e conhecimento de Apolo, muitos da igreja o tinham elogiado acima de Paulo (1Co 1.12; 3.4; cf. At 18.24 a 19.1). Outros se gabavam de que não eram seguidores nem de Paulo nem de Apolo, mas sim de Pedro, um dos apóstolos originais (1Co 1.12). Outros afirmavam não estar unidos a nenhum dirigente humano, e professavam ser seguidores de Cristo (1: 12). Desse modo, o evangelho e suas instituições foram feitos instrumentos de separação, desentendimento e contenda.

OBS.: O orgulho da natureza humana levou os cristãos a ficarem em oposição, um contra o outro, a ponto de colocar Cristo e seus próprios apóstolos em divergência, fazendo-os rivais e concorrentes.

O ESPÍRITO PARTIDÁRIO HOJE

Sejamos realista. Em nossos dias, existem grupos partidários nas igrejas. Vejamos alguns exemplos básicos e práticos:

- Na Escola Bíblica Dominical
Alguns alunos têm mais preferência pelo professor fulano, do que pelo professor cicrano. Já certos professores preferem que o dirigente da Escola seja beltrano. Nos estudos de capacitação para professores, sempre há preferência por alguns obreiros...

- Na igreja local
Nos cultos, alguns dizem: “deixa-me ver a lista para saber quem vai dirigir hoje”, e decidem se vai ou não ao culto dependendo do escalado; Já nos grupos de louvor, às vezes, existem disputas para ver quem canta melhor. Alguns chegam até a dizer: “eu prefiro quando é o maestro tal”. Isso sem contar com os “grupinhos” formados por alguns irmãos, que ficam conversando do lado de fora da igreja, falando mal do ministério, da vida dos outros, achando-se donos da verdade, ninguém manda neles...

- No ministério
Infelizmente, ouve-se falar de grupos de diáconos querendo atrapalhar um determinado presbítero; grupos de presbíteros que querem prejudicar seus companheiros de trabalho; outros questionam a posição do evangelista ou do pastor da igreja; alguns se aproveitam do cargo para fazer politicagem, convencendo grupos a venderem seus votos; e, como se não bastasse, existem complicações até na votação para a presidência da nossa Convenção (CGADB), onde “ministros do evangelho” estão usando os meios de comunicação de forma imprudente, para induzir outros a votarem neles. Faz lembrar o apóstolo Paulo, quando diz: “...não andais segundo os homens?” (3.10).

É uma realidade em muitas igrejas e, como frisei no início, não devemos esquecer da frase bem posicionada pelo comentarista da lição: “não existe igreja local perfeita”, ou seja, onde há uma igreja local, ali há problemas. Mas, seja na Escola Dominical, nos grupos de louvor, entre os membros ou no ministério, etc., a recomendação é: “digais todos uma mesma coisa e que não haja entre vós dissensões; antes, sejais unidos, em um mesmo sentido e em um mesmo parecer” (1.10).

SUBSÍDIOS PARA LEITURA EM CLASSE

“Está Cristo dividido?” (v.13). Não. Só há um Cristo, e por isso os cristãos devem ser de um mesmo coração. “Foi Paulo crucificado por vós?”. Ou seja, alguma vez eu fiz parecer ser o vosso salvador, ou algo mais que vosso ministro? Ou “fostes vós batizados em nome de Paulo?” Não. Os ministros por mais úteis que sejam para o nosso bem, não devem ser colocados no mesmo nível de Jesus Cristo; não devem ser comparados, nem apossar-se da autoridade que só a Cristo pertence.

CAPÍTULO 3, VERSÍCULOS 1-6

Esse texto já foi instrumento de estudo na primeira lição, servindo de introdução ao segundo trimestre, todavia, o comentarista aborda agora o sentido mais amplo no que se refere ao espírito partidário que permeava a igreja de Corinto.

PAULO CENSURA OS CORÍNTIOS

Embora a igreja fosse fervorosa, cheia de dons, enriquecida em toda palavra e conhecimento (1.5,7), a igreja coríntia estava precisando crescer “...na graça e conhecimento de nosso Senhor e Salvador Jesus Cristo...” (2Pe 3.18a; compare: Ef 4.15; 1Pe 2.2), eles ainda eram “meninos em Cristo” e “carnais”. Precisavam crescer em maturidade de entendimento, na fé e em santidade. Era uma vergonha para os coríntios que eles tivessem todo aquele tempo sob o ministério de Paulo e não progredissem no conhecimento cristão.

PROVAS DA CARNALIDADE DOS CORÍNTIOS

Paulo apresenta provas da carnalidade dos coríntios, a saber: invejas, contendas, dissensões (3.3-4), ou seja, eles mantinham rivalidades, brigas, discórdias, disputa, grupos em desacordo e facções (partidos políticos) por conta de seus ministros. Essas são provas de que eles eram controlados por interesses e inclinações carnais. Eles eram guiados pelos princípios humanos, pelo orgulho e paixões, e não pelas regras do cristianismo: “não andais segundo os homens?”, note que eles se comportavam como homens comuns, em vez de se comportar como cristãos.

PAULO CORRIGE OS ERROS DOS CORÍNTIOS

“Pois quem é Paulo e quem é Apolo, senão ministros pelos quais crestes, e conforme o que o Senhor deu a cada um?” (v.5). Paulo explica que eles eram simplesmente ministros usados pelo Deus de toda graça. Parece que alguns irmãos queriam ser senhores de sua fé e religião, esquecendo que a atuação dos ministros era como Deus concedia a cada um, de maneira que os dons e os poderes vinham de Deus, sendo totalmente errado transferi-los aos apóstolos, os quais deveriam ser respeitados em relação à autoridade divina pela qual eles atuavam, mas essa autoridade também vinha de Deus.

A UTILIDADE DOS MINISTROS

“Eu plantei, Apolo regou...” (v. 6). Observe que ambos eram úteis, cada um para uma finalidade. Paulo foi preparado para o trabalho de plantar, e Apolo para o trabalho de regar, mas Deus deu o crescimento. Portanto, o sucesso do ministro tem origem na benção divina: “Pelo que nem o que planta é alguma coisa, nem o que rega, mas Deus, que dá o crescimento.” (v. 7). Um autêntico ministro, fiel e bem qualificado, deve ter uma compreensão apropriada de sua insuficiência, desejando que Deus deva ter toda a glória de seu sucesso, considerando o que Paulo diz: “E há diversidade de operações, mas é o mesmo Deus que opera tudo em todos” (12.6).

A OBRA FEITA COM UNIÃO E COMUNHÃO

Nos versículos 8 a 10, contextualizados pelo comentarista na presente lição, vemos que o apóstolo Paulo unifica o que planta e o que rega usando a expressão “são um”, facilmente entendida como sendo encarregados de uma mesma revelação, ocupados de um trabalho, em harmonia um com o outro. Mas, infelizmente, podem ser colocados em oposição um com o outro por provocadores de partidos facciosos.

Os que plantam e os que regam são companheiros de trabalho na mesma obra. Podem até ter diferenças de sentimento, em coisas menores; eles podem ter seus debates e controvérsias; mas eles concordam de coração no grande plano de honrar a Deus e salvar almas promovendo o cristianismo verdadeiro no mundo, e “cada um receberá o seu galardão, segundo o seu trabalho”.

TUDO PERTENCE A DEUS

“...vós sois lavoura de Deus e edifício de Deus” (v.9). Nada é de Paulo ou de Apolo; nada pertence a um ou a outro, mas a Deus; eles somente plantam e regam, mas é a bênção divina sobre sua própria lavoura que sozinha pode fazê-la frutificar. Usando metáforas, o apóstolo fala sobre um edifício: “Segundo a graça de Deus que me foi dada, pus eu, como sábio arquiteto, o fundamento, e outro edifica sobre ele...” (v.10). Aqui, Paulo denomina-se um prudente construtor. Era honroso ser um construtor no edifício de Deus; mas ele adicionou à sua figura o fato de o construtor ser sábio. Embora Paulo atribua a si mesmo tal figura, não é para agradar seu próprio orgulho, mas para engrandecer a graça divina.

O orgulho espiritual é abominável: uma pessoa faz uso dos favores de Deus para alimentar sua própria vaidade, e faz-se ídolo de si mesmo. Nenhum ministro deve ser orgulhoso de seus dons e graças, mas, quanto mais qualificados eles forem para o seu trabalho, e quanto mais sucessos tiverem nele, mais agradecidos serão a Deus por sua bondade.


CONCLUSÃO

O espírito partidário na igreja retira a virtude cristã que é baseada no amor. Para muitos, agora que o texto-áureo faz sentido: “Quão bom... que os irmãos vivam em união”. A preservação da comunhão e da união é responsabilidade individual de todos. “Que fareis, pois, irmãos? Quando vos ajuntais, cada um de vós tem salmo, tem doutrina, tem revelação, tem língua, tem interpretação. Faça-se tudo para edificação” (1Co14.26).

Fonte: Comentário Bíblico Novo Testamento – Matthew Henry

terça-feira, 7 de abril de 2009

FOLHETO DAS TESTEMUNHAS DE JEOVÁ - A Refeição Noturna: uma prática sem respaldo bíblico

Foi distribuído um panfleto intitulado: "PERSISTI EM FAZER ISSO EM MEMÓRIA DE MIM?", das Testemunhas de Jeová, convidando a todos para no dia 9 de abril se reunir com elas... acompanhe a publicação do CACP, pelo Pr. Natanael Rinaldi:

A Refeição Noturna: uma prática sem respaldo bíblico


Pr. Natanael Rinaldi comenta a refeição noturna das Testemunhas de Jeová.

1. Um dos obreiros nossos recebeu o folheto que ora passo a ler parcialmente, pelo qual as chamadas testemunhas de Jeová convidam o povo para participar de sua reunião chamada Refeição Noturna do Senhor e chamada por nós de Ceia do Senhor. Ainda nesse folheto indagam “O que exatamente os discípulos de Jesus tinham de persistir em fazer? E por que é tão importante comemorar o sacrifício de Jesus?”

As Testemunhas de Jeová realmente persistem em fazer o que Jesus fez ao lado dos seus discípulos na noite que antecedeu a sua morte?

Não. Porque Jesus antes de dizer “Persisti em fazer isso em memória de mim”, ele agiu da seguinte maneira: “E, quando comiam, Jesus tomou o pão, e abençoando-o, o partiu, e o deu aos discípulos, e disse: Tomai, comei, isto é o meu corpo. E, tomando o cálice, e dando graças, deu-lho, dizendo: Bebei dele todos; Porque isto é o meu sangue, o sangue do novo testamento, que é derramado por muitos, para remissão dos pecados. E digo-vos que, desde agora, não beberei deste fruto da vide, até aquele dia em que o beba novo convosco no reino de meu Pai.” (Mt 26.26-29). Ora, como um grupo religioso publica um folheto em que declara, “O que exatamente os discípulos de Jesus tinham de persistir em fazer? E por que é tão importante comemorar o sacrifício de Jesus?” Como dizer que estão persistindo em fazer o que Jesus recomendou que se fizesse em sua memória se 99% dos presentes não come o pão e nem bebe o vinho como Jesus recomendou aos seus discípulos, naquela oportunidade, que assim fizessem? E para recusarem conscientemente o pão e o vinho dizem para si mesmos, “eu não sou digno porque não pertenço ao novo pacto mediado por Jesus. Será que estão realmente persistindo em fazer o que Jesus ordenou? Ou estão realmente invalidando as palavras de Jesus que ordenou: “Tomai, comei, isto é o meu corpo”. Bebei dele todos; Porque isto é o meu sangue, o sangue do novo testamento, que é derramado por muitos, para remissão dos pecados.”?

2. Como eles justificam essa flagrante desobediência recusando o pão e recusando o vinho usado por Jesus como símbolo do seu corpo e o vinho, símbolo do seu sangue?

A resposta a essa pergunta é oportuna, mas decepcionante para os que estão presentes a essa reunião anual. Se perguntássemos a qualquer deles a razão da recusa do pão e do vinho, a resposta seria uma só: é que eu pertenço a uma classe chamada de “outras ovelhas” e também conhecida por “a classe da Grande Multidão” e não faço parte do novo pacto inaugurado por Jesus. Não tenho Jesus como mediador porque ele é mediador só da classe dos Ungidos e, por isso, não posso participar. Só a classe dos Ungidos composta de 144 mil pessoas é que integra o novo pacto. A oportunidade para integrar essa classe dos Ungidos terminou em 1935. Depois dessa data, só podemos estar presentes e observar mas não participar. Nasci depois de 1935.

3. Interessante, tenho lido a Bíblia muitas vezes, mas nunca encontrei essa data 1935 na Bíblia. Essa data 1935 aparece alguma vez na Bíblia?

Ah! meu irmão, realmente essa data não é encontrada na Bíblia. Mas isso se deu como resultado de uma revelação dada ao então presidente da Sociedade na época em que ele vivia. Repetindo, tanto não é bíblica essa data de 1935, que hoje essa data já está sendo posta de lado. A Sentinela de Maio de 2007, na página 31 publicou a seguinte mudança doutrinária: “... com o passar do tempo, alguns cristãos batizados depois de 1935 tiveram nascido o testemunho que eles têm a esperança celestial. Assim, parece que não podemos marcar uma data específica para quando a chamada dos cristãos para a esperança celestial tenha terminado." (o grifo é nosso).
A Sociedade Torre de Vigia depois de 74 anos ensinando que a data de 1935 era o tempo limite para uma pessoa alistar-se na classe dos Ungidos, integrando o número dos que iriam para o céu e que pertenciam ao novo pacto inaugurado por Jesus, agora chegam à conclusão que “não podemos marcar uma data específica para quando a chamada dos cristãos para a esperança celestial tenha terminado”. Como se atreveram a marcar a data de 1935 como resultado de uma revelação e agora se reconhecem errados, prejudicando milhares de pessoas que tiveram a porta do céu fechada para eles? Bem falou Jesus dos escribas e fariseus da sua época: “Mas ai de vós, escribas e fariseus, hipócritas! pois que fechais aos homens o reino dos céus; e nem vós entrais nem deixais entrar aos que estão entrando.” (Mt 23.13).

4. E nós não comemoramos anualmente a morte de Jesus?

Não porque não somos judeus e não é próprio que quando os judeus comemoram sua páscoa relembrando sua saída da escravidão egípcia, que nós, como cristãos, celebremos a Páscoa, pois se trata de um Festa Anual Judaica, conforme está em Levítico 23. A Ceia do Senhor é uma expressão usada por Paulo em 1 Coríntios 11.23-26, “Porque eu recebi do SENHOR o que também vos ensinei: que o Senhor Jesus, na noite em que foi traído, tomou o pão; E, tendo dado graças, o partiu e disse: Tomai, comei; isto é o meu corpo que é partido por vós; fazei isto em memória de mim. Semelhantemente também, depois de cear, tomou o cálice, dizendo: Este cálice é o novo testamento no meu sangue; fazei isto, todas as vezes que beberdes, em memória de mim. Porque todas as vezes que comerdes este pão e beberdes este cálice anunciais a morte do Senhor, até que venha.” A expressão de Paulo “todas as vezes” não limita a celebração apenas a uma vez no ano, mas é oportuno que periodicamente nos recordemos da morte de Jesus tomando o pão e bebendo o cálice em memória do que Jesus fez por nós no Calvário: morreu por nós e ressuscitou ao terceiro dia (Rm 4.25). Recuse o convite do folheto. Não é bíblico.

http://www.cacp.org.br/jeovismo/artigo.aspx?lng=PT-BR&article=1966&menu=3&submenu=6

quinta-feira, 2 de abril de 2009

Corinto – Uma Igreja Fervorosa, Mas Não Espiritual

* Não perca o subsídio para a Leitura Bíblica em Classe, extraído do Comentário Bíblico Novo Testamento - Matthew Henry, no final deste post.


INTRODUÇÃO


Nessa primeira lição, o comentarista Pr. Antonio Gilberto nos estimula a ler, na íntegra, a Primeira Epístola de Paulo aos Coríntios, se quisermos entender a dinâmica da vida de uma igreja.
Não devemos esquecer a frase introdutória: “não existe igreja local perfeita”, pois essa idéia é fundamental para destacarmos que a igreja de Corinto estava se comportando de maneira exagerada e excessiva em muitas áreas doutrinárias, de conduta e pureza, tanto individual como coletiva. Levemos em consideração que “os ensinos doutrinários desta epístola são permanentes e aplicáveis à igreja atual”.

O CONTEXTO DA ÉPOCA

O propósito da epístola


Ao escrever esta epístola, o apóstolo Paulo visava corrigir algumas graves desordens que tinham sido introduzidas durante sua ausência: “...a respeito de vós, irmãos meus, me foi comunicado pelos da família de Cloe que há contendas entre vós.” (1.11). Paulo queria tratar dos sérios problemas encontrados na igreja de Corinto. Ele foi informado de pecados graves que não estava sendo levado a sério e passou então a aconselhar e doutrinar sobre vários assuntos de conduta e pureza, tanto individual como coletivo.

Segundo o comentário da lição, eram três os propósitos: exortá-los, doutriná-los e fundamentar a doutrina da ressurreição de Cristo, corrigindo erros e falsos ensinos, incluindo o arrebatamento da Igreja (a ressurreição em glória dos mortos salvos e a transladação dos vivos para o céu).

Ser crente em Corinto era um desafio

Corinto era uma das principais cidades da Grécia, já era um dos centros comerciais dominantes do mundo desde o oitavo século a.C., produzia todo tipo de luxo. Um lugar tão famoso pela prosperidade, mas também pelos vícios e pela fornicação, de tal maneira que mulher coríntia era uma expressão proverbial para uma prostituta. Com base nisso, não era fácil ser crente em Corinto, pois a prosperidade da cidade contribuía para corromper os bons costumes implantados pelo apóstolo, e muitos cediam à tentação, levados pelo orgulho, avareza, luxo, concupiscência, etc., de forma que alguns manifestavam a luxuria (comportamento desregrado) no seu vestir, em seu comer, até quando estavam à mesa do Senhor. Um caso infame aconteceu com um indivíduo que abusava da mulher do seu pai, como se fosse sua esposa ou para cometer fornicação com ela (1Co 5.1).

Com sabedoria, fidelidade, ternura e autoridade, Paulo censura os irmãos coríntios por causa de suas discórdias, mostrando que o orgulho e a vaidade, a presunção da ciência e da erudição, e a eloqüência dos falsos mestres, contribuíram para a escandalosa divisão na igreja.

Aplicando:

Se naquela época era difícil ser crente fiel a Deus, imagine no mundo em que vivemos? Os prazeres malignos, imorais e pecaminosos do mundo, o espírito de rebelião que nele age contra Deus na presente era. Satanás, que emprega suas idéias mundanas de moralidade, nas filosofias, psicologia, desejos, governos, cultura, educação, ciência, arte, medicina, música, sistemas econômicos, diversões, comunicação de massa, esporte, agricultura, etc, para opor-se a Deus, ao seu povo, à sua Palavra e aos seus padrões de retidão (Mt 16.26; 1Co 2.12; 3.19; Tt 2.12; 1Jo 2.15,16; Tg 4.4; Jo 7.7; 15.18,19; 17.14 ). Atualmente não é necessário sair de casa, pois as infâmias satânicas entram nas casas pelos meios de comunicação, são aceitas e praticadas por alguns que não podem ser chamados de espirituais, mas carnais.


A ESPIRITUALIDADE

A igreja de Corinto era famosa também pela abundância de seus dons espirituais. Paulo disse àquela igreja: “...nenhum dom vos falta” (1.7), e fala especificamente que eles foram enriquecidos em tudo “...em toda a palavra* e em todo o conhecimento**” (1.5). Quando Deus dá esses dons a uma igreja, a doutrina de Cristo é pregada poderosamente e o nome do Senhor é glorificado.
Embora isso fosse verdade entre os crentes coríntios, o apóstolo Paulo diz: “irmãos, não vos pude falar como a espirituais, mas como a carnais, como a meninos em Cristo.”.

* Dom da Palavra da Sabedoria (12.8). Trata-se de uma mensagem vocal sábia, enunciada mediante a operação sobrenatural do Espírito Santo. Tal mensagem aplica a revelação da Palavra de Deus ou a sabedoria do Espírito Santo a uma situação ou problema específico (At 6.10; 15.13-22).
** Dom da Palavra do Conhecimento (12.8). Trata-se de uma mensagem vocal, inspirada pelo Espírito Santo, revelando conhecimento a respeito de pessoas, de circunstâncias, ou de verdades bíblicas. Freqüentemente, este dom tem estreito relacionamento com o de profecia (At 5.1-10; 1Co 14.24,25).


O QUE É A VERDADEIRA ESPIRITUALIDADE?

Para responder a essa pergunta detalhadamente, precisaríamos de uma lição específica, mas vamos tentar resumir sem muitas delongas.

Não devemos confundir a vida espiritual com o emocionalismo. Atualmente, se uma igreja é tradicional e não dá gritos de “aleluias e glórias”, é vista como “igreja fria ou carnal”; se for liberal ou barulhenta, com gritos de “aleluias e glórias”, então é igreja “quente ou espiritual”; se um irmão fala “muitas línguas estranhas” ou chora com muita facilidade, então esse é espiritual! Nada disso procede, pois não é assim que se mede a espiritualidade de uma igreja, nem mesmo de um indivíduo em particular. Por esses motivos equivocados, muitos (inocentes, podemos dizer) estão buscando “experiências novas” em outras igrejas, em grupos seletos, ou até em indivíduos que se dizem espirituais, mas na verdade não tem nada de espiritual.

Com base na Bíblia, podemos dizer que o homem é formado de corpo, alma e espírito (1 Ts 5.23). Mas, falando especificamente sobre o espírito do homem, sabemos que ele provém do sopro divino (Gn 2.7; Jó 32.8), ou seja, esse espírito foi criado por Deus dentro do homem (Zc 12.1) e não morre (Ec 12.7). O apóstolo Paulo diz que o “...Espírito testifica com o nosso espírito que somos filhos de Deus” (Rm 8.16), deixando claro que o relacionamento fundamental entre o homem e Deus acontece através do espírito do homem.

Quando Adão pecou, ele perdeu o relacionamento com Deus, podemos dizer que ele perdeu sua espiritualidade. Entretanto, Deus preparou um plano para restaurar essa condição do homem: enviou Jesus para reconciliar o homem com Deus, “isto é, Deus estava em Cristo reconciliando consigo o mundo, não lhes imputando os seus pecados, e pôs em nós a palavra da reconciliação” (2Co 5.19).

Podemos então dizer que a espiritualidade é um processo gradativo, que inicia quando alguém aceita a dádiva divina, que é a salvação através de Jesus Cristo. Mas, alguns elementos fazem parte desse processo de salvação: (1) o arrependimento (mudança de atitude), o Espírito Santo começa a trabalhar em nossa mente e nos convence “do pecado, e da justiça, e do juízo” (Jo 16.8). (2) daí acontece o novo nascimento, que segundo Pedro somos “...de novo gerados [...] pela Palavra de Deus...” (1Pe 1.23), e Paulo diz que nos tornamos nova criatura (2Co 5.17), portanto passamos a desenvolver dentro de nós a “mente de Cristo” (1Co 2.16), e é o que Jesus chama de “nascer da água e do Espírito” (Jo 3.5), que se resume nas palavras do apóstolo Paulo: “isso provém de Deus, que nos reconciliou consigo mesmo por Jesus Cristo” (2Co 5.18).

Cabe aqui a palavra do comentarista Antonio Gilberto: “a verdadeira espiritualidade está intimamente relacionada ao exercício da piedade e da vida cristã consagrada (Ef 4.17-32),” então o autêntico servo de Deus (espiritual), é identificado através dos seus frutos, pois o fruto revela a natureza da árvore (Mt 7.18-20). Os dons têm haver com o que fazemos e o caráter com o que somos para Deus.

Como saber se um culto é espiritual?

“Que fareis, pois, irmãos? Quando vos ajuntais, cada um de vós tem salmo, tem doutrina, tem revelação, tem língua, tem interpretação. Faça-se tudo para edificação.” (1Co 14.26). Ou seja, todas as práticas religiosas nos cultos devem ser para a edificação. (conf. 1Co 14.6; 2Co 12.19).

A MISSÃO DISCIPULADORA DA IGREJA

“Portanto, ide, ensinai todas as nações, batizando-as em nome do Pai, e do Filho, e do Espírito Santo; ensinando-as a guardar todas as coisas que eu vos tenho mandado...” (Mt 28.19-20)

“Jesus veio a este mundo com o propósito de morrer, e em sua jornada para a cruz dedicou sua vida na formação de alguns discípulos, os quais foram comissionados a proceder da mesma maneira, para que, pelo processo de reprodução, o Evangelho do Reino alcançasse os confins da Terra.”

“Lamentavelmente, poucos entendem o que isso significa, especialmente quando diz respeito ao viver diário. Muitas pessoas em posição de liderança na igreja não têm a menor idéia do que seja ensinar alguém a observar e a guardar tudo o que Jesus ordenou. Nesse sentido, não causa surpresa o fato de tantos crentes não conseguirem ir muito longe em sua peregrinação de fé, nem aprenderem a desenvolver o potencial de seu ministério.”3

Quantidade e qualidade na Igreja

O comentarista faz a comparação entre a igreja de Corinto e a de Éfeso, mostrando que o apóstolo não passou muito tempo em Corinto (1 ano e 6 meses), mas passou três anos em Éfeso (At 20.31), e o resultado é a diferença entre a conduta cristã das duas igrejas.

Milhões de pessoas estão se convertendo e a igreja está crescendo rapidamente, mas a maturidade cristã não acompanha esse crescimento, é totalmente desproporcional. Estão banindo a mensagem da cruz e o discipulado cristão. Estão trocando por um “evangelismo humanista”, mudando a maneira bíblica de apresentar o Evangelho do jeito que Jesus e os apóstolos fizeram. Segundo algumas pesquisas, cerca de 80% a 90% das pessoas que estão se decidindo a Cristo, estão abandonando a fé.

Falsos crentes na igreja

O apóstolo Paulo soube que após sua partida, se introduziu na igreja de Corinto alguns “mestres”, que criaram dissensões (divisões) entre os irmãos (1.10-12). Mas, ele diz aos coríntios que “...ainda que tivésseis dez mil aios em Cristo, não teríeis, contudo, muitos pais; porque eu, pelo evangelho, vos gerei em Jesus Cristo” (4.15). Em outras palavras, o apóstolo quer dizer que ainda que eles tivessem outros pedagogos ou instrutores, mas ele era o pai deles. Eles foram feitos cristãos através do ministério de Paulo, pois foi Paulo quem fundou a igreja de Corinto, e qualquer que fossem os outros professores que eles tivessem, Paulo era seu pai espiritual. Foi ele quem os tirou da idolatria pagã para a fé do evangelho e à adoração do Deus vivo e verdadeiro. Por isso ele admoesta aos coríntios que sejam seus imitadores (4.16), “Sede meus imitadores, como também eu, de Cristo” (11.1).

Temos que tomar muito cuidado, ao nos referirmos aos falsos crentes. Pois, infelizmente, muitos assumem a posição de juiz e começam a julgar quem são os verdadeiros e os falsos, colocando-os no céu ou no inferno, desconsiderando que essa função é exclusivamente de Deus. Jesus mostrou na parábola do joio e do trigo (Mt 13.31-35), que apenas o ceifeiro é quem entende de colheita.

OBS.: Quando se trata de alguns que querendo ser mestres, doutores, líder, etc., e alcança a posição desejada, começam a espalhar falsos ensinamentos, conduzindo os irmãos a um evangelho diferente, com uma falsa unção, esses tais devem ser notados. O apóstolo Paulo diz que “...até importa que haja entre vós heresias, para que os que são sinceros se manifestem entre vós” (1Co 11.19), também Pedro prediz que entre nós haveriam falsos doutores, “...que introduzirão encobertamente heresias de perdição...” (1Pe 2.1). Não devemos nos associar com os “que, dizendo-se irmão, for devasso, ou avarento, ou idólatra, ou maldizente, ou beberrão, ou roubador; com o tal nem ainda comais” (1Co 5.11).

CONCLUSÃO

Aproveito a conclusão, cito a passagem de Atos 4.36-37; 5.1-11, onde José um levita denominado de Barnabé (Filho da Consolação), vendeu sua herdade e trouxe o preço aos pés dos apóstolos (um bom exemplo de espiritualidade); Mas um “irmão” chamado Ananias e sua esposa Safira, provavelmente querendo imitar o irmão Barnabé, também venderam sua herdade, e tentaram fazer um jeitinho (típico dos falsos cristãos), para reter parte do preço da propriedade, mentindo aos apóstolos, pensando que ninguém sabia. Pagaram um alto preço (com a própria vida) e se tornaram um mau exemplo de espiritualidade. Imagine se hoje fosse assim, seria tanto crente expirando (morrendo), por causa da falsa espiritualidade...


SUBSÍDIO PARA A LEITURA BÍBLICA EM CLASSE

Nesse capítulo, o apóstolo censura os coríntios por sua carnalidade e divisões; os instrui sobre como o que estava errado entre eles podia ser reparado, lembrando que os ministros não eram mais que ministros (v. 5).

O apóstolo lhes diz que “não vos pude falar como a espirituais, mas como a carnais, como a meninos em Cristo” (v. 1). Eles estavam tão longe da realidade do Evangelho, que se tornou muito evidente que eles estavam sobre o controle das inclinações corruptas e carnais. Eles ainda eram meros bebês em Cristo (v.2). Eles haviam recebido alguns dos primeiros princípios do cristianismo, mas não haviam crescido até a maturidade de entendimento neles, ou de fé e de santidade; e ainda esta claro, por diversas passagens nesta epístola, que os coríntios eram muito orgulhosos de sua sabedoria e conhecimento.

“porque ainda sois carnais, pois, havendo entre vós inveja, contendas e dissensões, não sois, porventura, carnais e não andais segundo os homens?” (v.3). Eles mantinham rivalidades e rixas e facções entre eles, por conta de seus ministros “porque, dizendo um: Eu sou de Paulo; de outro: Eu, de Apolo; porventura, não sois carnais?” (v. 4). Essas são provas de que eram carnais, que inclinações e interesses carnais os controlavam. Note que rivalidades e rixas sobre a religião são tristes evidências de carnalidade remanescente. A verdadeira religião torna os homens pacíficos e não contenciosos. Os espíritos de divisão atuam com base nos princípios humanos, não nos princípios da religião verdadeira; eles são guiados por seu próprio orgulho e paixões, e não pelas regras do cristianismo. Andam realmente como homens comuns, e vivem e se comportam exatamente como os outros homens.

“Pois quem é Paulo e quem é Apolo, senão ministros pelos quais crestes, e conforme o que o Senhor deu a cada um?” (v. 5). Eles são ministros, meros instrumentos usados pelo Deus de toda a graça. Parece que algumas pessoas que causavam divisão em Corinto haviam feito mais adeptos, como se elas fossem senhoras de sua fé, autoras de sua religião. Devemos tomar cuidado para não deificar ministros, não colocá-los no lugar de Deus. Os apóstolos não eram autores da nossa fé e religião, embora eles fossem autorizados e qualificados para revelá-la.

“Eu plantei, Apolo regou...” (v.6). Ambos eram úteis, cada um para uma finalidade. Note que Deus faz uso de uma variedade de instrumentos e os prepara para seus diversos usos e intenções. Paulo foi preparado para o trabalho de plantar, e Apolo para o trabalho de regar, mas “mas Deus deu o crescimento”, nisso o sucesso do ministro deve derivar da benção divina: “pelo que nem o que planta é alguma coisa, nem o que rega, mas Deus, que dá o crescimento” (v. 7). Até os ministros apostólicos não são nada de si mesmos, não podem fazer nada com eficácia e sucesso a menos que Deus dê o crescimento. Os ministros mais fiéis e mais bem qualificados têm exatamente uma compreensão apropriada de sua insuficiência e são muito desejosos de que Deus deva ter toda a glória de seu sucesso. Paulo e Apolo não são nada em seu próprio valor, mas Deus é tudo em todos.

“Ora, o que planta e o que rega são um” (v.8). são empregados pelo Mestre, encarregados da mesma revelação, ocupados de um trabalho e engajados em um plano – em harmonia um com o outro, porém, eles podem ser colocados em oposição um com o outro por provocadores de partidos facciosos. Eles têm seus diferentes dons que vêm do único e mesmo Espírito, para os mesmos propósitos; e eles possuem de coração o mesmo intento. Os que plantam e os que regam são companheiros de trabalho na mesma obra. Eles podem ter diferenças de sentimentos em coisas menores; eles podem ter seus debates e controvérsias; mas eles concordam de coração no grande plano de honrar a Deus e salvar almas, promovendo o cristianismo verdadeiro no mundo. Aqueles que foram mais fiéis terão o maior galardão; este é o trabalho glorioso em que todos os ministros fiéis estão ocupados.

“Porque nós somos cooperadores de Deus...” (v.9a). Ou seja, companheiros de trabalho, na verdade não na mesma ordem e grau, mas submissos a Ele, como instrumentos em suas mãos. Eles estão engajados na mesma ocupação. Eles estão trabalhando juntos com Deus, promovendo os propósitos de sua glória e a salvação de almas preciosas; e aquele que conhece o trabalho deles cuidará para que eles não trabalhem em vão.

“...Vós sois lavoura de Deus e edifício de Deus.” (v.9b). Portanto, nada é de Paulo ou de Apolo; nada pertence a um ou a outro, mas a Deus: eles somente vos plantam ou regam, mas é a bênção divina sobre sua própria lavoura que sozinha pode fazê-la frutificar.

Bíblia de Estudo Pentecostal – CPAD
Comentário Bíblico Novo Testamento – Matthew Henry
3 A Arte perdida de fazer discípulos - LeRoy Eims

quarta-feira, 1 de abril de 2009

INTRODUÇÃO AO 2º TRIMESTRE DE 2009

I Coríntios
Os problemas da Igreja e suas soluções

Neste segundo trimestre de lições bíblicas, iremos estudar a Primeira Epístola de Paulo aos Coríntios, onde o comentarista destaca os principais capítulos, analisando os problemas enfrentados pelos cristãos daquela igreja, e as soluções desses problemas. Vale salientar que o apóstolo Paulo foi usado como instrumento de Deus na implantação da igreja em Corinto que, em muitos sentidos, se tornou extremamente importante para os cristãos de todas as épocas.

Tendo em vista que a primeira lição é introdutória a todo o trimestre, precisamos estar cientes de algumas informações contextuais, históricas, culturais, etc., da igreja em Corinto:

Paulo e a Igreja em Corinto

Em sua Segunda Viagem Missionária, o apóstolo Paulo visitou a cidade de Corinto (At 18.1-18), e permaneceu lá por um ano e meio (18.11). Assim que chegou, Paulo encontrou Áquila e Priscila, com os quais permaneceu junto. Paulo dava testemunho de Cristo todos os sábados nas sinagogas e convencia tanto judeus como gregos. Havendo resistência por parte de alguns, o apóstolo Paulo foi para a casa de um homem chamado Tito Justo, cuja casa estava junto da sinagoga. Pelo visto, Paulo foi a casa deste homem não para se hospedar, pois ele permaneceu com Áquila e Priscila, mas para pregar. Tito Justo era vizinho de um judeu, o principal da sinagoga chamado Crispo, que se converteu juntamente com sua casa, depois que ouviu a pregação de Paulo e foram batizados (1Co 1.14).
Entretanto, depois de haver sido rejeitado, o apóstolo volta-se para os gentios. Segundo alguns historiadores, Paulo deixou Corinto no outono de 51 d.C., e fez uma breve parada em Éfeso antes de retornar à Antioquia na Síria.

A Carta aos Coríntios

Pelo menos quatro cartas foram escritas por Paulo aos Coríntios.
1) Durante sua longa permanência em Éfeso, escreveu uma carta anterior a 1 Coríntios, à qual faz alusão em 5.9. Esta carta foi perdida a menos que, como alguns acreditam, parte dela esteja em 2 Coríntios 6.1 – 7.1;
2) Mais tarde escreveu 1 Coríntios, possivelmente na primavera de 55 d.C., algum tempo antes do Pentecostes (1Co 16.8);
3) Em 2 Coríntios ele se refere a uma carta que escrevera “em muita tribulação e angústia do coração, com muitas lágrimas” depois de ter escrito 1 Coríntios (2Co 2.3; 7.8);
4) Sua última carta era 2 Coríntios, escrita possivelmente no outono de 56 d.C.

A ocasião da Escrita

O apóstolo foi motivado a escrever a carta depois de receber relatórios sobre condições perturbadoras na assembléia coríntia. Paulo recebia informações pelos membros da família de Cloe (1.11), e de alguns membros da igreja coríntia: Estéfanas, Fortunato e Acaico, que também eram fontes de informações do apóstolo, pois entregaram uma carta da igreja a Paulo em Éfeso (16.15-17).

O propósito da carta

Eram dois os motivos principais do apóstolo Paulo: (1) tratar dos sérios problemas da igreja de Corinto, de que fora informado (pecados graves que eles não levavam muito a sério) e (2) Aconselhar e doutrinar sobre vários assuntos que os coríntios lhe encaminharam por escrito (incluía assuntos doutrinários, de conduta e pureza, individual e coletivo).

OBS.: Os vários problemas na assembléia coríntia resultaram em um tremendo benefício para a Igreja como um todo. Se não fossem os seus problemas, estaríamos, por exemplo, sem um tratamento teológico da Ceia do Senhor, sem o grande capítulo do amor (13), sem o tratamento dos dons espirituais, sem a clássica passagem a respeito da ressurreição do corpo, e sem as instruções relacionadas à disciplina da Igreja, ao casamento e à ética cristã.

A cidade de Corinto

Corinto era uma das principais cidades da Grécia, localizada naquela divisão particular conhecida pelo nome de Acaia. Possuía dois portos adjacentes, um no extremo do golfo de Corinto, chamado Lacaeum, de onde eles faziam comércio com a Itália e o Ocidente; o outro na extremidade do Sinus Saronicos, chamado Cencréia, de onde eles faziam comércio com a Ásia. Com base nessa situação, não é de admirar que Corinto fosse um lugar de intenso comércio e prosperidade; e, com a grande concorrência, é adequada para produzir luxo de todos os tipos, nem é de admirar que um lugar tão famoso pela prosperidade e artes fosse infame pelos vícios. A cidade era famosa de maneira específica pela fornicação, de tal maneira que mulher coríntia era uma expressão proverbial para uma prostituta, ou seja, agir como coríntia é agir como prostituta.
Fontes:
Comentário Bíblico Pentecostal - Novo Testamento
Comentário Bíblico Novo Testamento - Matthew Henry