sexta-feira, 9 de abril de 2010

LIÇÃO 2 – O Perigo do Desvio Espiritual

SUBSÍDIO PARA LEITURA BÍBLICA EM CLASSE

Desde a entrada de Israel na Terra Prometida, essa nação por muitas vezes mostrou-se infiel e apóstata. Os pecados de Israel eram de longa data, profundamente arraigados, e sempre pioravam. Isso prosseguiu até o cativeiro babilônico, e os materiais dos primeiros oráculos (visões do profeta) comentam sobre essa situação.
- Oráculos de condenação contra o pecado de ingratidão (2.1-3.5);
- Jeová é substituído por falsas divindades (2.1-13).

“E veio a mim a palavra do SENHOR, dizendo” (v.1). As visões prosseguem; a inspiração divina tinha tomado conta da consciência do profeta. Entre os capítulos 2 e 20, há treze mensagens de julgamento que incluem nove profecias gerais de julgamento. Além disso, há mais quatro profecias especiais de julgamento entre os capítulos 21 e 25. Na primeira mensagem, Jeremias defrontou Jerusalém com sua tendência ao desvio, pois a devoção inicial do povo de Judá fora abandonada (vv.1-3).

“Vai e clama aos ouvidos de Jerusalém, dizendo: Assim diz o SENHOR: Lembro-me de ti, da beneficiência da tua mocidade e do amor dos teus desposórios, quando andavas após mim no deserto, numa terra que se não semeava” (v.2). Os dias antigos, quando Israel esteve recém-casada com Jeová, eram tempos para serem relembrados com alegria. A voz do Senhor, através de Jeremias, faz referência às condições relativamente boas do povo de Israel durante os dias de vida de Moisés (Dt 2.7). No entanto, Ezequiel avalia de maneira menos positiva (Ez 23). Cf. também Ez 16.8,22,60; 23.3,8,19; Os 2.15; 9.10; 11.1-2.

“Então, Israel era santidade para o SENHOR e era as primícias da sua novidade; todos os que o devoravam eram tidos por culpados; o mal vinha sobre eles, diz o SENHOR” (v.3). Aqui o simbolismo é mudado. Israel, “dos bons dias antigos”, era como um sacrifício a Deus, santo e puro; tinha um caráter sacerdotal que era simbolizado pela inscrição sobre a placa de ouro usada na testa do sumo sacerdote, a qual dizia: “Santidade ao Senhor” (Ex 28.36). As nações que tomavam para si os direitos de Jeová e tentavam “comer” o Seu santo sacrifício foram severamente julgadas.

“Ouvi a palavra do SENHOR, ó casa de Jacó e todas as famílias da casa de Israel” (v.4). Aqui está uma chamada pedindo atenção às palavras do Senhor, a Casa de Israel – incluindo todas as tribos individualmente – foi chamada a ouvir. A “palavra do Senhor” agora se tornava severa, Deus repreendia o povo por desviar-se dos primeiros dias e promover várias formas de negligência espiritual e até apostasia aberta.

“Assim diz o SENHOR: Que injustiça acharam vossos pais em mim, para se afastarem de mim, indo após a vaidade e tornando-se levianos?” (v.5). A pergunta é: que erro encontrou Israel em Deus, para tratá-lo como vinha fazendo? A palavra “vaidade” (do hebraico hebhel), significa “nulidade” (nulo), “falta de dignidade”. Essa mesma palavra é usada nos livros de Eclesiastes e Jeremias, como uma designação para os ídolos e deuses de nada. O Criador foi trocado por coisas sem o mínimo valor. Então, o próprio povo de Israel tornou-se nada, exatamente como seus deuses de nada. Usando o contexto do versículo dois, a pergunta seria: “Que mal foi encontrado no marido para a sua mulher trocá-lo por algum outro?”. Ao seguirem a vaidade tornaram-se vãos, ou seja, homens transformando-se naquilo que amam e adoram (Os 9.10; 2Re 17.15).

“E não disseram: Onde está o SENHOR, que nos fez subir da terra do Egito? Que nos guiou através do deserto, por uma terra de ermos e de covas, por uma terra de sequidão e sombra de morte, por uma terra em que ninguém transitava, e na qual não morava homem algum” (v.6). O povo idólatra e rebelde esqueceu suas raízes. Eles não procuravam o Deus que os tirara do Egito e os guiara através do deserto sem estradas. A expressão “do Egito” ocorre mais de 20 vezes em Deuteronômio (ver Dt 4.20), esse foi considerado um dos maiores milagres realizados por Deus, bem como a jornada por 40 anos no deserto só poderia ser realizada por intervenção divina direta. Daí, uma pessoa sensível à história teria lembrado o poder dos tempos antigos e buscaria o mesmo poder para o presente.

“E eu vos introduzi numa terra fértil, para comerdes o seu fruto e o seu bem; mas, quando nela entrastes, contaminastes a minha terra e da minha herança fizestes uma abominação” (v.7). A possessão da Terra Prometida foi outro ato significativo de Deus, pois ela estava repleta de frutos e coisas boas. Porém, uma vez ali, em vez de agradecer a Deus e frequentar o culto divino, eles contaminaram a boa terra com suas corrupções morais e idolatrias, transformando a herança em abominação (Jz 2.10-17; Sl 106.38). Quanto à Terra Prometida como herança de Israel, ver (Ex 6.8ss; Sl 135.12).

OBS.: Os versículos 8-11 revelam que o problema se estende aos sacerdotes, profetas e pastores, (v.8) que deixaram de buscar o Senhor, abandonaram o culto a Jeová, deixaram de ensinar Sua lei e falavam em nome de Baal (divindade Cananéia da fertilidade) cuja adoração era uma ameaça constante para Israel (1Rs 18.18-40; 2Rs 10.18-28 e 21.3); No verso 9 Jeová diz: “...ainda pleitearei convosco, diz o Senhor; e até com os filhos de vossos filhos pleitearei”. Isso demonstra que seria necessário longo tempo para limpar a confusão. Já nos versículos 10 e 11, Jeremias conduz o pensamento do povo a uma viagem pelos países circunvizinhos, procurando um único exemplo de povo que tinha “trocado de deuses”. A viagem de Quitim (Chipre), no meio do mar Mediterrâneo à Quedar, no deserto da Arábia, mostraria que cada povo permanecia com seus deuses originais, por mais indignos (v.5) que eles fossem. Mas a Israel faltava-lhe o conceito de fidelidade e tornou-se culpada de uma insensatez sem precedentes.

“Espantai-vos disto, ó céus, e horrorizai-vos! Ficai verdadeiramente desolados, diz o SENHOR” (v.12). Deus conclamou os céus como testemunhas para observar, pasmados, o que tinha acontecido com Israel. Por alguns minutos, os próprios céus ficaram chocados, desolados (arrasados, com grande tristeza) diante da impossível apostasia de Israel. As atitudes e condutas de Israel causaram espanto, sua infidelidade ultrapassou a de todas as demais nações, sua iniqüidade era extremamente agravante.

“Porque o meu povo fez duas maldades: a mim me deixaram, o manancial de águas vivas, e cavaram cisternas, cisternas rotas, que não retêm as águas” (v.13). A apostasia de Israel pode ser resumida de duas maneiras:
1. Israel abandonou a fonte perene de águas vivas, as quais transmitem vida e toda a espécie de benefícios para os que têm sede espiritual. Essa figura era de grande peso para os habitantes da Palestina, que tinham muita dificuldade com o suprimento básico de água para sua agricultura. No sentido espiritual, havia rios de água viva disponíveis, riachos no deserto, grandes fontes de água que manavam (Cf. Jo 4.10-15; 7.38; Jr 17.13; Sl 36.9);
2. Em vez dos riachos de água viva, tão abundante e generalizada, Israel apelara para cisternas rotas. A cisterna era uma espécie de tanque feito de barro, para captar as águas das chuvas. O sistema era uma medida extrema em uma terra seca. Na verdade, as cisternas eram pequenos reservatórios que quase não chagavam para o consumo de uma família. Note que as cisternas cavadas por Israel eram rotas, ou seja, incapazes de conter qualquer quantidade de água. Elas eram, sem dúvida, a causa de muitas enfermidades e morte, especialmente no caso de crianças. Esse versículo ilustra a irracionalidade, a loucura e a autodestruição dos atos de Israel.

Champlin, Russell Norman. Antigo Testamento Interpretado Versículo Por Versículo, vol. 5.

sexta-feira, 2 de abril de 2010

LIÇÃO 1 – JEREMIAS, o profeta da Esperança.

Esperança em tempos de crise.

INTRODUÇÃO

Como sempre, a primeira lição serve de introdução ao trimestre. Hoje, aprenderemos sobre a origem, a vocação, a postura e a vida do profeta Jeremias, conhecido como “o profeta das lágrimas”, “o homem do rosto triste e dos olhos chorosos”, mas na verdade, quando esse “profeta chorão” é entendido corretamente, revela-se como o grande profeta da esperança. Viveu num tempo não muito diferente do nosso, onde a falta de fé em Deus e a negligência para coma as coisas divinas estavam em alta, mas Jeremias destacou-se como a maior personalidade de sua época. Que esse valor sirva de edificação para todos nós.



I - CONTEXTO HISTÓRICO

1.1. O período do ministério profético de Jeremias.
Jeremias viveu em um período histórico crucial para o reinado de Judá. O império assírio havia declinado e caído. Sua capital, Nínive, fora capturada pelos caldeus e pelos medos, em 612 a.C. Após sete anos, os egípcios e remanescentes assírios foram derrotados pelos caldeus. Assim, a nova potência mundial veio a ser o império neobabilônico, governado por uma dinastia caldéia, cuja figura principal era a do rei Nabucodonosor II. O pequeno reino de Judá foi subjugado primeiramente pelo Egito, depois pela Babilônia, mas em 587 a.C., Jerusalém, sua capital, foi capturada e iniciou-se o famoso cativeiro babilônico.

1.2. Início de sua história e chamada.
Jeremias residia na cidade rural de Anatote, uma aldeia cerca de três quilômetros a nordeste de Jerusalém. Ainda jovem, recebeu sua chamada divina e foi nomeado profeta pelo Senhor Deus (Jr 1.4-10). Mesmo se sentido incapaz, a vontade de Deus prevaleceu. Recebeu duas visões: (1) uma vara de amendoeira, que simbolizava a ameaça do governo pelo poder estrangeiro de Nabucodonosor, e outra, (2) de um caldeirão fervente, cuja boca estava voltada para o norte (Jr. 1.11-19), significando, obviamente, as invasões contra Israel pelo norte. Assim, a ira divina, sob forma de guerra e cativeiro, logo devastaria Judá. Foi assim que Jeremias deu inicio a suas predições. Seu ministério iniciou no décimo terceiro ano de Josias, sessenta anos após a morte de Isaias.

1.3. Contemporâneos de Jeremias
Sofonias e Habacuque foram seus contemporâneos na primeira parte de seus labores; e Daniel, na segunda metade de suas atividades. Jeremias se relacionou com cinco reis: Josias, Jeoacaz, Jeoaquim, Joaquim e Zedequias.

OBS.: A destruição de Jerusalém ocorreu em 587 a.C., e Jeremias foi para Mispa, porém, uma grande multidão foi transportada para a Babilônia. Jeremias, entretanto, foi bondosamente tratado pelos babilônicos.

1.4. Relações entre Jeremias e Nabucodonosor.
Nabucodonosor, através do seu comandante, Nabuzaradã, deu ordem de libertar Jeremias e seguir qualquer conselho que fosse dado pelo profeta. O monarca pagão respeitava Jeremias mais do que o seu próprio povo (Jr. 39.11-12). O profeta tinha duas opções, ficar no exílio com o povo ou permanecer em Jerusalém com um remanescente minúsculo que ali seria deixado. Ele preferiu ficar em Jerusalém, capital de Judá, cujo novo governador nomeado, pelos babilônicos, era Gedalias, que logo foi morte, assumindo sua posição Joana. Jeremias aconselhou o povo a seguir sua liderança e permanecer na Palestina (42.7ss). Mas os teimosos judeus acusaram Jeremias de estar tomando partido com o inimigo, foram para o Egito, forçando Jeremias a acompanhá-los. Estando lá, o profeta continua seu ministério, procurando desviar os judeus das suas iniqüidades e erros obstinados (Jr 44).

1.5. Morte de Jeremias
O livro de Jeremias não narra o que lhe sucedeu, presume-se que tenha morrido no Egito. Uma tradição de que ele foi apedrejado até à morte, pelos próprios judeus, em Tafnes, no Egito. Também tem uma tradição alexandrina que diz que os ossos dele foi levado aquele lugar por ordem de Alexandre, o Grande. Uma outra tradição diz que Nabucodonosor conquistou o Egito, Jeremias e Baruque escaparam para a Babilônia, onde viveram durante algum tempo até morrer em paz. Não há como julgar qual dessas é a correta.


II - LEITURA BÍBLICA EM CLASSE (Jr 1.1-10)

O livro de Jeremias começa com notas biográficas e cronológicas para ajudar-nos a situar em relação aos acontecimentos da época.

“Palavras de Jeremias, filho de Hilquias, dos sacerdotes que estavam em Anatote, na terra de Benjamim” (v.1). Temos aqui informações sobre a família de Jeremias. Ele era filho do sacerdote Hilquias, descendente da linhagem sacerdotal de Arão. Não devemos confundir seu pai Hilquias com o sumo sacerdote de mesmo nome, que descobriu a cópia da lei na época do rei Josias (2Re 22.2-14). O nome Hilquias era comum, aplicado a vários homens no A.T., sacerdotes ou levitas (1Cr 6.45-46; 26.10-11; 2Cr 34.9-22; Ne 12.7). Anatote era a cidade natal de Jeremias, ficava no território de Benjamim, a nordeste de Jerusalém. Esta cidade foi alocada por Josué para os sacerdotes (Js 21.18-19).

“A ele veio a palavra do SENHOR, nos dias de Josias, filho de Amom, rei de Judá, no décimo-terceiro ano do seu reinado. E lhe veio também nos dias de Jeoaquim, filho de Josias, rei de Judá, até ao fim do ano undécimo de Zedequias, filho de Josias, rei de Judá, até que Jerusalém foi levada em cativeiro no quinto mês” (v.2). A princípio, Jeremias era sacerdote em Israel, mas quando Deus começou a mostrar-lhe as revelações, passou a ser profeta nacional. Seu ministério profético durou pouco mais de 41 anos, isso porque após o exílio, continuou a profetizar (Jr 40-44).
OBS.: Somente os reinados mais longos são mencionados: Jeoaquim (11 anos), Josias (31 anos) e Zedequias (11 anos).


“Assim veio a mim a palavra do SENHOR...” (v.4). O profeta Jeremias não informou detalhes de como se deu suas experiências, diferente de Isaias (cap. 6). Mas temos aqui a primeira revelação: seu comissionamento como profeta do Senhor.

“Antes que eu te formasse no ventre, eu te conheci; e, antes que saísses da madre, te santifiquei e às nações te dei por profeta” (v.5). Jeremias era conhecido por Deus, de antemão, foi honrado, comissionado e naturalmente escolhido, semelhantemente a Paulo (Gl 1.15) e João Batista (Lc 1.15). Este versículo mostra o atributo da onisciência divina, onde Deus predestina Jeremias para exercer uma missão. De antemão, o Senhor conheceu que Jeremias seria obediente à sua Palavra.

OBS.: É bom ressaltar que o texto não está ensinando a reencarnação, como se a alma de Jeremias já existisse antes de entrar no corpo. Não se refere à alma, mas ao fato de Deus chamar e destacar pessoas para um ministério muito antes de elas terem nascido. A expressão “eu te conheci” se refere ao ser pré-natal “no ventre”. O verbo “conhecer” (hb. yada), no original tem a idéia de um relacionamento especial de compromisso (Am 3.2), ou seja, “eu te consagrei”, “eu te separei”, “eu te constituí”. Portanto, essa passagem se refere à pré-ordenação de uma pessoa a um ministério especial.

“Então, disse eu: Ah! Senhor JEOVÁ! Eis que não sei falar; porque sou uma criança” (v.6). Ele era apenas uma criança, um jovem. A palavra “criança” do hebraico na’ar, pode significar “infante”, como no caso de Moisés, colocado no cesto à beira do rio (Ex 2.6); mas também pode significar um homem jovem (2Sm 18.5; Gn 34.19). Não sabemos qual a idade de Jeremias quando ele foi chamado, mas ele se reputava muito jovem e inexperiente para a tarefa.

“Mas o SENHOR me disse: Não digas: Eu sou uma criança; porque, aonde quer que eu te enviar, irás; e tudo quanto te mandar dirás. Não temas diante deles, porque eu sou contigo para te livrar, diz o SENHOR” (vv.7-8). Jeová sabia melhor do que Jeremias, pois ele conhecia suas qualificações; sabia que ele sofreria muito às mãos dos homens iníquos e teria razões para temer, por isso, desde o começo, Deus advertiu Jeremias a não cair na síndrome do temor. O Senhor estaria com ele, conferindo-lhe poder, guiando-lhe, livrando-lhe das perturbações que o perseguisse. Jeová daria as palavras certas que Jeremias deveria falar (da mesma forma que fez em Mt 28.19 e 20; Ex 3.12 e Jn 1.5).

OBS.: Jeremias tinha autoridade para agir vinda de Deus; embora fosse jovem, possuía as habilidades necessárias para cumprir sua missão; contava com a proteção divina, a presença de Deus o acompanharia e a mensagem que seria transmitida por ele seria inspirada por Jeová. É natural que os homens tentem fugir de Deus, especialmente quando mais próximos se chegarem a Ele, em suas experiências, até que se sinta confortável na presença do Deus todo-poderoso.

“E estendeu o SENHOR a mão, tocou-me na boca e disse-me o SENHOR: Eis que ponho as minhas palavras na tua boca” (v.9). Vemos aqui o Toque Divino. Além de encorajar o profeta, Jeová deu-lhe unção divina ao tocar em sua boca. É maravilhoso ser capaz de usar o poder da oração e ver grandes coisas acontecerem pela intervenção divina, bem como conhecer as realidades espiritual, mas também é maravilhoso e necessário ter contato direto com o Ser divino. O toque divino em Jeremias “tornou-lhe a boca pura e poderosa”. Com Isaias foi posta uma brasa viva na boca (Is 6.7), idéia semelhante à que temos no texto presente.

“Achando-se as tuas palavras, logo as comi, e a tua palavra foi para mim o gozo e alegria do meu coração; porque pelo teu nome me chamo, ó SENHOR, Deus dos Exércitos” (Jr 15.16)

“Olha, ponho-te neste dia sobre as nações e sobre os reinos, para arrancares, e para derribares, e para destruíres, e para arruinares; e também para edificares e para plantares” (v.10). Relacionando a missão e a mensagem, consideraremos aqui quatro pontos: (1) Jeremias tinha autoridade até sobre as nações, e não somente sobre Israel, ou seja, missão internacional; (2) mediante sua mensagem, Jeremias arrancaria, derribaria, destruiria e arruinaria potências humanas; (3) Mas ele também seria capaz de construir e plantar, ou seja, tanto providência negativa ou positiva de Deus, operariam por intermédio do profeta; e (4) A predestinação divina estaria no que ele fizesse, pelo que o seu bom êxito estava garantido desde o começo. Ele seria uma figura poderosa com uma missão importante e eficaz.

Champlin, Russell Norman. Antigo Testamento Interpretado Versículo Por Versículo, vol. 5.